Amira Garcia
Uma semana e tanto na minha nova rotina passou rapidamente, ainda deitada ao lado do meu namorado, mal conseguia disfarçar minha emoção. Desde que aconteceu aquele trágico jantar com a família dele, ficamos mais juntos do que nunca. Era cedo de mais para falar em amor? Mais, afinal, existiria tempo certo para amar? Claro que não!
Virei cuidadosamente para o lado esquerdo, não queria acordá-lo. Fiquei admirando toda sua beleza perfeita, debaixo das cobertas ansiava todas as noites em ser sua. Acariciei seu rosto, enquanto sorria com pensamentos indecentes. Eu tinha a felicidade e muitos planos ao seu lado.
— Amor… — resmungou, abrindo aquele par de olhos hipnotizantes. — Que horas são? &md
Lorenzo RiveraO que um homem desesperado era capaz de fazer? Me questionei o dia inteiro, enquanto não parava de pensar que decepcionei minha namorada. Voltei para casa um pouco perto da meia-noite, não posso dizer que estava bem, antes de retornar ao meu lar, passei em dois lugares. Não conseguia esquecer do que havia feito mais cedo, eu era o causador dos meus próprios problemas. Depois de estacionar meu carro na garagem, peguei a garrafa de whisky e tomei a metade de uma vez, como se fosse água, mas com a diferença de ter descido queimando minha garganta.— Foda-se! — murmurei, jogando a garrafa contra a parede. Estava frustrado, baguncei meus cabelos. Minha vontade era de socar a primeira pessoa que visse, porém, sabia que isso não mudaria o fato ocorrido mais cedo. Abr
Amira GarciaAcordei pela manhã procurando meu namorado por aquela cama enorme, mas ele não estava, abri os olhos encarando o lado esquerdo vazio, puxei o travesseiro e inalei seu cheiro, dando um suspiro de apaixonada. Onde ele poderia estar? Coloquei de volta o travesseiro no lado esquerdo. Homem era mesmo diferente, enquanto eu estava sentindo que um trator havia passado pelo meu corpo, ele não estava exausto, acordou sem sequer me acordar. Levantei caminhando pelo quarto vazio, não esqueceria tão cedo nossa noite de amor.— Talvez ele esteja lá fora. — murmurei, calçando uma pantufa branca. Coloquei a primeira roupa que vi largada pelo quarto, um vestido simples de mangas curtas e minha calcinha de algodão.Talvez el
Lorenzo RiveraEu não queria perdê-la, porém, não pensei nas consequências de ter praticamente a sequestrado contra sua vontade. Dois dias em um novo país e a Garcia continuava chateada comigo. Havia mentido não só para ela como para minha família, não era uma viagem qualquer, sequer pensava em retornar, voltar para o nosso país significava que as coisas mudariam, um tipo de mudança que não queria nas nossas vidas. Aluguei um apartamento mobiliado no nome de outra pessoa, de um dos seguranças que trabalhavam para mim. Qualquer deslize meu poderia trazê-los até nós, não facilitaria o trabalho daquele detetive, nem ele e ninguém chegaria perto da minha mulher, Sibele e eu éramos sua família, nenhuma outra a roubaria de nós.
Roberto GarciaMinha esposa faleceu nos meus braços, e devido ao meu filho Miguel não consegui localizar minha neta há tempo de conhecer sua avó. Nunca pensei que tivesse um filho tão ingrato como ele, quase não acreditei quando fui informado por um dos detetives que meu filho estava atrapalhando as buscas. A filha de Paula nem sequer conheceu seus avós, sentia culpa de tudo, talvez minha filha estivesse viva se eu não tivesse feito o que fiz ao descobrir sua gravidez. A vida da minha família foi destruída pelas minhas escolhas erradas.— Vou encontrá-la, querida! — murmurei, tocando uma foto nossa no porta-retratos, estávamos tão felizes.Fiquei tão perto de encontrar noss
Amira Garcia Não queria estar sozinha no dia do meu aniversário, por essa razão fiz as pazes com o grandão, mas antes disso acontecer, discutimos quatro dias seguidos. Lorenzo ainda estava dormindo naquela manhã, aproveitei para ficar junto ao seu corpo caloroso. Gostava de apoiar minha cabeça no seu peitoral desnudo, ouvir as batidas do seu coração eram como uma linda canção que acalmava qualquer dúvida minha. Vinte e cinco anos e cinco anos sem meus pais, não queria chorar, no entanto, não deu para segurar. Meu namorado logo abriu os olhos e beijou o topo da minha cabeça. Olhando para aquele par de olhos entristecer por minha causa, não queria que acontecesse dele me flagrar derramando lágrimas. — Quer desabafar? — perguntou, passando o dedo polegar pela minha bochech
Lorenzo RiveraFoi uma péssima ideia, dar de presente uma sorveteria para minha namorada, nunca tinha visto ela tão ofendida comigo como estava. Pensei em ligar para Sarah e pedir conselho, entretanto, o único a resolver toda a confusão que causei era eu mesmo. Adentrei nosso apartamento que estava com a porta aberta, meu coração parecia querer saltar pela boca, de tão nervoso que estava.— Sibele, vá para o seu quarto, e não saia de lá. — não queria ser duro com minha filha, até ela que era só uma criança logo percebeu que tinha algo errado.— Vocês dois gostam mesmo de brigar. — disse ela, cruzando os braços e me olhando feio. — Não g
Amira GarciaAlgumas horas foram o suficiente para mudar minha vida outra vez. Não consegui sequer dormir de tão ansiosa que estava, não era para menos, descobrir do jeito que descobri que tinha uma família procurando por mim, foi uma surpresa e tanto. Cuidaria de Lorenzo em outro momento, não naquele que buscava pela minha família. Quando chegamos no aeroporto, Sarah nos aguardava, tentei não demonstrar que estava abalada emocionalmente.Depois de uma conversa rápida, ela disse que era melhor a sobrinha ficar em sua casa. Naquele momento olhei para o meu namorado estúpido, que segurava a pequena nos braços, enquanto ela dormia feito um anjinho. Ele ter concordado com a irmã, me deixou surpresa, mas era melhor assim, não queria que Sibele visse qu
Lorenzo RiveraQuarenta minutos, antes que eu finalmente conseguisse ser forte o bastante, forte por dois. As últimas horas foram uma confusão atrás da outra, a culpa era minha, não tinha como eu fingir para mim mesmo que nada tinha a ver comigo. Garcia, tentou ser forte, mas quando estávamos no hospital, a vi tão frágil e nada pude fazer, ela não me queria por perto.Era hora de uma conversa, algo mais sério talvez, minhas mãos suavam muito, não sabia qual seria sua reação. Adentrei o pequeno quarto do seu apartamento, decidido a resolver tudo entre nós.— Não vim para brigar! — avisei, mostrando as palmas das mãos.&