Capítulo 16

Valentim

Linda não era a palavra que definia a mulher à minha frente. Não, estava bem longe de ser. Laura parecia uma musa grega, ou até mesmo as mais badaladas sambistas das escolas de samba que desfilavam com toda elegância no carnaval. Ela estava deslumbrante, um encanto igual às sereias da mitologia grega; bela e feroz, pronta para arrancar a língua de quem quer que a incomodasse. E isso não era de todo ruim para mim.

O vestido preto, de mangas longas e colado parecia se encaixar perfeitamente em seu corpo esbelto, realçando cada curva e cada traço seu. Em contrapartida, a maquiagem não muito forte tornava seu rosto mais angelical, mais leve, como se ela não tivesse nenhuma preocupação tirando sua paz; como se aquilo que aconteceu entre nós de manhã não tivesse lhe atingido de verdade e tudo não passou de um delírio da minha mente perturbada.

Se seu vestido não fosse de mangas longas e seus olhos não tivessem hesitado ao me ver, eu até poderia ter acre
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