Denise preocupada com a demora de Clair, resolveu ligar para a sobrinha, porém quem atendeu foi Cedrick.Ela ficou surpresa ao ouvir a voz do chefe de Clair do outro lado da linha.— senhor Cedrick? O que você está fazendo com o telefone da Clair? Cadê minha sobrinha? — sua voz denunciava a preocupação.Cedrick respirou fundo antes de responder.— Dona Denise, Clair desmaiou no corredor da empresa. Estou levando ela ao hospital agora.Do outro lado da linha, o silêncio de Denise foi cortado por um suspiro pesado.— Eu vou para lá agora! Em qual hospital vocês estão indo?— Estou levando para o melhor hospital da cidade. Assim que chegarmos, mando a localização. Não se preocupe, estou cuidando dela.— Só me avise assim que chegarem — disse Denise, tentando manter a calma.Cedrick desligou e apertou o volante com força. Algo dentro dele dizia que esse desmaio era mais do que apenas cansaço. E ele precisava saber a verdade.Cedrick caminhava de um lado para o outro na sala de espera, im
Quando Clair recebeu alta e foi levada para casa por Cedrick, tia Denise estava ao lado dela, como sempre, oferecendo o apoio necessário. Apesar do dia difícil e das incertezas que rondavam Clair, Denise era seu alicerce. Cedrick, por sua vez, parecia estar mais atento do que nunca, suas atitudes carregadas de uma preocupação visível.— Clair, você precisa descansar, — Cedrick disse com um tom sério, ao entrar na sala e ver Clair se ajeitando no sofá. — Farei tudo o que for preciso para garantir que você tenha o melhor cuidado.Tia Denise concordava com ele, já organizando o ambiente para garantir que Clair tivesse um espaço confortável para se recuperar. Ela sempre confiou no julgamento de Cedrick, especialmente em questões de trabalho e organização, mas agora ela também se via dividida, tentando equilibrar o lado protetor da mãe com a responsabilidade profissional de Cedrick.— Ela precisa de calma, Cedrick. — Denise falou suavemente enquanto ajeitava um cobertor sobre Clair. — Mas
Cedrick avisou que Clair tinha uma consulta hoje pela manhã, com um obstetra que ele mesmo tinha marcado. Clair suspirou, sabendo que não adiantaria discutir. Cedrick era insistente, e, no fundo, ela sabia que ele só queria garantir que tudo estava bem com o bebê.— Você já marcou a consulta sem nem me perguntar? — ela cruzou os braços, olhando para ele.— Se eu perguntasse, você teria aceitado? — Cedrick arqueou a sobrancelha. — Prefiro garantir que você e nosso filho estejam bem.Tia Denise riu baixinho, achando graça na dinâmica dos dois.— Ele tem um ponto, Clair. Vá se arrumar, minha filha.Clair revirou os olhos, mas não conseguiu conter um sorriso discreto. Cedrick sempre tinha um jeito autoritário, mas, de alguma forma, aquilo a fazia sentir-se protegida.Pouco depois, já vestida com um vestido confortável, Clair desceu e encontrou Cedrick a esperando na sala. Sem dizer nada, ele segurou sua mão e a guiou até o carro.O caminho até a clínica foi silencioso, mas um silêncio co
Denise e Vaiola estavam completamente imersas nos preparativos da recepção. Embora Clair e Cedrick tenham concordado em algo simples, as duas não deixariam que o casamento passasse despercebido.— Nada de exageros, apenas um toque de sofisticação e aconchego. — Vaiola comentou, analisando um catálogo de arranjos florais.— Exatamente! Algo que combine com a Clair. Ela nunca gostou de muita ostentação. — Denise concordou, enquanto anotava ideias em um caderno.Clair, sentada no sofá da cobertura, observava as duas animadas, sem ter muito espaço para opinar.— Vocês perceberam que a noiva está aqui, certo? — Ela disse, cruzando os braços com um sorriso divertido.Denise piscou para ela.— Sim, mas sabemos que você vai concordar com tudo. Confiamos no seu bom gosto.Cedrick entrou na sala naquele momento, terminando uma ligação, e arqueou a sobrancelha ao ver sua mãe e Denise empolgadas.— Isso parece perigoso. Já estão planejando algo grandioso?— Nada disso. Algo simples e elegante. —
No dia seguinte, Clair e Matteo receberam alta do hospital. Cedrick, que havia permanecido ao lado dela durante todo o processo, estava radiante com a chegada do pequeno, e agora estava ansioso para levar sua família para casa.Clair, ainda um pouco frágil após o parto, sorria enquanto segurava Matteo nos braços, com o olhar carinhoso e protetor que ele já começava a reconhecer. Ela olhou para Cedrick e, com um sorriso suave, disse:— Eu nunca imaginei que ser mãe seria tão mágico, Cedrick. Ele é tão perfeito…Cedrick a observou com ternura, e com a voz suave, respondeu:— Você é incrível, Clair. Está fazendo isso ser ainda mais perfeito.Eles saíram do hospital juntos, Cedrick com Matteo nos braços enquanto Clair caminhava ao seu lado, sentindo-se mais forte a cada passo. Quando chegaram ao carro, o motorista os aguardava, e tudo estava preparado para o retorno à casa deles.A viagem para casa foi tranquila. A pequena família estava empacotada no banco de trás do carro, com o silênci
Clair nunca teve uma vida fácil. Desde que perdeu os pais, viveu com sua tia Denise e trabalhou duro como garçonete para pagar seus estudos. A formatura em Administração foi uma conquista suada, e conseguir um emprego na renomada indústria farmacêutica Lorenzze parecia um sonho se tornando realidade. Ela começaria como assistente pessoal do CEO, mas ainda não sabia que seu chefe era um homem tão implacável quanto irresistível. Na manhã do primeiro dia, Clair vestiu seu melhor conjunto social – simples, mas elegante – e entrou no imponente edifício da empresa. O coração batia acelerado. Ser assistente do CEO era uma grande responsabilidade, e ela estava determinada a dar o seu melhor. Quando a secretária a conduziu até a sala de Cedrick Lorenzze, ela respirou fundo antes de entrar. Mas nada a preparou para o homem que a aguardava. Ele estava de pé, de costas, observando a cidade pela enorme janela de vidro. Alto, de ombros largos, um terno impecável moldando seu corpo atlético. Quand
Clair ainda estava processando a mudança repentina na atitude de Cedrick. Mais cedo, ele havia sido frio e arrogante, mas, durante a reunião, pareceu respeitar sua opinião. Será que ele era assim com todos? Ou havia algo mais por trás daquela fachada implacável?Sacudindo os pensamentos, decidiu se concentrar em algo mais simples: o almoço. Ela se levantou, pegou sua bolsa e saiu da sala. Mas, assim que deu alguns passos pelos corredores modernos da empresa, percebeu que não fazia ideia de onde ficava o refeitório.— Perdida? — uma voz feminina e amigável soou ao seu lado.Clair se virou e encontrou uma mulher de sorriso caloroso e olhar acolhedor.— Um pouco — ela admitiu, envergonhada.— Primeiro dia? — a mulher perguntou, e Clair assentiu. — Vem comigo, estou indo almoçar também. Sou Lorena, do setor de marketing.— Clair. Comecei hoje como assistente do CEO.— Uau — Lorena ergueu as sobrancelhas, impressionada. — Trabalhar com Cedrick Lorenzze deve ser… intenso.Clair riu, meio se
O primeiro dia de trabalho de Clair tinha sido mais intenso do que esperava. Entre reuniões inesperadas, a arrogância desconcertante de Cedrick e a tensão que sentia sempre que estava perto dele, ela mal teve tempo de respirar. Mas, no fim do dia, sentiu uma pontada de satisfação. Tinha conseguido se sair bem, e isso era o mais importante.Às 18h, ela pegou sua bolsa e saiu do prédio, caminhando em direção ao ponto de ônibus. O céu já estava tingido por tons alaranjados, e uma brisa fresca aliviava o calor do dia.— Clair! — Uma voz animada chamou por ela.Era Lorena, sua nova amiga do marketing, que vinha com um sorriso largo.— Como foi o resto do seu dia? Sobreviveu ao Cedrick?Clair soltou uma risada curta.— Sobrevivi, mas não foi fácil. Ele muda de humor como quem troca de roupa.— Normal — Lorena disse, rindo. — Olha, eu e algumas pessoas do escritório estamos indo a um barzinho para relaxar. Você tem que vir! Nada melhor do que comemorar seu primeiro dia.Clair hesitou por um