Eu odiaria admitir o quanto estava preocupada com o que Bruno iria pensar de mim. Ele sempre me disse o quanto a achava vulgar uma mulher com marcas de chupão. Ainda que não tivesse acontecido nada ele jamais acreditaria em mim.
Eu estava numa situação em que realmente dava as pessoas o motivo para pensarem mal de mim. Não importa o que eu dissesse não tinha álibe suficiente para isso.
Ninguém saberia que eu passava as tardes na casa do meu namorado. Tia Lili vai me perguntar e vou tomar uma bronca bem grande depois de dizer a verdade, porque eu não teria coragem de mentir pra ela. Ela é melhor pra mim do que minha própria mãe.
Eu não sei o que aconteceu na casa do Diogo, pela forma como tia Lili chegou acho que as coisas não foram muito bem. Depois de subirmos a escada e fechar a porta Lilian perguntou._O que exatamente aconteceu entre você e aquele muleque?_Nos pegamos algumas vezes... Nunca chegamos a tirar a roupa e coisas do tipo. - meio que minto._Não acho que ele seja o tipo de rapaz para você namorar... Ele não tem um pingo de educação, foi rude e grosseiro. Ele está repetindo o terceiro ano e esta sempre se metendo em problemas. Não quero que se envolva com ele Ana. Não é isso que quero você. Você entende? Entende que esse
Uma semana depois...Como era comum em dias de férias fomos para a o sítio. Era divertido ir para lá. Seu Tadeu o caseiro tinha um filho da alguns anos mais velho. Ele estava cursando os últimos períodos de agronomia. Era um roceiro nato, eu achava sexy o jeito enrolado dele de falar.Beto como todos o chamavam era simples e educado. Enquanto todos tomavam café da manhã ele contava sobre como era trabalhar na plantação da fazenda vizinha. Ele parecia feliz e muito orgulhoso por suas conquistas._Oia dona Lilia que o mininu já comprou inté um carro! - Dona Joana falava com os olhos brilhando de felicidade e orgulho do filho._Parabéns Beto. - Meu tio diz e abraça o homem._Obrigado Sr. Carlos se não fosse o senhor eu não teria conseguido chegar onde cheguei._Você chegou onde está por mérito seu filho. - Tio Claudio responde. - Eu só ajudei com os custos da unive
No nosso décimo dia no sitio, depois do café fomos brincar na piscina, os pais de Bruno estavam ocupados e muito longe de nós, resolvendo os problemas da obra que estavam fazendo no celeiro. Como nos dias anteriores, em meio às brincadeiras, mergulhos, risos, apostas sempre acabávamos trocando um beijo ou outro.Nesse dia ambos estávamos mais cheios de "tesão", como Bruno dizia, do que era possível suportar. Em meio a um beijo avassalador ele levou sua mão até a calcinha do biquini seus dedos encontraram o caminho para dentro do meu corpo e eu busquei por ar, a sensação era boa, estranha, nova, mas boa. Me peguei fazendo o mesmo com ele.Em pé na parte média da piscina entre gemidos, sussurros e beijos bem quentes nós dois nós perdemos em meio as avalanches de prazer ao ponto de não ver que alguém se aproximava._Se eu fosse vocês não ficava dando sopa na piscina esperando os seus pais ou os meus pegarem vocês. - Beto diz em
Seis anos depoisEu sei que o que eu fiz foi errado. Eu não deveria ter entrado no quarto da Ana naquele dia. Eu estava nervoso, estava com raiva dela e para piorar com muito álcool no sangue. O que não me impediu de fazer merda, acho que o álcool só deu coragem. Não via as coisas com muita clareza.Ana estava dormindo quando entrei no quarto dela. Eu acordei ela com beijos quentes, ela se assustou no princípio mas, cedeu assim que ouviu minha voz dizendo o quanto eu a amava. O que era uma verdade dolorosa. Eu amava Ana loucamente, tanto que doía.Fizemos amor e como antes, como todas as vezes tudo entre nós fluía com perfeição, era o encaixe perfeito. Cheio de carinho e beijos molhados e murmúrios indecifráveis. Depois de ter feito aquilo e eu tenho consciência que foi errado. Fazê-la acreditar que estava lá e que iria desistir de tudo, só para ter o corpo dela de novo, provar para mim mesmo que o corpo dela
Nós mal voltamos do lugar onde ficavam os pés de amora e Bruno correu para contar para o pai dele sobre nós. Acho que ele ficou genuinamente feliz por ter aceitado o trato dele._Você está parecendo aquelas crianças mimadas e fofoqueiras que correm para contar para a mãe quando apanham dos coleguinhas. - Disse sorrindo quando Bruno voltou. - O que ele disse? - Perguntei me referindo ao que ele contou ao pai sobre nós._Qual parte você quer saber? A parte boa, a ruim, a constrangedora ou fofa. - Meu amigo responde sorrindo._Tem um parte fofa? - O sorriso de Bruno aumenta e ele balança a cabeça em sinal positivo._Começa pela parte ruim. - Faço uma careta._Vou começar pela constrangedora, ele me deu isso. - Bruno retira um pacote de camisinha do bolso, acho que meu coração parou de bater na mesma hora porque senti todo meu corpo ficando frio só pra esquentar muito depois, realmente isso deve te
Acordei agarrada ao Bruno. Na noite anterior tinha chorado tanto. Eu estava confusa, com raiva...Porque diabos o meu pai resolveu aparecerdepois de tanto tempo!? Isso é muito estranho... E se ele foi o tipo de cara cruel que batia na minha mãe, ou um irresponsável que simplesmente largou minha mãe quando ela disse estar grávida.Mesmo depois de acordar meu amigo ainda ficou abraçado comigo. Ele fazia um carinho leve no meu braço, era confortável. Eu me sentia segura ali, eu sabia que ele não poderia me proteger de fato, mas me sentia segura.Me mexi um pouco em meio a cama improvisada, me virei para olhar para o garoto que me tinha em seus braços. Eu beijei ele, um beijo lento e carinhoso. Não tinha nada de desesperado ou sexual como são a maioria dos nossos beijos._Você pode contar comigo Ana, sempre. Eu vou estar aqui se tudo der certo e vou estar aqui se tudo der errado. - Depois de dar um beijo car
A mulher moribunda jazia na cama ela sabia que seus dias de vida já estavam contados e acabando. Abriu os olhos cansados e sonolentos. só o suficiente para ver o filho que tanto amava. O jovem Erick de dezessete anos, cochilava sobre os pés da cama.Tinha certeza que ele estava cansado, a vida do rapaz andava exaustiva, ele ia da escola direto para que hospital e muitas vezes fazia seus deveres ali mesmo naquele quarto de hospital. Não que sua mãe já o tivesse pedido para não o fazer, depois de um tempo ela simplesmente resolveu aceitar.Poderia deixar essa conversa para outro dia, talvez o fizesse se tivesse tempo. Se mexeu de vagar na cama, não tinha forças para mais do que pequenos movimentos. Com muito esforço e um pequeno gemido a mulher pegou o pequeno alarme que chamava a enfermeira.Erick se moveu despertando de vagar. Ele deu sorriso largo, os olhos cansados eram a única coisa que denunciavam a fase difícil que
André sentia seu coração batendo forte no peito. A última vez que se sentiu tão ansioso e nervoso foi no nascimento de Erick. Ele tremia tanto que mal conseguia abrir o maldito envelope._Você sabe o que está escrito? - Perguntou ao filho tentando de alguma forma amenizar sua ansiedade._Minha mãe disse que você tem outra filho, outra filha na verdade. Parece que na noite antes do casamento..._Eu nunca deveria ter feito aquilo! Me sinto mal por você saber disso._Tudo bem pai. Minha mãe me contou tudo e ainda me fez prometer que iria te ajudar. Vamos achar minha irmã! - Erick não parecia estar empolgado, ele estava. Estava genuinamente feliz por ter uma irmã ele sempre quis ter um irmão, mas uma irmã com certeza viria a calhar. Eu vou deixar o senhor ler a carta, se precisar de mim estarei no meu quarto.André estava surpreso por ter ouvido aquilo do filho, não esperava aquele tipo de reação.