Maria EduardaOs dias estavam passando e nada do Caleb, meu pai havia dito que eles estavam muito atarefados e que fechariam mais um contrato multimilionário.Caso isso acontecesse, meu pai se mudaria para o Canadá, para tomar conta da outra sede da empresa. Eu era contra essa mudança, como veria o meu irmão ou irmã quando nascesse, se a faculdade ficaria a mais de 4h do lugar?— Duda — minha mãe me chamou, pois, para variar, estava no mundo da lua.— Oi.Estávamos sentadas à mesa, tomando café.— Olhe o que chegou. — Ela me mostrou que segurava um envelope nas mãos. — É de Harvard. — Meus olhos chegaram a brilhar. — Vamos, abra. — Ela me entregou.Respirei fundo e abri com todo o cuidado. Comecei a ler em silêncio, mas minha mãe não ficava quieta.— Me dê isso. — Ela não se conteve e tomou o papel das minhas mãos. — Ah! Eu não acredito. Você foi aceita! — Ela correu e me abraçou. — Vou ligar para o seu pai.***Fiquei feliz em conseguir uma vaga em Harvard.Depois da noite que tive c
Maria Eduarda— Por que você faz isso? — perguntei num sussurro quando nossos lábios se afastaram.— Por que você foi embora daquele jeito?— Por que você não me ligou?— Vamos com calma. — Ele começou. — Eu não te liguei, pois achei que você estava chateada comigo, devido ao incidente que aconteceu no outro dia. — Ele segurou meu rosto em suas mãos. — Estava te dando espaço, e quando fui para Toronto, acabei ficando preso no trabalho e não tive tempo. — Ele se explicou.— Mas teve tempo de encontrar uma namorada, não é?Não disse uma palavra, então, entendi que aquilo era um sim. Me afastei dele e segui em direção ao meu quarto. Ao entrar, tranquei a porta atrás de mim.Caleb achava que eu não era o suficiente para ele? Ele estava muito enganado, sou muito mais do que ele precisava.***Jenny viajou e eu passaria o final de semana em sua casa, também porque queria ver essa namorada do Caleb. E esperava realmente conhecê-la.Não foi nada entediante ficar sozinha na casa dela, maratone
Maria Eduarda— Cadê o Caleb? — minha mãe perguntou.— Acho que… ele foi no banheiro — disse gaguejando.— Fico feliz que o tenha convidado para a festa. — Meus pais se sentaram à mesa. — Jenny está tão feliz — mamãe afirma.— Também fico feliz por ela.Fiquei o tempo todo olhando em direção ao banheiro, esperando por ele.— O que foi filha? — A minha mãe estava curiosa.— Nada. — Menti, já estava muito tensa.Minutos depois, ele apareceu.— Mel, Roger. — Caleb os cumprimentou. — Caleb, que bom que você veio. — A minha mãe se levantou e o abraçou.— Podemos conversar? — O que aconteceu? — O meu pai parecia preocupado.— Não é sobre trabalho, Roger. — Ele tentou tranquilizá-lo. — Mas sobre mim e Duda.— Como assim? — Minha mãe ficou perdida, Jenny e Marcos se aproximaram.— Você sabe que eu e a Duda…— Oi, Caleb. — Jenny o cumprimentou.— Oi, Jenny, Marcos. — Ele bagunçou o cabelo. — Então… — Respirou fundo.— O que está acontecendo? — Marcos perguntou.— Caleb está falando dele e d
Maria EduardaChegou o grande dia e o nosso pequeno Matthew nasceu, ainda bem que ele resolveu vir num sábado, pois isso me deu mais tempo para vê-los. A minha mãe havia ido comigo, e o nascimento a deixou super empolgada, nos fazendo imaginar quando a Helena nascesse. Elisa estava toda empolgada e o Maycon também. O bebê tinha os olhos cor de avelã, era moreninho e carequinha, e as suas bochechas eram enormes.Na segunda-feira seguinte eu começaria a faculdade e já estava um pouco ansiosa.Fazia um mês que o Caleb tinha ido para o México e não conversamos mais, depois daquela noite. Pensar nele e sobre o que aconteceu era como se tirasse a casquinha de uma ferida. Os meus pais e a Jenny até tentaram conversar comigo, mas eu não deixei. A única coisa de que tinha medo, era de me arrepender.***A faculdade estava uma loucura, trabalho em cima de trabalho e eu não tinha um minuto para respirar, por causa disso, vinha passado mais tempo no campus. Com a vida corrida, não sobrava tempo
CalebFui algumas vezes à casa de Roger, querendo ver a Duda, e no dia que consegui vê-la, estava usando um mini biquíni, o que me fez ficar de pau duro, desejando aquele corpo. Eu precisava me enterrar mais uma vez nela, sentir o seu cheiro, o seu toque era tudo o que eu mais precisava. Tentei uma aproximação, mas foi em vão, ela questionou o fato de Madelyn estar na cidade, mas não tive muito o que fazer, já que o seu trabalho permite que ela esteja em vários lugares sem aviso.Quando achei que a Geórgia iria me dar sossego, ela apareceu na minha casa e estapeou a outra mulher, acordou toda a vizinhança, me obrigando a levá-la para casa e avisar ao seu pai sobre o que estava acontecendo. Ele me prometeu que isso não se repetiria. Confessei aos pais da Duda que a amava na noite de sua formatura, esperava a pior reação deles, mas aconteceu totalmente ao contrário, o que me fez fazer aquele convite, já que alguma parte de mim dizia que ela poderia largar tudo e embarcar comigo para o
Maria EduardaDepois que Caleb saiu da sala e não voltou mais, consegui terminar a minha prova e tinha certeza de que havia ido super bem na minha redação, só precisava ficar mais atenta às matérias. Até que enfim, acabou, caminhei em direção ao homem que realizava a palestra, pois precisava do meu certificado, sem ele, eu não conseguiria concluir a matéria.— Boa sorte. — O professor sorriu quando lhe entreguei a folha.— Ah, obrigada. — Agradeci e saí da sala.Peguei o meu celular e a primeira coisa que precisei fazer foi ligar para a Lis e contar o que havia acabado de acontecer.— Duda, como você está? Estamos com saudade.— Não sei te dizer como eu estou. — Por que não? — Fiquei em silêncio. — Me conte o que está acontecendo.— O Caleb.— Ah, não! O Caleb de novo, não, por favor. — Ela fez uma pausa e eu permaneci em silêncio. — Olha, Duda, eu sei que você o ama, mas ele te faz mal, e você se lembra de como foi difícil superá-lo durante esses dois anos, até o Josh foi estudar a
Maria EduardaEstacionei o carro na garagem, logo atrás do carro do meu pai. A janela da cozinha estava aberta e vi a minha mãe mexendo nas panelas, tinha chegado bem na hora do almoço.Desci, peguei o brinquedo da Helena no porta-malas, e sem fazer muito barulho, entrei na casa, ouvi vários risos, mas um em especial me chamou a atenção.Caminhei lentamente e quando me encostei na soleira da porta, vi a minha mãe na cozinha, o meu pai com a nossa pequena Helena no colo e a garotinha chorando, de costas para onde eu estava, reconheci o Caleb com uma ruiva ao seu lado. Com certeza já sabia quem era ela, a sua noiva.— Venha comigo. — Caleb se levantou e pegou minha irmã em seus braços. — Não foi nada, já passará, me deixe dar um beijo. — Helena estendeu o seu braço para ele e então, ele o beijou e ela sorriu, com os olhinhos cheios de lágrimas. — Viu, já passou.— “Tata”. — Helena me viu e me chamou. — “Enha, Tata.” — Esticou os braçinhos. E então, todos olharam em direção à porta e os
Maria EduardaAcordei e não tinha ninguém em casa, mas a minha mãe havia deixado um bilhete em cima da mesa, dizendo que eles foram a uma chácara com a Jenny e que não sabiam que horas voltariam. “— É, Duda, assim, você aprende a não fazer mais surpresas, para não ser surpreendida.” E mais uma vez, meu subconsciente me repreendeu.Eram quase seis da tarde, fui até a cozinha, encontrei algumas garrafas de vinho, e pensei: “por que não?”.Peguei uma delas, fiz um pouco de pipoca e eu me sentei no sofá, ao invés de pegar uma taça, decidi beber diretamente da garrafa. Procurei por algum filme interessante e me deparei com um dos canais passando “Crepúsculo — Lua nova”.“— Vamos lá, Duda, por que não? Você está sofrendo” — falei para mim mesma.De certa forma, aquilo não era mentira, pois me identifiquei com o seu sofrimento, pelo menos, eu ainda sabia com quem o Caleb estava, a coitada nem isso sabia. Ela decidiu embarcar em algumas aventuras perigosas para se lembrar dele, e eu? Eu deci