Alison Pines
- Como assim, você já está indo embora? Você nem sequer dançou uma música com a gente.
- É Ali, você não pode ir ainda. Era pra estarmos comemorando juntas, afinal não é todo dia que se forma no ensino médio.
Minhas amigas Amber e Julie, insistiram tanto para que eu viesse com elas a essa balada, dando a desculpa mais esfarrapada que poderiam, para poder me arrastar pra cá.
-Ai meninas, eu não tô numa vibe legal pra curtir com vocês. - explico o que já era bem óbvio.
-Aposto que você está assim por causa daquele babaca do Nate. - Julie replica. - Nunca fui com a cara dele, e sempre te disse isso.
- Eu sei Julie, mas eu acabei me apaixonando por ele, e isso acabou tirando todo o meu senso de julgamento.
Eu namorei o Nate durante todo o ensino médio, mas a Julie sempre me dizia que ele não era confiável, e eu como a boba apaixonada, não levava as palavras da minha amiga em consideração.
Mas quando eu peguei ele com conversas, e fotos totalmente explícitas, com uma das garotas mais cobiçadas da escola, não teve outro jeito se não, terminar nosso namoro.Apesar disso já ter sido há um mês, eu ainda me sinto pra baixo. Não é fácil passar por um processo desse. Foram anos de namoro, e ele estragou tudo, por causa de uma suposta chance de ficar com aquela garota oferecida.
- Dança pelo menos uma música com a gente Ali. Por favorzinho? - Amber me pede, fazendo uma carinha de triste, e juntando as mãos como se isso fosse uma súplica.
- Tudo bem então. Mas só uma. - acabo cedendo.
- Obaaa, finalmente você vai dar um descanso para esse banquinho. - Amber me puxa pela mão.
Hoje a balada está recheada de pessoas concebidas da nossa escola, afinal, todo mundo está querendo comemorar um pouco antes de partirem para a faculdade.
Apesar de eu não ter um pingo de flexibilidade para dançar, eu me arrisco no meio de toda aquela gente. Obviamente eu não seria notada, mas me sinto estranha tentando fazer meu corpo se movimentar no ritmo da música.
Amber e Julie, parecem até que são profissionais em dança, dado ao fato de dançarem sincronizadas, e totalmente dentro do ritmo. Queria poder ter um gingado desse, mas lamentavelmente, eu sou só mais um fiasco nesse tipo de coisa.
Depois de ficar pelo menos uns 10 minutos na pista de dança, achei que devia ficar um pouco mais com elas, afinal, elas sempre foram muito companheiras comigo, e isso também não me arrancaria nenhum pedaço.
Quando finalmente decido, que pra mim, a pista de dança já não era mais muito atrativa, e me despeço das minhas amigas.
- Ok Ali, mas nos avise quando chegar em casa. - Amber grita as palavras, tentando se manter acima da música alta.
- Não se preocupa, eu aviso sim. - digo lhe dando um abraço.
- Vê se não vai ficar gastando seus neurônios pensando naquele idiota, Ali - Julie me adverte quando eu a abraço me despedindo dela também.
- Isso eu já não posso garantir. - respondo em seu ouvido. - tem coisas que a gente não consegue controlar. - me justifico.
- Eu sei que não, mas se puder evitar, você se sentiria bem melhor.
-Eu vou tentar seguir seu conselho. - digo em meio a um sorriso.
Minhas amigas são uma força positiva em muitos dos meus dias, e tê-las sempre por perto, eleva consideravelmente o meu estado de espírito.
Após me despedir delas, volto até a mesa em que estávamos, pego minha bolsa, passo no balcão de pagamento, e pago parte do nosso consumo. Apesar de eu só ter tomado um refrigerante, e ter me recusado veementemente, a beber qualquer tipo de bebida alcoólica, não me importo de colaborar com os custos.
Do lado de fora da balada, o movimento já não é tão intenso na rua. Poucos carros ainda circulam pelas ruas. Decido que a melhor forma de voltar para casa, seria chamando um Uber. Pego meu celular e peço um. Para minha surpresa, ele não está muito longe, e eu teria que esperar pouco mais de 2 minutos para a sua chegada.
Olhando atentamente para um lado e para o outro da rua, procuro não ficar muito exposta, dando brecha para qualquer pessoa de má fé, mas percebo que fico apreensiva de estar sozinha aqui fora, a essa hora da noite.
Tomo um susto quando ouço meu celular tocar. Colocando a mão no peito, respiro fundo tentando acalmar meus batimentos cardíacos. Quando pego meu celular para atender, vejo na tela o nome do Nate. Imediatamente suspiro frustrada, e atendo o celular.
- O que você quer Nate? - sou curta e direta, para não dizer grossa.
- Ali meu amor, você precisa me dar uma chance para conversarmos.
- Não acho que a gente tenha o que conversar, Nate!
- Não faz assim princesa, você sabe que eu amo você, e que aquela garota não significa nada...
- É mesmo Nate, e você já disse isso pra ela também? - pergunto irônica.
Enquanto estou no telefone, tentando me livrar do Nate, um carro preto para na minha frente. O motorista abaixa o vidro, e eu o cumprimento, logo sigo para a porta de trás, a abro e entro, fechando logo em seguida.
- Independente do que você diga Nate, nós não vamos voltar.
O motorista me olha pelo retrovisor de dentro do carro.
- Alison, você sabe que é tudo pra mim, não podemos terminar por uma coisa que nem chegou a acontecer.
- Não aconteceu, mas você pretendia me trair com ela. Ou você vai me dizer, que aquelas conversas entre vocês, eram apenas um passatempo?
- Ali, só quero que entenda, que não houve nada entre ela e eu.
- Talvez não tenha acontecido, porque eu descobri, caso contrário, eu seria apenas mais uma mulher traída, que não saberia de nada. - replico já ficando impaciente.
- Não Ali, não seria desse jeito...
- Eu não quero mais ouvir todas essas baboseira, Nate. Estou cansada, e preciso dormir. Tenha uma boa noite. - finalizo, desligando na cara dele.
Me afundo mais no banco do carro, apoiando minha cabeça no recosto do banco.
- Babaca. - falo sozinha.
Fecho os olhos, tentando imaginar como será minha vida dali a alguns dias, depois de finalmente ir para a faculdade. Pensar nisso, parece uma opção melhor do que, pensar em como o Nate traiu minha confiança.
Será que os homens não conseguem se contentar com apenas uma mulher? Será que ainda vou ter a sorte que minha mãe teve, de encontrar um homem que a amasse, e quisesse ficar só com ela? Será que eu poderia me arriscar a desejar isso pro meu futuro?
Após alguns minutos dirigindo, o motorista para, e desce do carro. Depois de dar a volta no carro, ele abre a minha porta.Não consigo evitar minha surpresa. Ele estava dirigindo a quantos quilômetros por hora para que chegassemos tão rápido?- Me acompanhe por favor, Sta! - ele diz.Que tipo de Uber eu pedi? Nunca havia pego um que me tratasse com tamanha formalidade.Quando desço do carro, olho para um lado e para o outro, e percebo que não estamos no meu endereço.Puta merda, será que coloquei o endereço errado?- Moço, acho que acabei colocando o endereço errado. - tento me explicar.- O endereço é esse mesmo Sta! - responde sério.Quando olho mais atentamente para onde estamos, percebo que realmente estamos em um bairro totalmente diferente do meu. Aqui, provavelmente, não seria um bairro que meus pais poderiam comprar uma casa.
Mark FletcherEsses eventos beneficentes, são até interessantes no início, mas depois que as pessoas começam a beber, e ficar me rondando, só esperando uma chance para me bajular, acaba se tornando insuportável. Então pra não perder o costume, eu já estou tirando meu time de campo.- Sr, o seu carro já está pronto. - um dos valet's susurra no meu ouvido.- Obrigado!Discretamente, vou passando pelos convidados do evento, cumprimentando um ou outro, mas sem perder o foco, que é a saída. Quandoconsigo passar pela porta, sinto como se pudesse respirar de novo.Eu não consigo entender o porquê das pessoas precisarem estar, constantemente, me cercando e tentando puxar o meu saco. Se eles soubessem o quanto isso me irrita, acho que não se aproximariam de mim de novo.Descendo os últimos degraus da curta escada, encontro John já com a porta do carro aberta para que e
Alison PinesO jeito que ele anda, parece até que está desfilando para exibir toda a sua elegância.Quando voltou a se afastar de mim, ele vai em direção a um dos sofás que tem seu recosto virado para a porta. Quando por fim se encosta nele, ele mantém as mãos nos bolsos, e cruza uma perna na frente da outra, e com os olhos me avaliando novamente, sua voz volta a se manifestar, mas dessa vez tem um tom sexy.- Acho que minha noite vai terminar melhor do que eu imaginava!Ouvir ele dizer essas palavras, me trás involuntariamente um frio na barriga. Então ouso a me pronunciar.- Olha só Sr - levo mão a boca para pigarrear. - acho que houve um mal entendido.Ele me olha curioso, e levanta uma das sombrancelhas.- Sr? - ele pergunta, voltando a dar aquele sorrisinho de lado.- Bom, desculpe, mas não sei como devo chamá-lo.
Mark FletcherApós vê-la de forma tão entregue ao prazer, e sua respiração ficar irregular, eu só consigo observá-la. Quando ela nota que eu a observo, o rubor em rosto fica visível, e minha excitação fica ainda mais intensa.Geralmente as garotas que me servem, são mais atiradas e ousadas. Mas essa é diferente, o seu jeito retraído, delicado e inocente, só me deixam com ainda mais tesão.Quando ela não consegue mais olhar pra mim, devida a sua vergonha, eu volto a beijar o seu pescoço. Ela pode até estar bem satisfeita, mas eu ainda não estou. Preciso de mais do que apenas o rostinho dela corado pelo prazer. Preciso estar dentro dela, e saciar minha excitação, que ela só fez aumentar.Voltando a correr minha mão pelo seu corpo, suas mãos vão direto para minhas costas. E com os deslizes carinhosos que ela faz, sinto como
Alison PinesDepois de me sentir totalmente sem condições de mover qualquer parte do meu corpo, minha respiração irregular, deixa bem claro o porquê.Quando o estranho misterioso se levanta e segue em direção ao banheiro, eu crio coragem para me levantar. Pegando um dos lençóis da cama, o enrolo em volta do corpo e corro até a sala.Pegando minha bolsa que ele havia deixado em cima do sofá, procuro avidamente pelo meu celular.Meu comportamento parece até estranho, me sinto nervosa, é como se tivesse fazendo algo errado ao procurar o celular na minha própria bolsa.Acabo deixando a bolsa cair no chão, mas para minha sorte, há um belo tapete para abafar qualquer que fosse o barulho. Apesar desse infortúnio ter feito as coisas da minha bolsa caírem espalhadas pelo chão, ficou bem mais fácil pegar de uma vez o celular. Mas ainda me resta ter que recolher as coisas
Mark Fletcher- Tudo bem então Daniel, amanhã não tenho nenhum compromisso, então podemos resolver isso com bastante calma. Agora espero que você possa resolver seu problema com calma.-Obrigado Mark, Te vejo amanhã no escritório.-Ok! - desligo o telefoneCom meu compromisso da tarde com o Daniel, cancelado, eu não tenho motivos para ficar no escritório. Mas ainda assim, não tenho nada para fazer em casa também.Me sentindo frustado, descanso minha cabeça na cadeira.Quando paro pra pensar no que poderia ser do meu agrado para passar meu tempo, me vem a mente flashs da noite anterior. Isso realmente seria muito agradável.Levanto da cadeira pegando meu paletó, e logo saio da minha sala, avisando para minha secretária informar ao meu motorista que estou de saída.
Mark FletcherApós dias de procura, eu ainda não a consigo encontar. Como pode ser, que em uma cidade grande como essa, não se consiga encontrar uma garota de programa? Todos os "responsáveis" por essas garotas, já foram contatados por John, e até visitas foram feitas por ele, afim de encontrá-la, mas nada disso ajudou a chegar ao resultado que eu gostaria.Será que pode ser possível uma garota de programa trabalhar por conta própria, numa cidade disputada como essa? Não creio, pois todas as possíveis garotas com chances de estarem trabalhando sozinhas, foram contatadas também, e todas tinham a quem prestar contas.Agora não sei se fico aliviado dela não ter que lidar com esses filhos da puta, ou se fico absorto de não conseguir encontrá-la em lugar algum.Não há chances de ela ser de outra cidade, e estar só de passagem por aqui, isso seria muito arriscado para uma garota desse ramo.<
Alison PinesCom a proximidade da ida para a faculdade, Amber, Julie e eu, estamos aproveitando o tempo que podemos para ficar juntas. Sempre que nosso tempo livre coincide, dedicamos a nos encontrar.Hoje, por ser fim de semana, resolvemos ir ao parque, fazer um piquenique, e curtir a nossa amizade ao ar livre.Apesar de termos escolhido cursos totalmente diferentes, sabemos que nossas vidas não serão muito diferentes na faculdade. Haverá muito pouco tempo livre para podermos nos ver. Não estaremos no mesmo campus, mas o tempo de distância entre ambos, não seria algo que poderia nos desanimar caso quisessemos nos ver, mas nossos afazeres na faculdade, serão de muita dedicação e de dividir bem nosso tempo. Então já que temos esse tempo livre antes de irmos, estamos tentando aproveitar bem.Eu escolhi fazer letras, já que minha paixão sempre foram a