Uma semana depois...
Como era comum em dias de férias fomos para a o sítio. Era divertido ir para lá. Seu Tadeu o caseiro tinha um filho da alguns anos mais velho. Ele estava cursando os últimos períodos de agronomia. Era um roceiro nato, eu achava sexy o jeito enrolado dele de falar.
Beto como todos o chamavam era simples e educado. Enquanto todos tomavam café da manhã ele contava sobre como era trabalhar na plantação da fazenda vizinha. Ele parecia feliz e muito orgulhoso por suas conquistas.
_Oia dona Lilia que o mininu já comprou inté um carro! - Dona Joana falava com os olhos brilhando de felicidade e orgulho do filho.
_Parabéns Beto. - Meu tio diz e abraça o homem.
_Obrigado Sr. Carlos se não fosse o senhor eu não teria conseguido chegar onde cheguei.
_Você chegou onde está por mérito seu filho. - Tio Claudio responde. - Eu só ajudei com os custos da unive
No nosso décimo dia no sitio, depois do café fomos brincar na piscina, os pais de Bruno estavam ocupados e muito longe de nós, resolvendo os problemas da obra que estavam fazendo no celeiro. Como nos dias anteriores, em meio às brincadeiras, mergulhos, risos, apostas sempre acabávamos trocando um beijo ou outro.Nesse dia ambos estávamos mais cheios de "tesão", como Bruno dizia, do que era possível suportar. Em meio a um beijo avassalador ele levou sua mão até a calcinha do biquini seus dedos encontraram o caminho para dentro do meu corpo e eu busquei por ar, a sensação era boa, estranha, nova, mas boa. Me peguei fazendo o mesmo com ele.Em pé na parte média da piscina entre gemidos, sussurros e beijos bem quentes nós dois nós perdemos em meio as avalanches de prazer ao ponto de não ver que alguém se aproximava._Se eu fosse vocês não ficava dando sopa na piscina esperando os seus pais ou os meus pegarem vocês. - Beto diz em
Seis anos depoisEu sei que o que eu fiz foi errado. Eu não deveria ter entrado no quarto da Ana naquele dia. Eu estava nervoso, estava com raiva dela e para piorar com muito álcool no sangue. O que não me impediu de fazer merda, acho que o álcool só deu coragem. Não via as coisas com muita clareza.Ana estava dormindo quando entrei no quarto dela. Eu acordei ela com beijos quentes, ela se assustou no princípio mas, cedeu assim que ouviu minha voz dizendo o quanto eu a amava. O que era uma verdade dolorosa. Eu amava Ana loucamente, tanto que doía.Fizemos amor e como antes, como todas as vezes tudo entre nós fluía com perfeição, era o encaixe perfeito. Cheio de carinho e beijos molhados e murmúrios indecifráveis. Depois de ter feito aquilo e eu tenho consciência que foi errado. Fazê-la acreditar que estava lá e que iria desistir de tudo, só para ter o corpo dela de novo, provar para mim mesmo que o corpo dela
Nós mal voltamos do lugar onde ficavam os pés de amora e Bruno correu para contar para o pai dele sobre nós. Acho que ele ficou genuinamente feliz por ter aceitado o trato dele._Você está parecendo aquelas crianças mimadas e fofoqueiras que correm para contar para a mãe quando apanham dos coleguinhas. - Disse sorrindo quando Bruno voltou. - O que ele disse? - Perguntei me referindo ao que ele contou ao pai sobre nós._Qual parte você quer saber? A parte boa, a ruim, a constrangedora ou fofa. - Meu amigo responde sorrindo._Tem um parte fofa? - O sorriso de Bruno aumenta e ele balança a cabeça em sinal positivo._Começa pela parte ruim. - Faço uma careta._Vou começar pela constrangedora, ele me deu isso. - Bruno retira um pacote de camisinha do bolso, acho que meu coração parou de bater na mesma hora porque senti todo meu corpo ficando frio só pra esquentar muito depois, realmente isso deve te
Acordei agarrada ao Bruno. Na noite anterior tinha chorado tanto. Eu estava confusa, com raiva...Porque diabos o meu pai resolveu aparecerdepois de tanto tempo!? Isso é muito estranho... E se ele foi o tipo de cara cruel que batia na minha mãe, ou um irresponsável que simplesmente largou minha mãe quando ela disse estar grávida.Mesmo depois de acordar meu amigo ainda ficou abraçado comigo. Ele fazia um carinho leve no meu braço, era confortável. Eu me sentia segura ali, eu sabia que ele não poderia me proteger de fato, mas me sentia segura.Me mexi um pouco em meio a cama improvisada, me virei para olhar para o garoto que me tinha em seus braços. Eu beijei ele, um beijo lento e carinhoso. Não tinha nada de desesperado ou sexual como são a maioria dos nossos beijos._Você pode contar comigo Ana, sempre. Eu vou estar aqui se tudo der certo e vou estar aqui se tudo der errado. - Depois de dar um beijo car
A mulher moribunda jazia na cama ela sabia que seus dias de vida já estavam contados e acabando. Abriu os olhos cansados e sonolentos. só o suficiente para ver o filho que tanto amava. O jovem Erick de dezessete anos, cochilava sobre os pés da cama.Tinha certeza que ele estava cansado, a vida do rapaz andava exaustiva, ele ia da escola direto para que hospital e muitas vezes fazia seus deveres ali mesmo naquele quarto de hospital. Não que sua mãe já o tivesse pedido para não o fazer, depois de um tempo ela simplesmente resolveu aceitar.Poderia deixar essa conversa para outro dia, talvez o fizesse se tivesse tempo. Se mexeu de vagar na cama, não tinha forças para mais do que pequenos movimentos. Com muito esforço e um pequeno gemido a mulher pegou o pequeno alarme que chamava a enfermeira.Erick se moveu despertando de vagar. Ele deu sorriso largo, os olhos cansados eram a única coisa que denunciavam a fase difícil que
André sentia seu coração batendo forte no peito. A última vez que se sentiu tão ansioso e nervoso foi no nascimento de Erick. Ele tremia tanto que mal conseguia abrir o maldito envelope._Você sabe o que está escrito? - Perguntou ao filho tentando de alguma forma amenizar sua ansiedade._Minha mãe disse que você tem outra filho, outra filha na verdade. Parece que na noite antes do casamento..._Eu nunca deveria ter feito aquilo! Me sinto mal por você saber disso._Tudo bem pai. Minha mãe me contou tudo e ainda me fez prometer que iria te ajudar. Vamos achar minha irmã! - Erick não parecia estar empolgado, ele estava. Estava genuinamente feliz por ter uma irmã ele sempre quis ter um irmão, mas uma irmã com certeza viria a calhar. Eu vou deixar o senhor ler a carta, se precisar de mim estarei no meu quarto.André estava surpreso por ter ouvido aquilo do filho, não esperava aquele tipo de reação.
Depois que chegamos da viagem de férias minha mãe foi me buscar, o que é incrível, ela não me busca desde que eu tinha treze anos. Ela conversou com meus tios um tempo e pela cara que saiu do escritório com certeza não foi uma conversa muito boa. Estou tentando entender o que há errado com o fato do meu pai querer me conhecer...Depois de chegarmos em casa minha mãe mandou guardar as minhas coisas e tomar um banho. Fiz tudo que ela mandou fazer em silêncio. Depois de terminar de fazer tudo fiquei trocando mensagens com o Bruno, isso até a porta do quarto abrir e dona Jaqueline entrar._Com quem está falando? - Ela perguntou com sua frieza e grosseria costumeira._Com o Bruno. - Respondi._Ele pode esperar. - Ela diz ao se sentar em frente a minha escrivaninha. Não fui capaz de disfarçar a minha cara de revolta. _Não me olha assim! Nós precisamos conversar logo, antes que o André simplesmente resolva aparecer e
Quando sai do banheiro esperava que o homem que discutira com minha mãe tivesse ido embora, ainda que não tivesse ouvido o som da porta. Eu esperava até que ele estivesse em qualquer lugar na parte inferior da casa.Tudo estava silencioso de mais, por isso abri a porta tranquilamente pronta para ir para o meu quarto. O choque ao ver o homem encostado na porta da minha mãe foi muito, muito grande. Passei por ele praticamente sem respirar esperando que ele estivesse dormindo._Estava lá dentro esse tempo todo? - O homem me pergunta de uma forma divertida._Eu não queria atrapalhar... - Digo constrangida ._Você sabe quem eu sou? - Ele pergunta de forma séria e seu sorriso divertido se desfaz.O corredor não está totalmente escuro, desde que eu era pequena minha mãe mantém uma luz acesa para clarear um pouco a casa e eu não tenha medo, ou não tenha tanto medo._Acho que é o m