Lorenzo Rivera
Foi uma péssima ideia, dar de presente uma sorveteria para minha namorada, nunca tinha visto ela tão ofendida comigo como estava. Pensei em ligar para Sarah e pedir conselho, entretanto, o único a resolver toda a confusão que causei era eu mesmo. Adentrei nosso apartamento que estava com a porta aberta, meu coração parecia querer saltar pela boca, de tão nervoso que estava.
— Sibele, vá para o seu quarto, e não saia de lá. — não queria ser duro com minha filha, até ela que era só uma criança logo percebeu que tinha algo errado.
— Vocês dois gostam mesmo de brigar. — disse ela, cruzando os braços e me olhando feio. — Não g
Amira GarciaAlgumas horas foram o suficiente para mudar minha vida outra vez. Não consegui sequer dormir de tão ansiosa que estava, não era para menos, descobrir do jeito que descobri que tinha uma família procurando por mim, foi uma surpresa e tanto. Cuidaria de Lorenzo em outro momento, não naquele que buscava pela minha família. Quando chegamos no aeroporto, Sarah nos aguardava, tentei não demonstrar que estava abalada emocionalmente.Depois de uma conversa rápida, ela disse que era melhor a sobrinha ficar em sua casa. Naquele momento olhei para o meu namorado estúpido, que segurava a pequena nos braços, enquanto ela dormia feito um anjinho. Ele ter concordado com a irmã, me deixou surpresa, mas era melhor assim, não queria que Sibele visse qu
Lorenzo RiveraQuarenta minutos, antes que eu finalmente conseguisse ser forte o bastante, forte por dois. As últimas horas foram uma confusão atrás da outra, a culpa era minha, não tinha como eu fingir para mim mesmo que nada tinha a ver comigo. Garcia, tentou ser forte, mas quando estávamos no hospital, a vi tão frágil e nada pude fazer, ela não me queria por perto.Era hora de uma conversa, algo mais sério talvez, minhas mãos suavam muito, não sabia qual seria sua reação. Adentrei o pequeno quarto do seu apartamento, decidido a resolver tudo entre nós.— Não vim para brigar! — avisei, mostrando as palmas das mãos.&
Amira GarciaEu queria esquecer por alguns minutos que tinha um avô entre a vida e a morte. Mais tem coisas que são difíceis de esconder, no entanto, dei o melhor que pude para não estragar o jantar com Lorenzo. Não preciso nem comentar a porcaria que ficou a comida que havia feito, mesmo assim, meu namorado mentiu ao dizer que estava ótimo.Depois do jantar de poucas palavras entrei no banheiro, escovei os dentes e chorei um pouco em silêncio. Lavei meu rosto, colocando em seguida um sorriso no rosto.— Faz quanto tempo que está aí? — perguntei, virando o rosto pro lado. Ele não era o tipo de homem que eu não sentiria estar por perto, seu cheiro gostoso entregava sua presença inconv
Lorenzo RiveraDurante a madrugada uma notícia tirou minha alegria. Sarah, após telefonar tantas vezes sem sucesso, veio até o apartamento de Garcia, acabamos acordando com os gritos que vinham do lado de fora. O desespero da minha irmã me fez pensar que acontecera alguma coisa grave, talvez com Sibele, no entanto, não era devido à minha filha que ela estava daquele jeito, nosso pai havia infartado. Juntos fomos para o hospital, minha namorada não soltou minha mão em nenhum momento. O apoio dela conseguia tirar de mim um pouco daquela angústia.— Amorzinho, seu pai vai ficar bem! — disse ela, tentando me acalmar. Meu pai era durão, mas era só um ser humano, e estava passando por uma cirurgia difícil.
Amira GarciaQuatro semanas desde o falecimento do meu sogro, após dias nebulosos pude voltar a ter esperança na recuperação do meu avô, ele havia dado sinais de estar acordando do seu coma, quase chorei quando ele segurou minha mão, foi uma surpresa e tanto. Eu poderia ter falado sobre o que tinha acontecido, no entanto, vivia um dilema entre contar ou não para o meu namorado, na dúvida optei pelo silêncio até as coisas melhorarem.O impacto da leitura do testamento deixado pelo meu sogro abalou bastante a família Rivera. Sarah não somente ficou com a empresa como com a maior parte dos bens do pai, mas, com certeza, o maior presente que ele poderia ter dado a Lorenzo foi um restaurante, um mega restaurante em uma das ruas mais movimentadas da capital. Ele nunc
Lorenzo RiveraSarah me fez comprar um anel de noivado e desde então, suas indiretas falando sobre casamento ficaram bem frequentes. O casamento era um grande passo, no entanto, Garcia e eu vivíamos como marido e mulher, não seria um pedaço de papel ou igreja que mudaria isso, a verdade era que esses eventos em especiais, eram feitos para agradar à sociedade, pensava exatamente assim. Precisei esconder bem o anel para que ela não encontrasse, não queria assustá-la, Amira a todo momento demonstrava ficar incomodada quando o assunto era casamento, minha intenção não era afastá-la de mim, tinha medo dela me dizer um grande não em resposta.— Sibele, gostaria de ter irmãozinhos? — perguntei, imaginando o futuro.
Amira GarciaDeixei todos os meus problemas de lado porque o momento era de felicidade. Após esperar dias e temer o falecimento do meu avô, ele milagrosamente provou o quanto queria viver. Não planejava estar sozinha naquele momento tão importante, enquanto me preparava para adentrar o leito, não conseguia evitar de pensar em Lorenzo e no quanto ele tinha agido estupidamente. Preferi ir sozinha até o hospital, apesar de Sarah ter oferecido sua companhia, recusei, pois, sabia que tínhamos algo incomum, e em aberto para resolver, concordamos que ela conversaria primeiro com o grandão, bem, e eu conversaria quando retornasse do hospital.Quando toquei na maçaneta do leito, senti minhas pernas fraquejarem, por um segundo hesitei, mas não tinha do que ter medo, talvez meu avô fosse simpático, pensei, adentrando e quase caindo em cima da lixeira. Alg
Lorenzo RiveraEram quatro da manhã e eu continuava sentado do lado de fora, esperando que a qualquer momento Amira chegasse. Não conseguia acreditar que ela havia ficado tão ofendida com nossa discussão, tivemos outras piores e nunca ela tinha desaparecido antes. Telefonei para o hospital meia-noite e disseram que ela esteve lá e logo foi embora. Onde ela poderia estar? Queria tanto pedir desculpas pelo que tinha feito. Sarah não era mais uma criança, conversamos sobre ocorrido, senti-me envergonhado, entendi que não deveria me intrometer daquele jeito na sua vida.Fernando ficou tão pálido acreditando que eu fosse demiti-lo, mas, na verdade, fui lhe pedir desculpas, não o conhecia para julgá-lo como um molestador. Mais não deixei de ameaç&aacu