Tinha dias que Ana estava diferente, no começo achei que foi pelo fato de quase a obrigar a ir morar comigo. Foi meio que uma intimação. Falei no calor do momento, não deveria ter sido assim. Ela concordou, eu permaneci calado, era o que eu queria de qualquer forma.
No sábado a tarde depois do meu pedido de casamento tudo ia bem. André ofereceu a piscina para nos distrair e minha filha estava feliz brincando. Todos estavam. Até eu ver Ana quase desmaiando, se não fosse meu pai segurando ela...
Dei a Bea no colo da minha mãe e sai da piscina o mais rápido que pude. Levei Ana ao médico e depois de longas três horas dentro daquele hospital. O veredito estava nas mãos do médico.
_Depende do seu ponto de vista. - o médico respondeu a pergunta da Ana. - você não tem ideia do que tem causado suas tonteiras? - essa é a primeira vez que o médico sorri. Ana balança a cabeça negativamente. - você está grávida.
_Grávida!?
BrunoA mulher mais bonita, a estrela mais brilhante, a dona do meu coração, meu sonho, meu mundo, meu amor, minha namorada, minha amante, minha mulher, a mãe dos meus filhos, minha inspiração, aquela que dá cor a minha vida, que me deu uma família, que deu seu amor.AnaQuando ela entrou pelo corredor com pétalas brancas espalhadas pela grama, em seu vestido, perfeita. Eu me senti o homem mais feliz do mundo. Por tudo o que aconteceu nos últimos anos, por tudo que ela foi capaz de me perdoar pelo bebê cresce na barriga dela. Por estarmos finalmente juntos.Eu só tenho a agradecer.Eu sei que não será um mar de rosas, ainda enfrentaremos dificuldades, talvez ela ainda demore a realmente confiar em mim... O que eu quero é estar junto dela até meu último suspiro, vou lutar todos os dias para conquistar o amor dela, conquistar de volta sua confiança.André entrega
Quando cheguei em casa senti uma mistura de alívio e muita ansiedade. Alívio por estar finalmente de volta para minha casa e ansiedade para o que estava por vim. Eu retornaria para escola e para a minha não tão antiga vida.Tudo no meu quarto estava do mesmo jeito que eu deixei. Olhando para as coisas do meu bebê me dei conta de que deveria começar a me preparar para sua chegada. Talvez pedir ajuda a tia Lili fosse minha melhor opção no momento.Respiro fundo para tentar tomar coragem e enfrentar os desafios que tenho pela frente. Decido começar pelas roupas que trouxe de volta. Separo as limpas da sujas,guardo as limpas e levo o resto para a lavanderia...._Eu não sei o que fazer, minha vida está condicionada ao nascimento do bebê. Eu me sinto meio... Eu não sei dizer... Sem valor ou... Perspectiva de futuro... Sinto como se fosse depender do meu pai sempre. Que minha vida vai ser só isso,
Bruno Arruda Minha mãe tinha uma melhor amiga desde o jardim. Elas cresceram juntas, estudaram juntas, dividiam as roupas, as camas e como elas mesmas contavam chegaram a dividir alguns rapazes. Minha mãe se casou e um ano depois eu nasci. Dona Lilian sempre sonhou em ter filhos, ela teria enchido a casa de crianças, infelizmente por causa de algumas complicações depois da gravidez ela nunca mais pode ter filhos. Depois um ano e dois meses do meu nascimento a melhor amiga da minha mãe deu a luz a Ana. Dona Jaqueline Virtelli era mãe solteira e ao invés de deixar a pequena em creche ou com babás ela ficava na minha casa enquanto a mãe trabalhava, minha mãe passou a ser sua segunda mãe.
Tia Lili sempre adorou o jardim dela. Da sua casa grande e cheia de utensílios de última geração, o jardim era o lugar mais valioso. Ele ficava alguns metros da piscina. Eu tinha aprendido a cultivar e amar cada flor daquele jardim com ela. Naquela manhã não fora diferente. Eu tinha acordado cedo e deixado o preguiçoso do Bruno na cama dele. Estavamos de férias e eu queria aproveitar cada pedacinho dela. Por isso acordava cedo. Tomei meu café da manhã com biscoito e chocolate que tia Lili sempre reclamava em me dar. Para ela eu deveria comer mais frutas, leite e derivados. Eu nunca gostei dessas coisas, apesar de comer, principalmente quando estava na casa dela. Depois de comer fui regar as flores do jardim. Não eram nem dez horas e sol estava quente em meio a um céu azul sem nuvens
Depois de colocar meu biquíni me deitei na espreguiçadeira, estava com um pouco de vergonha do Bruno, eu não sei bem porque, nunca tive vergonha dele, até... Até ele me beijar. Ele tentou conversar comigo algumas vezes, falou de jogos novos, da escola e depois sentou do outro lado da piscina, eu percebi que ele não tirava os olhos de mim, só tentei ignorar. Aquela situação estava ficando cada vez mais estranha. Depois do almoço Bruno me chamou para ver um filme, eu não estranhei o fato de ele caminhar para o quarto e sim por ter fechado a porta. Meu amigo se encostou na porta fechada e me olhou sério. _Quero saber o que está acontecendo, você está diferente comigo desde o beijo no quintal!
_Ana vamos nos atrasar. - Bruno grita do andar de baixo.Eu passei esse fim de semana na casa da tia Lili como as aulas iam começar logo na segunda minha mãe não fez muita objeção. Então como no ano passado Bruno acordou e foi até meu quarto para me acordar.Eu estou com muito sono e quero continuar na cama mas, sei que daqui a pouco Bruno vai voltar e me empurrar para o banheiro ou jogar água em mim. Por isso me arrasto até o banheiro enquanto tomo banho ouço o som de movimento no meu quarto._Aninha eu coloquei seu café no balcão e fiz sanduíche para você levar. - Tia Lili fala enquanto arruma minha cama._Obrigada tia. - Beijo seu rosto
Os meses passaram tão rápido! Já tem quase quatro meses desde o primeiro beijo que Bruno e eu compartilhamos. A minha rotina segue sem muitas alterações. Durante a semana eu fico na casa da tia Lili e na sexta vou para casa ficar com minha mãe por todo fim de semana. No domingo a noite dona Jaqueline me leva até a casa do meu amigo para começar outra semana de aula.Essa semana antes de eu entrar pela porta da casa da Lílian minha mãe perguntou sobre a amizade minha e do Bruno. Pelo que entendi a mãe do meu amigo desconfia que alguma coisa mudou. A verdade é que tudo mudou.Sorrio sem entender a estranha curiosidade da minha mãe. Ela nunca pergunta ou quis saber sobre algum rapaz que acho bonito ou coisas do tipo. Tento insenar espanto e noj
O nosso beijo é urgente, cheio de necessidade, cheio de sentimentos, de saudades. Me deito na cama sentindo o corpo magro do meu amigo sobre mim.Continuamos a nos beijar até ele estar encaixado entre minhas pernas. Bruno pressiona o quadril em mim e geme.Não sei se é o quarto que está quente, ou cama, ou sou eu, ou somos nós. Eu sinto calor, um calor estranho parece vir de dentro mim e aumentar cada vez que Bruno pressiona seu corpo contra o meu.Ele desce beijando meu pescoço, depois levanta minha blusa e beija minha barriga. Tiro minha blusa desesperada por mais contato. Eu sinto que vou explodir. Meu coração bate descompassado, o estomago está gelado e estou tremendo.
Último capítulo