Maria Eduarda— Cadê o Caleb? — minha mãe perguntou.— Acho que… ele foi no banheiro — disse gaguejando.— Fico feliz que o tenha convidado para a festa. — Meus pais se sentaram à mesa. — Jenny está tão feliz — mamãe afirma.— Também fico feliz por ela.Fiquei o tempo todo olhando em direção ao banheiro, esperando por ele.— O que foi filha? — A minha mãe estava curiosa.— Nada. — Menti, já estava muito tensa.Minutos depois, ele apareceu.— Mel, Roger. — Caleb os cumprimentou. — Caleb, que bom que você veio. — A minha mãe se levantou e o abraçou.— Podemos conversar? — O que aconteceu? — O meu pai parecia preocupado.— Não é sobre trabalho, Roger. — Ele tentou tranquilizá-lo. — Mas sobre mim e Duda.— Como assim? — Minha mãe ficou perdida, Jenny e Marcos se aproximaram.— Você sabe que eu e a Duda…— Oi, Caleb. — Jenny o cumprimentou.— Oi, Jenny, Marcos. — Ele bagunçou o cabelo. — Então… — Respirou fundo.— O que está acontecendo? — Marcos perguntou.— Caleb está falando dele e d
Maria EduardaChegou o grande dia e o nosso pequeno Matthew nasceu, ainda bem que ele resolveu vir num sábado, pois isso me deu mais tempo para vê-los. A minha mãe havia ido comigo, e o nascimento a deixou super empolgada, nos fazendo imaginar quando a Helena nascesse. Elisa estava toda empolgada e o Maycon também. O bebê tinha os olhos cor de avelã, era moreninho e carequinha, e as suas bochechas eram enormes.Na segunda-feira seguinte eu começaria a faculdade e já estava um pouco ansiosa.Fazia um mês que o Caleb tinha ido para o México e não conversamos mais, depois daquela noite. Pensar nele e sobre o que aconteceu era como se tirasse a casquinha de uma ferida. Os meus pais e a Jenny até tentaram conversar comigo, mas eu não deixei. A única coisa de que tinha medo, era de me arrepender.***A faculdade estava uma loucura, trabalho em cima de trabalho e eu não tinha um minuto para respirar, por causa disso, vinha passado mais tempo no campus. Com a vida corrida, não sobrava tempo
CalebFui algumas vezes à casa de Roger, querendo ver a Duda, e no dia que consegui vê-la, estava usando um mini biquíni, o que me fez ficar de pau duro, desejando aquele corpo. Eu precisava me enterrar mais uma vez nela, sentir o seu cheiro, o seu toque era tudo o que eu mais precisava. Tentei uma aproximação, mas foi em vão, ela questionou o fato de Madelyn estar na cidade, mas não tive muito o que fazer, já que o seu trabalho permite que ela esteja em vários lugares sem aviso.Quando achei que a Geórgia iria me dar sossego, ela apareceu na minha casa e estapeou a outra mulher, acordou toda a vizinhança, me obrigando a levá-la para casa e avisar ao seu pai sobre o que estava acontecendo. Ele me prometeu que isso não se repetiria. Confessei aos pais da Duda que a amava na noite de sua formatura, esperava a pior reação deles, mas aconteceu totalmente ao contrário, o que me fez fazer aquele convite, já que alguma parte de mim dizia que ela poderia largar tudo e embarcar comigo para o
Maria EduardaDepois que Caleb saiu da sala e não voltou mais, consegui terminar a minha prova e tinha certeza de que havia ido super bem na minha redação, só precisava ficar mais atenta às matérias. Até que enfim, acabou, caminhei em direção ao homem que realizava a palestra, pois precisava do meu certificado, sem ele, eu não conseguiria concluir a matéria.— Boa sorte. — O professor sorriu quando lhe entreguei a folha.— Ah, obrigada. — Agradeci e saí da sala.Peguei o meu celular e a primeira coisa que precisei fazer foi ligar para a Lis e contar o que havia acabado de acontecer.— Duda, como você está? Estamos com saudade.— Não sei te dizer como eu estou. — Por que não? — Fiquei em silêncio. — Me conte o que está acontecendo.— O Caleb.— Ah, não! O Caleb de novo, não, por favor. — Ela fez uma pausa e eu permaneci em silêncio. — Olha, Duda, eu sei que você o ama, mas ele te faz mal, e você se lembra de como foi difícil superá-lo durante esses dois anos, até o Josh foi estudar a
Maria EduardaEstacionei o carro na garagem, logo atrás do carro do meu pai. A janela da cozinha estava aberta e vi a minha mãe mexendo nas panelas, tinha chegado bem na hora do almoço.Desci, peguei o brinquedo da Helena no porta-malas, e sem fazer muito barulho, entrei na casa, ouvi vários risos, mas um em especial me chamou a atenção.Caminhei lentamente e quando me encostei na soleira da porta, vi a minha mãe na cozinha, o meu pai com a nossa pequena Helena no colo e a garotinha chorando, de costas para onde eu estava, reconheci o Caleb com uma ruiva ao seu lado. Com certeza já sabia quem era ela, a sua noiva.— Venha comigo. — Caleb se levantou e pegou minha irmã em seus braços. — Não foi nada, já passará, me deixe dar um beijo. — Helena estendeu o seu braço para ele e então, ele o beijou e ela sorriu, com os olhinhos cheios de lágrimas. — Viu, já passou.— “Tata”. — Helena me viu e me chamou. — “Enha, Tata.” — Esticou os braçinhos. E então, todos olharam em direção à porta e os
Maria EduardaAcordei e não tinha ninguém em casa, mas a minha mãe havia deixado um bilhete em cima da mesa, dizendo que eles foram a uma chácara com a Jenny e que não sabiam que horas voltariam. “— É, Duda, assim, você aprende a não fazer mais surpresas, para não ser surpreendida.” E mais uma vez, meu subconsciente me repreendeu.Eram quase seis da tarde, fui até a cozinha, encontrei algumas garrafas de vinho, e pensei: “por que não?”.Peguei uma delas, fiz um pouco de pipoca e eu me sentei no sofá, ao invés de pegar uma taça, decidi beber diretamente da garrafa. Procurei por algum filme interessante e me deparei com um dos canais passando “Crepúsculo — Lua nova”.“— Vamos lá, Duda, por que não? Você está sofrendo” — falei para mim mesma.De certa forma, aquilo não era mentira, pois me identifiquei com o seu sofrimento, pelo menos, eu ainda sabia com quem o Caleb estava, a coitada nem isso sabia. Ela decidiu embarcar em algumas aventuras perigosas para se lembrar dele, e eu? Eu deci
Maria Eduarda— Ainda não sei.— Por que não?— Não tenho nada que me prenda aqui — disse num tom de voz mais baixo.— Você a ama? — perguntei. — O meu noivado com a Madelyn, foi algo repentino, eu apenas queria te esquecer. — Ele mordeu um pedaço da sua pizza. — E esquecer também o que havia acontecido entre a gente, é claro que eu me arrependi.— Você ainda não respondeu à minha pergunta.— Não, Eduarda, eu não a amo. — Sorri internamente quando ouvi as suas palavras.— Então, você vai se casar com ela, apenas por comodismo?— Acho que sim. — Deu de ombro e voltou sua atenção para a televisão.— Caleb, mas isso está errado. — Por quê?— Você está roubando a felicidade dela.— Já roubaram a minha…— Mas ela não tem culpa.Ficamos em silêncio, terminamos de comer e depois ficamos ali, assistindo ao seriado de forma automática, algum tempo depois, o seu celular tocou, e então, ele se afastou e atendeu.Fiquei pensando se era mesmo a sua noiva e que ela não tinha culpa de nada que tin
CalebVoltei para o México após o aniversário de 2 anos da Helena, por alguns dias, Madelyn me acompanhou.Não tive tempo de me despedir da Duda e sei que foi o melhor a se fazer. Percebi durante a nossa breve conversa que não nos levaria a lugar algum, eu havia pedido a mão da Madelyn e, dessa vez, realmente me casaria. Precisava de uma família, mas não devido ao meu pai, por estar chegando aos 30 e, naquele momento, ela era a pessoa certa para isso.Meses se passaram, Roger me ajudou a treinar novos diretores e se tornou meu presidente, me tirando um grande peso das costas. Marquei a data do casamento com Madelyn e tudo estava indo perfeitamente bem, Duda já não era mais dona dos meus pensamentos, eu queria esquecê-la, por isso, me dediquei ao máximo ao meu relacionamento com minha noiva, precisava ter foco, apenas isso.Só que, mais uma vez, o destino brincou comigo. Recebi a notícia de que Madelyn estava grávida e aquilo foi uma surpresa, pois sempre nos protegemos, justamente par