Maria EduardaJá estava um pouco tonta, havia tomado aquele vinho muito rápido.Caleb disse que já voltava e levou a panela de fondue e a garrafa de vinho com ele para a cozinha.Tentei me levantar e minha cabeça girou, então, respirei fundo e segui em direção ao corredor, pelo menos, achava que era um corredor. Segui reto e, para minha surpresa, no final do corredor tinha uma porta; como sempre fui muito curiosa, coloquei a minha mão na maçaneta e a abri.Ah, meu Deus!Tinha uma piscina ou uma hidromassagem, não sabia bem decifrar, e achava que havia exagerado no vinho. A área era coberta, e era muito lindo. Parei e olhei para trás, e nada do Caleb, então, decidi entrar na piscina.Me aproximei dela e me sentei em uma cadeira de praia que estava na borda, tirei minha meia-calça e meu vestido, ficando apenas de calcinha e sutiã.Epa!Lembrei-me de que o meu conjunto de lingerie não era nada comportado. Minha calcinha era de renda e atrás tinha apenas um fio, meu sutiã era meia taça e
Maria EduardaApós algum tempo, chegamos em casa.Não disse uma palavra, apenas abri a porta do carro e saí.— Espere. — Bati a porta com tudo e o encarei. — Tenho algo para você. Franzi o cenho e fiquei esperando. Ele desceu do carro e abriu o porta-malas, tirou uma sacola enorme de dentro dele e me entregou.— Desculpe — disse.Peguei a sacola das suas mãos e caminhei em direção à entrada da minha casa. Ouvi-o batendo a porta do carro e arrancando com tudo, ele devia estar voltando para os braços dela.Subi as escadas e coloquei a sacola embaixo da minha cama, não queria ver o que tinha ali dentro e não queria que a minha mãe a visse também. Tirei minha roupa e tomei um banho quente, por estar muito frio. Quando terminei, olhei no visor do meu celular e já passava das duas da manhã, tinha várias mensagens do Dylan.Depois eu o responderia, qualquer coisa, diria a ele que resolvi dormir cedo, pois não conseguia mais conter as minhas lágrimas. Me enrolei no meu roupão e me deitei na
Maria Eduarda— A sua mãe... — Jenny entrou na cozinha falando, mas se calou quando viu o Dylan.— Jenny, como você está? — Caminhei em sua direção e a abracei, ela usava um pijama longo e de pelinhos, segurava um lenço em umas das mãos, com uma manta em volta do seu corpo. Seu cabelo estava num coque frouxo, a ponta do seu nariz e acima do seu lábio superior estavam bastante vermelhos, o que indicava que ela os limpou, e muito. — Ah, esse é o Dylan — falei quando saí do seu abraço. — Ele é o meu namorado.— Seu o quê? — Ela pareceu surpresa.— Olá, me chamo Dylan Brown. Sou o namorado da Duda — afirmou e a Jenny ficou apenas me encarando.— Seus pais já sabem?— Não, ainda não aceitei oficialmente ao pedido, mas vou contar no dia do meu aniversário — disse e me aproximei do Dylan, segurando a sua mão. — Faltam poucos dias, preciso que você guarde segredo, por favor!— O que eu não faço por você? — disse e riu. — Oi, Dylan. — Sua voz saiu um pouco ríspida.— Trouxe macarronada. — Mude
CalebDuda ficou surpresa com o lugar que fomos, era para ser algo bem romântico, e estava sendo assim, até o momento em que ela exagerou na bebida. Aliás, não era para ela ter bebido nada.Queria apenas ter um momento romântico para nos conhecermos melhor, nada de beijos, nem sexo, queria apenas ficar de mãos dados e trocar carícias, mas Geórgia apareceu, fazendo um estrago e, para completar, começou a quebrar tudo o que tinha na cozinha.Apenas rezei para que a Duda não aparecesse, pois não queria causar constrangimento a ela com nada daquilo. Fui obrigado a sair da casa e deixar Geórgia sozinha para ir atrás da Duda. Não podia deixá-la sair assim, sozinha, estávamos praticamente no meio do nada.Passei a madrugada pensando na Duda, na discussão que tivemos e ignorando as ligações e mensagens da Geórgia. Me mantive acordado, pensado no que faria para resolver a situação e durante a madrugada enviei várias mensagens tentando me desculpar e fazer com que ela me respondesse, já estava
Maria Eduarda— Me falem o que está acontecendo.Estávamos sentados na sala, meus pais estavam nervosos, só que eu não fazia ideia do que estava acontecendo.— Eu conto — meu pai disse.— Não, Roger, deixe que eu conto. — Meu pai segurou uma das mãos da minha mãe.— Meu Deus, gente! Alguém morreu? — Já não aguentava mais tanto suspense.— Estou grávida. — Minha mãe soltou a bomba.— O quê? — Fiquei extasiada. — Mas você não podia ter filhos, o que aconteceu?— Também achamos que isso nunca aconteceria. — Meu pai confirmou, todo sorridente.— O médico disse que a gravidez é de risco, ou seja, vou começar a trabalhar em casa.— Duda, você está bem? — Claro que estou, só não estava preparada para ter um irmão, ou irmã, né?— Estávamos com medo da sua reação. — Minha mãe afirmou.— Por quê? — Dei de ombros. — Logo, irei para a faculdade, e preciso deixar alguém cuidando de vocês. — Os olhos da minha mãe se encheram de lágrimas.— Obrigada pelo apoio. — Levantei do sofá e os abracei.Não
Maria Eduarda— Eu amei, mas acham que vamos dar conta de fazer a mudança até sábado?— Podemos nos mudar após sábado, pode ser? — mamãe perguntou à corretora. — Não gosto de organizar uma mudança às pressas, isso deixa tudo desorganizado. — Completou.— Podem sim. Vou preparar toda a documentação e enviá-la para a imobiliária. — Obrigada. — Minha mãe retribuiu o sorriso.— Até, senhora Kunt. — Nos despedimos e voltamos para o carro.— Vamos comprar alguns balões? — Não sabia para onde minha mãe estava indo, só sabia que não era para a nossa casa.— E precisa? — Claro que sim, você vai fazer dezoito anos e já que não quer uma festa, podemos, pelo menos, deixar a casa com cara de mocinha.— Eu já não sou uma mocinha? — perguntei brincando.— Na verdade, você ainda é o meu bebe. — Ela me olhou com ternura. — Tenho outra opção?— Não. — Então, minha mãe estacionou.Escolhemos alguns balões rosas e transparentes, alguns confeitos, copinhos, pratos, e alguns doces para os quais eu não
Maria EduardaEnfim, havia chegado o dia tão esperado, 13 de agosto.O dia em que completaria dezoito anos. E que apresentaria o Dylan para o meu pai. Havia dois dias que estava pensando em como faria ou diria isso, ainda mais, depois que a minha mãe disse que o meu pai não gostava dele.— Já pensou em como vai fazer isso? — Elisa me perguntou.Estávamos no meu quarto, deitadas na cama, na verdade, estava deitada no seu colo, enquanto acariciava a sua barriga. Elisa estava linda e ainda não sabíamos qual era o sexo do bebê. — Não. Espero que ele não fique chateado. — Elisa riu.— Sabe que o seu pai nunca faria isso — afirmou.— Eu sei, o máximo que ele vai fazer é me ignorar por algum tempo. — E o Caleb?— Ele é bipolar, diz que me ama e agora, vai noivar com a Geórgia.— Ai, amiga. E o Dylan? — perguntou, cautelosa.— O que tem ele?— Você realmente gosta dele? — Eu me sentei na cama, ao seu lado, e fiquei pensando na resposta para a sua pergunta. — Não minta para mim, eu sei que
CalebEvitei ver a Duda até o dia do seu aniversário, precisava colocar as coisas em ordem na minha cabeça. Estava até cogitando em me casar com Geórgia e lhe dar a família que ela tanto sonhou. Duda estava bem com o Dylan, e não queria estragar tudo para ela.Roger me contou que teriam mais um filho, sendo assim, precisariam mudar de casa, pois queriam mais espaço. Com Duda longe seria mais fácil de esquecê-la.Era o dia em que ela completaria seus 18 anos. Esperei por seis meses para, no fim, desistirmos de tudo.Estava sentado no sofá, verificando alguns contratos e processo, até que fui surpreendido por alguém batendo na porta principal.— Já vai! — gritei, pois estavam socando a porta. — Duda! — surpreendi-me quando abri a porta e dei de cara com ela. — O que aconteceu? — perguntei, já que seu rosto estava molhado e as lágrimas continuavam caindo.— Por que você não me contou? — entrou e veio para cima de mim, dando socos em seu peito.— Contou o quê? — perguntei, sem entender.—