Luciana
Cheguei atrasada à aula justamente para não conseguir ouvir as indiretas da Estela. Ela ainda deve sentir o gosto do meu murro na cara dela. Espero que se lembre bem antes de me dizer mais besteiras.
Ela queria que eu trancasse o curso, mas eu daria meus pulos. Nós duas estávamos retornando da suspensão naquele dia e as pessoas ao redor já estavam sentindo a animosidade no ar.
Durante o dia, eu só consegui ficar pensando nas palavras de Christofer mais cedo. Eu queria tanto voltar para a casa dele. Pode parecer que não, pelo meu tom na conversa mais cedo, mas eu queria demais.
Luciana— Diego! — Segurei meu primo, impedindo que ele se engasgasse com o próprio vômito. — Respira! Respira, Diego! Christofer, me ajude!Christofer não levantou um dedo para oferecer socorro. Pelo contrário, sua expressão era de quem queria ter batido mais forte.— Por que fez isso, Christofer! — Falei chorando. Por que ele estava fazendo aquilo comigo?— Esse imbecil está te drogando, Luciana! — Christofer falou, exibindo um pacotinho em sua mão, que provavelmente ele encontrou no meu apartamento. Ele ainda tinha a chave desde que Alessandra entregou a ele. Também tinha o fato de a porta ainda estar arrombada. — Você está matando aula e se drogando por causa dele! O que está fazendo, Luciana?!— Se eu estou me drogando é para te esquecer! A culpa é sua! — Resmunguei
NarradorAmélia tinha acabado de tirar sua máscara de hidratação quando um disparo da arma estourou seu espelho do banheiro. Alguns cacos cobriram seu rosto. Pelo reflexo das lascas que haviam restado no lugar, ela viu um homem parado à porta.— Isso é para saber que não estou de brincadeira com você. Me dá toda a porra do dinheiro agora! Sei que as joias da avó da Luciana estão com você! — Gritou Diego.Amélia estava tremendo. Caminhou um pouco em direção à arma, fazendo uma expressão de humilhação e subserviência.— Diego, acalme-se! Você tem toda a razão, me perdoe. Ela realmente tem joias, mas deve ter tirado do cofr...— Calada! — Diego pegou no pescoço dela, ainda apontando a arma. — Não tem nenhum idi
LucianaAbri o botão dele e o zíper, puxando a cueca para baixo. Christofer já afastava meu cabelo do rosto, estava ruborizado e desesperado pelos meus lábios, mas não em sua boca. Eu me ajoelhei diante dele e comecei a massageá-lo. Provoquei nele um gemido, que ele reprimiu mordendo o lábio. Christofer me olhou, desesperado por mais e eu me apressei para lhe dar prazer.Eu queria que ele precisasse de mim. Que sentisse minha falta, que me amasse ainda mais.Comecei a chupá-lo, sentindo a dureza em minha boca e o contorno das veias. De fato, eu ainda me lembrava do volume que ocupava em minha boca e que não chegaria nem perto de engolir tudo. Mas, eu podia fazer o meu melhor. Meus movimentos foram suaves e tímidos, mas tiveram um efeito poderoso.Ele ficou ainda mais rígido.Logo o ouvi inspirar bem forte, de modo a suportar todo o deleite qu
NarradorNaquele momento, Christofer percebeu o poder que Diego tinha sobre Luciana. Ela o protegia como uma leoa.Se ele queria continuar com Luciana, tinha que aceitar Diego.A despedida não foi das mais confortáveis, e Christofer ficou balançado pelo modo como aconteceu, mesmo depois de terem tido um momento tão especial.Quando Luciana chegou ao seu apartamento, Alessandra estava cozinhando. Era uma cena da qual ela sentia muita falta.Luciana foi correndo abraçar sua melhor amiga. Queria ter segurado a mão dela e queria ter lhe abraçado e apoiado durante o aborto, mas sabia que, em alguns momentos, Alessandra preferia estar sozinha.— Onde está o Diego? — Luciana perguntou, olhando em volta.— Ele foi embora, graças a Deus. — Murmurou Alessandra.— Por que o “Graças a Deus”, amiga?
NarradorRenan se levantou da cadeira para que ela se sentasse ao lado de Christofer, lavando as mãos diante da situação.O loiro continuou bebendo sua caipirinha normalmente, retirando uma das rodelas de limão do copo com o canudo.— Cadê a Luciana, Christofer? — Suzana indagou, agora muito bem acomodada e alegre por estar do lado do único homem que ela queria.— Onde ela quiser. — Ele respondeu, remexendo o gelo em seu copo.— Estranho isso. — Suzana se virou e conversou com o garçom, pedindo um drink com mirtilos. Sem demora, voltou-se ao loiro em seguida. — Se eu fosse sua namorada, ia estar grudada em você o tempo todo.Christofer revirou os olhos. Ele sabia que qualquer coisa que dissesse de forma mais incisiva ia fazê-la chorar e expô-lo como grande vilão.— Você não tem nada par
Narrador— Não, não estava. — Christofer falou, querendo anular uma briga que certamente viria. Tudo de novo, não. Ele não aguentava mais.Luciana segurava as mãos dele e as soltou. Cruzou os braços e olhou bem para Suzana, que disse:— Estávamos num bar, conversando apenas, Luci. Não tem com que se preocupar.— Eu não sabia que ela ia estar lá quando cheguei ao bar, Luci. — Christofer segurou os ombros de Luciana, suplicando por compreensão. — Foi o Renan quem a trouxe. Ele juntou a Suzana e a Estela e agora estão fazendo de tudo para nos separar, Luciana. Tem que acreditar em mim.Em um único segundo, Luciana se lembrou do que Suzana havia lhe dito sobre ser amante de Christofer.Luciana tinha jurado que não ia acreditar em nada disso, mas aí Christofer vem do mesmo luga
Narrador— P-Por que diz isso? — Indagou Christofer, completamente trucidado pelas palavras do amigo.— Você já insistiu demais nela, Chris. Está na hora de assumir que perdeu, ela nunca deixou de gostar do Otávio.— Não é verdade! — Christofer ficou extremamente irritado. — Ela gosta de mim, a culpa foi toda da Suzana!— Pode ser, Chris, mas… — Lucas meneou a cabeça. — Pode ser que você tenha apressado as coisas, eu não sei. Talvez a Suzana nunca te deixe em paz.— Cale a boca. — Christofer falou, congelante e sério. — Ou não o considerarei mais meu amigo.Lucas ficou boquiaberto. Estava expressamente proibido de comentar qualquer outra coisa sobre Luciana, Christofer estava obcecado e não ouvia nada.Em seu namoro passado, Lucas o aconselhou mu
LucianaEu fiquei horrorizada com a truculência, e levei as mãos à boca. Diego deu alguns passos para trás, esbarrando em outras pessoas. Estava irritado, mas não parecia surpreso.— Por que fez isso, Christofer? — Perguntei.— Vamos embora daqui agora! — Christofer pegou no meu antebraço e me puxou com pouca delicadeza.— Quer fazer o favor de soltar a minha prima? — Diego falou, separando nossos braços. Os amigos de Christofer souberam que ia dar merda e chegaram soltando frases para apaziguar os ânimos. Claro que os argumentos deles entraram por um ouvido e saíram pelo outro.— Não encosta nela! — Christofer andou em direção a Diego e foi freado pela mão de Lucas em seu ombro. Ele prosseguiu com asco na voz. — Eu já quero amassar a sua cara há muito tempo!