Narrador
— E-Eu fiz isso? — Luciana indagou, num tom choroso. Seu maior medo se tornou verdade.
Christofer nem se deu ao luxo de confirmar. Ele não mentiria sobre algo tão sério, o que tornou a pergunta dela retórica.
Luciana olhou para o canto da sala, decepcionada consigo mesmo. Agora ela entendia por que a insistência de Christofer em não dar mais um passo na relação, apesar de terem ido até o limite.
Certamente ele tinha desejos, e demonstrou isso em vários momentos. Até abriu mão de seu orgulho, principalmente na noite passada, quando tentou se aproximar dela na cama. Porém, para ele ter perdido o tesão naquele momento, ela deve ter falado o nome de Otávio naquela mesma noite.
Como poderia se defender? Será que ainda tinha forma de fazer isso?
— Se eu fiz isso, foi sem quer
Luciana— Como? — Arregalei os olhos.— Ele é um rapaz muito bonito, Luci, e você sabe por que ele terminou com a ex, não sabe?Emudeci. Eu não consegui mais esboçar palavra. Que Christofer é lindo eu já sabia, mas o que tem a ver? São tantas opções que ele não consegue resistir à tentação?— Não sei e nem me interessa. — Falei.— Ele traiu a ex-namorada muitas vezes, Luci, inclusive comigo. — Ela revelou. — Não tenho orgulho nenhum em dizer isso, mas é que eu me apaixonei. Você sabe como é difícil não se apaixonar por ele, principalmente depois de fazer amor com ele.Gelei.Não, não sei. Nunca transamos. Sou virgem.Eu não podia deixar meu chão desmoronar sob meus pés daqu
LucianaAs pessoas da sala começaram a se mobilizar e chamar ajuda. Estela caiu no chão gritando e pedindo socorro. Eu não pensei que tivesse tanta força assim, mas na hora da raiva acabamos fazendo mágica.Eu não podia e nem queria fugir do que eu havia feito. Arrebentei a cara daquela escrota. Ela zombou de mim de novo, num momento completamente doloroso para mim.— Está doendo, não está? — Grunhi, vendo os amigos que restaram na sala ajudando-a a ficar de pé. Um fio de sangue escorria pelo nariz dela e entrava em sua boca. Nojento.— Chifruda! — Ela gritou para mim, enquanto era segurada pelos colegas.— Quer perder outro processo? — Falei. Naquele momento ela arregalou os olhos e ergueu os pés para me atingir com chutes. Então era isso, por essa razão ela me odiava. Eu acertei.Ela
Luciana— M-Mas o que foi isso? — Afastei ele segurando em seus ombros.— Você comeu o pó todo. — Ele disse, achando a coisa mais normal do mundo trocar saliva.Entendo que esse povo compartilha drogas com uma higiene questionável, mas não era o meu caso.— Sim, mas foi você quem me deu! — Quase gritei.— Ora, o que tem de mais? Nós dividimos o copo tantas vezes, para mim dá no mesmo.— É diferente. — Murmurei, nervosa, vendo a expressão indagativa no rosto dele.— Para de ser chata, Lu. — Ele fez uma expressão zangada.Como sempre, eu ignorava todos os erros de Diego por ele ser a única pessoa que considero verdadeiramente da família.— Vem, vamos pegar um Whisky porque você é rica. — Ele me puxou pela mão at&eac
LucianaFoi como se eu tivesse selado ali o fim de tudo.Eu caí sentada no sofá, chorando. As lágrimas desceram num fluxo, e eu me senti uma criança esperneando. Mas, é que a dor era muito forte. Mais uma surra de emoções dolorosas. Quando penso que consegui esquecer Christofer pelo menos 1% ele me lembra da dor que é perdê-lo.Diego acordou assustado e veio me abraçar quando viu meu estado. Acabei chorando nos braços dele por alguns minutos, antes de decidir o que fazer.— Vocês terminaram? — Ele perguntou.— Acho que sim. Eu não sei. Eu joguei algumas coisas na cara dele, mas… eu estou apaixonada por ele.Percebi muito tarde o quanto eu gostava dele. Agora eu pensava que foi inútil negar até o último momento, eu ia sofrer tanto quanto sofreria se tivesse admitido e aceitado lo
LucianaCheguei atrasada à aula justamente para não conseguir ouvir as indiretas da Estela. Ela ainda deve sentir o gosto do meu murro na cara dela. Espero que se lembre bem antes de me dizer mais besteiras.Ela queria que eu trancasse o curso, mas eu daria meus pulos. Nós duas estávamos retornando da suspensão naquele dia e as pessoas ao redor já estavam sentindo a animosidade no ar.Durante o dia, eu só consegui ficar pensando nas palavras de Christofer mais cedo. Eu queria tanto voltar para a casa dele. Pode parecer que não, pelo meu tom na conversa mais cedo, mas eu queria demais.
Luciana— Diego! — Segurei meu primo, impedindo que ele se engasgasse com o próprio vômito. — Respira! Respira, Diego! Christofer, me ajude!Christofer não levantou um dedo para oferecer socorro. Pelo contrário, sua expressão era de quem queria ter batido mais forte.— Por que fez isso, Christofer! — Falei chorando. Por que ele estava fazendo aquilo comigo?— Esse imbecil está te drogando, Luciana! — Christofer falou, exibindo um pacotinho em sua mão, que provavelmente ele encontrou no meu apartamento. Ele ainda tinha a chave desde que Alessandra entregou a ele. Também tinha o fato de a porta ainda estar arrombada. — Você está matando aula e se drogando por causa dele! O que está fazendo, Luciana?!— Se eu estou me drogando é para te esquecer! A culpa é sua! — Resmunguei
NarradorAmélia tinha acabado de tirar sua máscara de hidratação quando um disparo da arma estourou seu espelho do banheiro. Alguns cacos cobriram seu rosto. Pelo reflexo das lascas que haviam restado no lugar, ela viu um homem parado à porta.— Isso é para saber que não estou de brincadeira com você. Me dá toda a porra do dinheiro agora! Sei que as joias da avó da Luciana estão com você! — Gritou Diego.Amélia estava tremendo. Caminhou um pouco em direção à arma, fazendo uma expressão de humilhação e subserviência.— Diego, acalme-se! Você tem toda a razão, me perdoe. Ela realmente tem joias, mas deve ter tirado do cofr...— Calada! — Diego pegou no pescoço dela, ainda apontando a arma. — Não tem nenhum idi
LucianaAbri o botão dele e o zíper, puxando a cueca para baixo. Christofer já afastava meu cabelo do rosto, estava ruborizado e desesperado pelos meus lábios, mas não em sua boca. Eu me ajoelhei diante dele e comecei a massageá-lo. Provoquei nele um gemido, que ele reprimiu mordendo o lábio. Christofer me olhou, desesperado por mais e eu me apressei para lhe dar prazer.Eu queria que ele precisasse de mim. Que sentisse minha falta, que me amasse ainda mais.Comecei a chupá-lo, sentindo a dureza em minha boca e o contorno das veias. De fato, eu ainda me lembrava do volume que ocupava em minha boca e que não chegaria nem perto de engolir tudo. Mas, eu podia fazer o meu melhor. Meus movimentos foram suaves e tímidos, mas tiveram um efeito poderoso.Ele ficou ainda mais rígido.Logo o ouvi inspirar bem forte, de modo a suportar todo o deleite qu