mamãe morreria de desgosto

— Emily, eu volto já.

Gritei informando-a sobre minha saída do consultório.

— Eu vou ao cartório, depois passo para comprar nosso almoço.

Ela gritou da copa, ela está devorando meus doces. Caminhei em direção ao quarto da minha paciente.

Meu telefone começou a tocar, é o Lucas, meu irmão, atualmente ele está com 9anos, incrivelmente um menino doce, como doce de leite.

— Mana.

Oh, meu irmão é tão fofo, meu enorme coração se derrete por ele todas as vezes que conversamos.

— Oi Lucas, eu posso ligar para você de noite? Eu juro que teremos mais tempo.

Eu questionei-o, imagino que ele queira dividir comigo sobre seus treinos, papai quer que ele inicie ainda cedo para aprender tranquilamente tudo. Não imagino como a mamãe está com tudo isso. Ela saberá lidar melhor com ele.

— Está com emergências? Mana.

Lucas questionou.

— Sim, preciso atender uma adolescente.

— Eu te amo mana.

— Também te amo.

Encerei a chamada, em seguida eu liguei para tio Marcos.

— Chloe, quanto tempo.

Eu suspirei, ele quer alguma coisa.

— Acelere o disco tio, não estou com humor para conversa fiada.

— Seu carro chegará na segunda, o avião não pousou em Nova Iorque porque estava lotado de drogas.

Alguma coisa me diz que não é sobre meu carro que ele está tão interessado em informar-me.

— Obrigada por me informar.

— Sua tia quer que venha jantar conosco um desses dias, ou no domingo, você está de folga.

Bingo. Homens, eles são irritantes, não precisava dar tantas voltas para chegarmos nesse ponto.

— Vejo vocês no domingo, eu tenho que ir.

Eu encerei a chamada. Depois de verificar a paciente, voltei para o consultório para analisar alguns exames quando Emily entrou no meu consultório com nosso almoço.

— Me dá essa comida.

Eu digo a ela apressadamente, preciso comer antes que surja uma emergência.

— O que aconteceu?

Emily questionou.

— Coisas de hospitais, concluiu a compra?

Mudei de assunto rapidamente, não quero aborrecer ela com assuntos de gente doente.

— Sim, amanhã você se muda, comprei um estacionamento privado, elevador privado, é um bom condomínio, calmo, muita segurança.

Ela é perfeita.

— Hum.

Eu disse apontando o garfo para ela.

— No domingo, nós vamos a casa do tio Marcos.

Ela ama passeios longos, vai adorar comer comida da tia Fiorelle, ela tem um talento incrível nas mãos.

— Está certo, amanhã vamos as compras.

Eu sabia que não ia escapar das compras, talvez eu precise de panos e cortinas, algumas loiças. Não, eu me recuso a me tornar uma dona de casa. Nada disso, eu vou gastar dinheiro comprando roupas.

— Doutora os resultados saíram... Boa tarde, desculpa não sabia que a doutora estava acompanhada.

Leticia disse entrando na minha sala.

— Está é Emily, minha melhor amiga desde a infância, Emily ela é minha assistente, senhorita Leticia.

Eu apresentei-as.

— Muito prazer.

Senhorita Leticia entregou-me resultados dos exames, em seguida retirou-se do consultório, Emily disse:

— Ela é muito gentil e educada, sem mencionar que, são da mesma idade.

— Ela é muito boa no que faz, excelente profissional, ela é a única parte boa deste hospital.

É evidente que a senhorita Leticia, ajuda-me em tudo que preciso, sem ela, eu não saberia encaixar toda a minha agenda em tanto trabalho que tenho.

— Depois eu vou fazer compras para abastecer sua geleira, não tenho muito que fazer mesmo.

Ela disse, eu encarei seus cabelos loiros presos em um coque, nós precisamos ir ao salão amanhã.

— Compre estes doces e chocolates por favor, biscoitos e bombons.

Meus pequenos pacientes comem todo que encontram pela frente, estou ficando sem estoque.

— Muita quantidade?

— Sim. Eu tenho que ir.

Eu disse depois que vi uma mensagem solicitando-me para ver um paciente, dei duas últimas colheradas na comida e corri para beber água.

— Vou comprar hambúrguer para o lanche.

Emily gritou, eu fui em direção ao quarto solicitado.

— Doutora.

Uma enfermeira disse, eu subo na cama para verificar o adolescente.

— Está reclamando de muita dor de barriga, ardendo em febre.

Tiro a camisa dele, há um hematoma na sua barriga.

— Onde ele conseguiu isso?

Eu questionei aos pais.

— Não sei, ele não fala muito conosco.

Adolescentes.

— Faça um raio x do seu estomago e costelas, verifique os rins.

— Agora mesmo doutora.

Eles levaram o adolescente rapidamente para os exames que solicitei.

— Doutora, ele vai ficar bem?

A mãe do paciente questionou.

— Aguardem os resultados, depois nós conversamos melhor.

Depois de alguns minutos, trouxeram os resultados dele.

— Os resultados do menino saíram, ele foi espancado.

Informou a enfermeira, fomos ao quarto do meu paciente adolescente, ele estava acordado e tentando comer.

— Quer falar a sós ou em frente dos seus pais?

Eu questionei, ele tem o direito de escolher, é um adolescente, está fora de perigo e tem o direito à privacidade entre médico e paciente.

— Ele é menor.

— Não deixa de ser paciente e com direito a privacidade.

Eles permaneceram em silêncio por alguns segundos, quando o paciente começou a falar.

— Eu estava saído da escola quando fui agredido por alguns alunos, eu juro que achei que não era nada doutora.

Eles quebraram as costelas dele, isso não é brincadeira, brincadeira é um tapa aqui, um puxão de cabelo, alguns arranhões, nada como um ataque de ódio em grupo.

Não sou perfeita, fui uma adolescente que resolvia tudo no tapa, eu realmente machucava, quando a intenção é machucar. Talvez seja essa a intenção deles.

— Quero nomes.

Exigi.

— Não ouviu a doutora.

A mãe repreendeu-o.

— Não o apresse, deixe-o.

Porque os pais são tão nervosos?

— Eles agiram como marginais, a culpa não é sua.

Quando ele passou-me os nomes, eu liguei para polícia, pelo menos ao ver a polícia eles ficaram assustados com a possibilidade de serem presos.

— Doutora ele está bem?

— Quebrou duas costelas, seu hesofalo está inchado, se não tivesse encontrado ele a tempo.

— Meu Deus. Não imaginei que fosse tão grave.

— Ele vai ficar bem, estamos gerenciando doses para desinchar.

— Obrigada Doutora.

Eu assenti e voltei para meu consultório.

— Arrumei tudo. Que horas despega?

Emily questionou, ela realmente está entediada, amanhã eu irei animar sua noite indo para boate. Ela vai adorar.

— Quando chegar o pediatra do turno da noite.

— Ele se instala aqui?

— Não, ele tem seu consultório.

Afirmou.

— O que acha de irmos ao salão amanhã? Cuidar das unhas, cabelo

Questionei a ela.

— Meu cabelo está horrível.

— Precisa retocar esse loiro menina.

— E você retocar roxo e rosa.

Nós suspiramos.

— Se um vidente tivesse nos avisado que nossas vidas, seria tão sofrida, eu teria virado essas socialites que não tem nada para fazer da vida.

Comentei.

— Tia Dette nunca permitiria que sua filhe vire comida de famoso.

Nós gargalhamos. Não, ela me mataria se eu desperdiçasse minha vida em vida noturna.

— Ela morreria de desgosto, isso sim.

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