— Eu não fiz nada disso. Jules, você deveria conhecer melhor as pessoas que trabalham para você. É por isso que a empresa estava indo à falência, você não sabia nem contratar pessoas competentes e de caráter. O meu ódio é tanto que eu tenho que me segurar para não enfiar a mão na cara dela antes do gran finale. — Você tem mesmo uma auto confiança invejável, acredita mesmo que não deixou provas da sua armação? — questiono, enquanto ando até a mesa onde a Camila está, antes que eu avise-a para dar play no vídeo, o elevador abre, e a Verônica sorri ao ver quem acabou de chegar. — Samuel, que bom que você chegou, eu já ia mesmo ligar para você — vai até ele abraçando-o, mas ele não retribui, o Daniel também evita contato com ela, apenas acena com a cabeça. — É mesmo, e por que você ia me ligar? — perguntou olhando para mim. — A Jules está causando problemas aqui, eu até tentei persuadi-la para irmos conversar no escritório, mas ela está irredutível e ficou criando uma cena aqui. Samu
"—Eu estou ligando para confirmar o serviço, está tudo pronto? —ela pergunta em tom de diversão, e o seu rosto risonho é bem nítido nas imagens também. Ela vai até o computador depois de ouvir o homem com quem fala. Sua gargalhada soou alta depois de olhar, o que julgo ser o documento já adulterado. — Perfeito! Isso será muito divertido e bastante interessante também, quero só ver a cara daquela vadia maldita da Jules Montez quando souber que a cão de guarda dela foi acusada de roubar a empresa. E ela ainda vai perder a informante — ri enquanto bate na mesa, comemorando. Ela bufou ao ouvir as próximas palavras do homem, creio eu que ele questionou as consequências disso, para a Camila, em um reles momento de consciência, e a resposta dela é bem fria, essa mulher não tem mesmo nenhum remorso. — Eu já disse que não irei denunciar nada à polícia, não se preocupe com isso, o meu objetivo é só tirá-la daqui e atingir a Jules, além do mais se a polícia entrar nisso talvez seja prejudici
SAMUEL ADAMS Eu até tentei alcançar a Jules, e impedi-la de descer com a Verônica, mas não tive sucesso. Corri até o outro elevador e apertei o botão do térreo, os minutos até chegar lá pareceram mais demorados que o normal.— Por que o elevador parou? — perguntei ao Daniel, que desceu junto comigo. — Confere se está com problemas! — Calma, cara, o elevador está ótimo, com certeza foi a Jules que parou para as duas conversarem — ele falou tranquilamente, como se toda a confusão de minutos atrás não tivesse acontecido. — Como você quer que eu esteja calmo? A Jules está grávida, grávida esqueceu! — Digo nervoso, e o infeliz rir. — Estou gostando de ver toda essa preocupação com sua esposa e filho, finalmente você está agindo como deveria. — Daniel, não fode! A situação não é propícia para suas gracinhas. A Jules está grávida e toda essa bagunça pode dar merda. — Elas já estão chegando — aponta para o elevador e vejo que voltou a movimentar. — Que porra aconteceu aqui? — perguntei
— Samuel, eu não quero me enfiar nisso, não estou disposta a apostar em algo que pode não ser o que eu espero — suspirou, mostrando todo seu cansaço — Eu só quero ficar em paz agora. — Seguro sua mão, levando-a em direção ao estacionamento — O que você está fazendo? — Jules, nós precisamos conversar, uma conversa decente e definitiva e não será aqui! — Digo abrindo a porta do carro e fazendo-a entrar. — Vamos fazer isso por nós e por ele — aponto para sua barriga. No caminho eu não falo nada e ela também não, fica o tempo todo olhando pela janela. Ela me encara com um pequeno sorriso ao ver para onde estamos indo, estou levando-a para o meu antigo apartamento. — Você quer algo específico para comer? Vou pedir para gente. — Digo olhando as horas.— Não quero comer nada.— São 11h, você precisa comer bem, ô bebê também tem fome. — Eu vou comer quando chegar em casa. Nós podemos resolver isso logo, Samuel? — Anda pela sala e, pela cara, acho que está pensando em tudo que já aconteceu
— Você também sentiu muito a minha falta — digo, movimentando os dedos sobre a calcinha de renda. — Quer gozar, Jules? — pergunto no seu ouvido, e em seguida mordisco a ponta da sua orelha, ela geme em resposta — responda, Jules, quero ouvir você falar — pressiono o dedo contra seu clitóris, aumentando o aperto à medida que sua respiração acelera.— Eu quero… por favor! —respondeu, balançando a cabeça, ansiosamente. Beijo sua boca até senti-la ofegar. Deixo sua boca e deixo beijos e chupões no seu pescoço, ombros. Paro nos seios, chupo e prendo o bico entre os dentes até ouvi-la gemer alto, depois faço o mesmo no outro… continuo o caminho até a virilha. — Você é deliciosa, sabia — passo a língua no interior das suas coxas e vou subindo até a boceta. — Gostosa! — murmurei depois chupar com vontade.— Ahhh! Isso… — ela geme, segurando minha cabeça. — Eu vou… eu…— Isso, goza para mim, Jules — digo, massageando seu clitóris com os dedos e a boca, quando enfio dois dedos, ela ergue os
JULES MONTEZ Entro debaixo do chuveiro e sinto a água morna escorrer pelo meu corpo, agora totalmente relaxado, depois de ter passado momentos prazerosos com o Samuel. Ouvi-lo dizer todas aquelas coisas foi… incrível, inacreditável também. A minha cabeça está uma bagunça com isso tudo. Estou confusa, não com os meus sentimentos, eu amo o Samuel, o meu sonho continua sendo viver em paz e feliz com ele, com nosso filho, ter a nossa família reunida, mas eu tenho tanto medo. Eu sei que ele, eles na verdade, a Sara e a Sônia também, todos me perdoaram e eu acredito que seja verdadeiro esse perdão, só que eu temo que não seja por minha causa essa mudança do Samuel e o perdão que recebi deles, acredito que isso tudo é pelo bebê e, se for assim, eu vou acabar sofrendo ainda mais, pois o Samuel, mesmo tentando, não conseguirá me dar a reciprocidade que eu tanto anseio. Saio do banho e vou até o closet, escolher uma camisa dele para vestir. O cheiro dele está em tudo aqui, é tão gostoso, ali
Ao longo desses anos, eu afundei-me em um abismo do qual eu achava impossível sair um dia. A culpa pesava nos meus ombros, impedindo-me, até mesmo, de respirar algumas vezes, e a culpa mais dolorosa, até mesmo mais do que o que eu causei a Sara, foi a culpa pelo acidente do meu pai. Ando pelo escritório, a briga foi bem aqui, neste escritório. Sorrio ao pensar no meu desespero depois de tudo, eu desejei ter morrido no lugar dele e ele nem mesmo estava naquele carro. Hoje, eu só sinto raiva e nojo, ao lembrar daquele dia, da briga, das palavras ácidas e cruéis dele…–Memórias on–— Papai, eu só quero ajudar a consertar isso! — Digo em meio às lágrimas, que já começaram a sair uma após a outra. — Consertar? — ri, é um riso que intermedia entre desdenhoso e cruel — E você acha mesmo que uma garota burra como você pode consertar algo? Você é a culpada de toda essa merda, Jules, você, sua maldita filha da puta! É uma maldição, é isso que você é. — Seus gritos entraram pelos meus ouvidos f
— Nós estamos prontas, mãe — digo, olhando sua testa enrugada, depois de ouvir que vamos amanhã cedo até a prisão improvisada. — Eu sei que estou pronta, Jules, a minha preocupação é com você e com o bebê. — Não precisa ficar preocupada, eu estou bem e vou continuar bem, aliás, vou ficar melhor depois dessa conversa. Ela ficou olhando-me por um tempo, me avaliando. A minha mãe foi a única vítima nessa bagunça toda, ela sofreu por mim e pelo meu pai, mesmo sem tomar um partido, ela enfrentou meu pai diversas vezes para me proteger, chorou junto comigo, recebeu xingamentos e até ameaças, tudo por mim. Hoje, olhando a situação de fora, eu vejo que nós nunca fomos uma família feliz, nem mesmo antes da minha bagunça. O meu pai sempre foi um homem frio, sabia fingir muito bem ser um homem legal e carinhoso, mas agora eu vejo que aquilo foi só teatro para os amigos. Até sua atenção exagerada com a minha mãe, os presentes, isso também não passou de uma cartada para esconder suas traições.