Capítulo 29

Maria Eduarda

Após algum tempo, chegamos em casa.

Não disse uma palavra, apenas abri a porta do carro e saí.

— Espere. — Bati a porta com tudo e o encarei. — Tenho algo para você.

Franzi o cenho e fiquei esperando. Ele desceu do carro e abriu o porta-malas, tirou uma sacola enorme de dentro dele e me entregou.

— Desculpe — disse.

Peguei a sacola das suas mãos e caminhei em direção à entrada da minha casa. Ouvi-o batendo a porta do carro e arrancando com tudo, ele devia estar voltando para os braços dela.

Subi as escadas e coloquei a sacola embaixo da minha cama, não queria ver o que tinha ali dentro e não queria que a minha mãe a visse também. Tirei minha roupa e tomei um banho quente, por estar muito frio. Quando terminei, olhei no visor do meu celular e já passava das duas da manhã, tinha várias mensagens do Dylan.

Depois eu o responderia, qualquer coisa, diria a ele que resolvi dormir cedo, pois não conseguia mais conter as minhas lágrimas. Me enrolei no meu roupão e me deitei na
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