Lorenzo Rivera
Eu nada sabia sobre amor, apesar do medo de me apaixonar, era um pouco tarde para fugir do que estava cravado no meu coração. O melhor de mim, acontecia em parte quando estávamos juntos, éramos uma conjunção perfeita de nós dois. Quem eu poderia ser sem a Garcia? Talvez o mesmo casca-grossa que demonstrei sempre ser.
Estávamos na cozinha limpando a bagunça que causamos, tentei ensinar minha namorada a preparar um simples bolo, mas não deu muito certo. Três dias juntos como um casal e minha casa virou uma bagunça por quase todo lugar. O bolo era maneira que encontrei pra quem sabe fazê-la esquecer o assunto da minha demissão, não queria que ela continuasse se culpando, se saí foi porque eu quis.
Amira GarciaA única cobra que eu queria ver na noite anterior era a de Lorenzo, no entanto, não tive essa felicidade. No quarto comecei a decorar as paredes com desenhos da minha futura possível filha, nunca pensei na possibilidade de adotar uma criança, mas passei a pensar depois de conhecer a filha adorável do meu namorado.— Flora! — gritei ao vê-la fazendo xixi em cima da cama. — Seu papai não pode ver isso, mocinha!Ninguém além de nós duas sabia do que havia acontecido naquele quarto, peguei minha gata sapeca, colocando ela em seguida no chão.— É só um pouquinho de xixi… — resmunguei, pegando a coberta de cor vinho. — Filha, não faça mais isso! — falei brava e Flora não se importou nenhum pouco com minha bronca.<
Lorenzo RiveraO jantar que planejei de última hora, estava me deixando ansioso, não saber ao certo a reação do meu pai, me preocupava, mas, com certeza, minha irmã Sarah ajudaria controlar a situação, caso saísse do controle. Eu estava me apegando a ideia do nosso pai não causar nenhum problema naquele jantar, talvez estivesse com um excelente humor, porque fiquei sabendo que ele estava namorando, após tanto tempo ele resolveu voltar a viver. Independe do que minha família pensasse a respeito da minha namorada, não mudaria nada entre nós, ela era a mulher que queria para o resto da minha vida.— Papai! Ei! — Sibele pulou na minha frente pra chamar minha atenção. O sorriso doce da minha menina aquecia meu coração.
Amira GarciaUma semana e tanto na minha nova rotina passou rapidamente, ainda deitada ao lado do meu namorado, mal conseguia disfarçar minha emoção. Desde que aconteceu aquele trágico jantar com a família dele, ficamos mais juntos do que nunca. Era cedo de mais para falar em amor? Mais, afinal, existiria tempo certo para amar? Claro que não!Virei cuidadosamente para o lado esquerdo, não queria acordá-lo. Fiquei admirando toda sua beleza perfeita, debaixo das cobertas ansiava todas as noites em ser sua. Acariciei seu rosto, enquanto sorria com pensamentos indecentes. Eu tinha a felicidade e muitos planos ao seu lado.— Amor… — resmungou, abrindo aquele par de olhos hipnotizantes. — Que horas são? &md
Lorenzo RiveraO que um homem desesperado era capaz de fazer? Me questionei o dia inteiro, enquanto não parava de pensar que decepcionei minha namorada. Voltei para casa um pouco perto da meia-noite, não posso dizer que estava bem, antes de retornar ao meu lar, passei em dois lugares. Não conseguia esquecer do que havia feito mais cedo, eu era o causador dos meus próprios problemas. Depois de estacionar meu carro na garagem, peguei a garrafa de whisky e tomei a metade de uma vez, como se fosse água, mas com a diferença de ter descido queimando minha garganta.— Foda-se! — murmurei, jogando a garrafa contra a parede. Estava frustrado, baguncei meus cabelos. Minha vontade era de socar a primeira pessoa que visse, porém, sabia que isso não mudaria o fato ocorrido mais cedo. Abr
Amira GarciaAcordei pela manhã procurando meu namorado por aquela cama enorme, mas ele não estava, abri os olhos encarando o lado esquerdo vazio, puxei o travesseiro e inalei seu cheiro, dando um suspiro de apaixonada. Onde ele poderia estar? Coloquei de volta o travesseiro no lado esquerdo. Homem era mesmo diferente, enquanto eu estava sentindo que um trator havia passado pelo meu corpo, ele não estava exausto, acordou sem sequer me acordar. Levantei caminhando pelo quarto vazio, não esqueceria tão cedo nossa noite de amor.— Talvez ele esteja lá fora. — murmurei, calçando uma pantufa branca. Coloquei a primeira roupa que vi largada pelo quarto, um vestido simples de mangas curtas e minha calcinha de algodão.Talvez el
Lorenzo RiveraEu não queria perdê-la, porém, não pensei nas consequências de ter praticamente a sequestrado contra sua vontade. Dois dias em um novo país e a Garcia continuava chateada comigo. Havia mentido não só para ela como para minha família, não era uma viagem qualquer, sequer pensava em retornar, voltar para o nosso país significava que as coisas mudariam, um tipo de mudança que não queria nas nossas vidas. Aluguei um apartamento mobiliado no nome de outra pessoa, de um dos seguranças que trabalhavam para mim. Qualquer deslize meu poderia trazê-los até nós, não facilitaria o trabalho daquele detetive, nem ele e ninguém chegaria perto da minha mulher, Sibele e eu éramos sua família, nenhuma outra a roubaria de nós.
Roberto GarciaMinha esposa faleceu nos meus braços, e devido ao meu filho Miguel não consegui localizar minha neta há tempo de conhecer sua avó. Nunca pensei que tivesse um filho tão ingrato como ele, quase não acreditei quando fui informado por um dos detetives que meu filho estava atrapalhando as buscas. A filha de Paula nem sequer conheceu seus avós, sentia culpa de tudo, talvez minha filha estivesse viva se eu não tivesse feito o que fiz ao descobrir sua gravidez. A vida da minha família foi destruída pelas minhas escolhas erradas.— Vou encontrá-la, querida! — murmurei, tocando uma foto nossa no porta-retratos, estávamos tão felizes.Fiquei tão perto de encontrar noss
Amira Garcia Não queria estar sozinha no dia do meu aniversário, por essa razão fiz as pazes com o grandão, mas antes disso acontecer, discutimos quatro dias seguidos. Lorenzo ainda estava dormindo naquela manhã, aproveitei para ficar junto ao seu corpo caloroso. Gostava de apoiar minha cabeça no seu peitoral desnudo, ouvir as batidas do seu coração eram como uma linda canção que acalmava qualquer dúvida minha. Vinte e cinco anos e cinco anos sem meus pais, não queria chorar, no entanto, não deu para segurar. Meu namorado logo abriu os olhos e beijou o topo da minha cabeça. Olhando para aquele par de olhos entristecer por minha causa, não queria que acontecesse dele me flagrar derramando lágrimas. — Quer desabafar? — perguntou, passando o dedo polegar pela minha bochech