________________________________________________RICK — Não me entenda mal, filho. Estou apenas tentando lhe dar um conselho. Não é tão simples assim, ter um relacionamento com alguém que já tem uma filha, você terá uma responsabilidade que não é sua. — Meu pai falou também se ajeitando na cadeira. — Nossa. Ok pai, obrigado pelo conselho. — Sorri. — Mas é engraçado que o Senhor me fale sobre responsabilidade paterna, já que em 99% do meu meio de convívio não existe. Até porque se estou assumindo a responsabilidade é porque outro homem deixou de assumir aquilo que era uma obrigação, não é? Mas não se preocupe, a Agnes é uma menina brilhante, muito bem educada pela mãe, e lhe garanto que a Jilean foi para a Agnes tudo que o pai dela não foi. Então não me sobra tanta responsabilidade assim. Apenas afetiva mesmo, o que é um prazer. — Falei. — Entendi. — Meu pai pigarreou. — Estou apenas tentando te ajudar, filho. Ela ao menos sabe quem é o pai? — Tá de sacanagem? — Falei automaticamente
_______________________________________________JILEAN Eu não sei em que momento eu me deixei levar pelas emoções alheias, mas quando vi já estava em um barco viajando em direção á ilha dos pais do Rick. Fui acordada com uma Agnes completamente animada pulando e me dizendo que iríamos ver golfinhos, e então em meio a gargalhadas e chantagens emocionais eu cedi... Porque nada é mais bonito do que o sorriso da minha menina me agradecendo por realizar o seu desejo! Procurei em mim toda a raiva e chateação por estar fazendo isso contra minha vontade, mas não encontrei, talvez porque no fundo eu quisesse estar onde estou e com as pessoas que estou. Talvez. — No que você está pensando? — Rick me tirou dos meus devaneios se apoiando na barra de ferro que nos impedia de cair no mar. — Antes eu tinha apenas uma manipuladora. Agora eu tenho três. — Falei deixando escapulir um riso baixo. — Ah, mas somos uma equipe e tanto. Você não acha? — Ele sorriu e me encarou. — Se continuarem assim, vão
_________________________________________________RICK Afastei os pensamentos e terminei meu banho. Quando desci minha mãe estava preparando o jantar. — Posso lhe ajudar? — Me coloquei ao lado dela na bancada da cozinha. — Tem quanto tempo que não cozinhamos juntos? — Ela me encarou e sorriu enquanto cortava os temperos. — Me dá, deixa que eu corto. — Suspirei e retribuí seu sorriso. — Obrigada, querido. — Ela sussurrou. — O que iremos cozinhar? — Perguntei cortando os temperos. — Um guisado de camarão com batatas. — Ela falou. — Ah eu não acredito. — Parei e a encarei por alguns segundos. — Achou que eu esqueceria? — Ela me encarou. — Eu te amo! — Falei sorrindo. — Eu amo mais. — Ela falou soltando um beijo no ar e se virando para a pia onde lavava os camarões. — Sabe querido. Eu senti falta disso. — De quê? — Perguntei entretido em meu corte. — De uma família. — Ouvi seu suspiro ao final da frase. — Sabe que sempre seremos uma família, não é? — Perguntei colocando os tem
_________________________________________________RICK — Estou dizendo que você é boa e a Agnes é excelente! — Falei rindo. — Eu perdi o posto para minha própria filha. — Ela resmungou balançando a cabeça negativamente. — Você seria a nossa publicitária. — Falei desviando o olhar para minha mãe. — Publicitária? Eu? — Ela me encarou, observei o leve enrugar de sua testa e decorei seu rosto pensativo e fofo. — Sim. — Respondi. — Você é criativa, tem idéias maravilhosas, não consegue ficar parada, gosta de estar no controle. Seria uma ótima publicitária, manteria nosso restaurante na boca do publico e criaria ótimas estratégias de divulgação. Tenho certeza. — Eu disse visualizando o nosso restaurante mentalmente. — Eu gostei. Temos um restaurante então. — Ela disse animada. — Eu sinceramente vivi para ver alguém criar tão bem um restaurante do zero! — Minha mãe falou rindo ao despejar o guisado numa refratária. — Eu adorei a ideia! — Jack falou sorrindo. — E o mais importante... —
_________________________________________________RICK Estávamos eu e o Jack, deitados nas espreguiçadeiras de frente para a piscina tomando vodca e conversando sobre o Dylan que estava viajando com a Bell. — Achei vocês! — Jill falou me empurrando e sentando na espreguiçadeira. — Achamos que você não viria! — Jack disse com uma careta. — A Ana me salvou. A Agnes pediu pra dormir com ela. — Ela falou suspirando. — A Ana? — Jack falou surpreso. — A Ana. — Jill falou rindo. — Me senti mal por isso. — Por quê? — Perguntei curioso. — Sei lá, ela me trocou pela sua mãe. Do nada ela me disse que queria dormir com sua mãe. E eu? Eu não conto. — Ela falou com um biquinho fofo. — Isso é ciúmes materno? — Jack gargalhou. — Puro ciúmes materno. — Ela deu de ombros. — Ana dorme com Agnes. Você dorme com Rick e eu durmo com quem? — Ela fez uma careta. — Se você quiser pode dormir entre nós dois. — Jack piscou. — Sou tão privilegiada assim? — Ela baixou a voz. — Você é. — Jack riu. — Mas
_________________________________________________RICK Depois de deixarmos a Jill em casa, eu e o Jack fomos para o meu apartamento, eu fui direto para o meu quarto tomar um banho. Eu precisava. Nunca imaginei que fosse tão difícil não falar com uma pessoa em toda a minha vida, meus pensamentos não me deixavam em paz e por todo o dia minha mente oscilava entre a Nyx e a Agnes. Como eu não percebi antes que era a mesma pessoa? Respirei fundo já debaixo do chuveiro. Por que ela não me contou? Porque ela não disse que era a Nyx, que era com ela que eu fazia questão de me encontrar naquela m*****a sala 12? Terminei meu banho e saí do banheiro dando de cara com o Jack sentado em minha cama. — Estou esperando! — Jack falou enquanto eu vestia um short fino e leve. — O quê? — Perguntei sabendo do que ele queria falar. — Você passou todo o dia em um planeta completamente distante. E dá para notar a tensão entre vocês dois. — Jack bufou. — Não quero falar sobre isso. — Joguei a toalha em
_______________________________________________JILEAN O olhar de Rick penetrou o meu com uma urgência desconhecida, seus lábios roçaram os meus e então ele fechou os olhos. Suas mãos me segurando como um pedido silencioso e desesperado, eu podia sentir seu hálito quente tão perto... — Eu não consigo mais olhar para você e não me perguntar qual o gosto dos seus lábios. — Ele sussurrou balançando a cabeça lentamente. Essa pergunta não estava no roteiro. Principalmente porque a resposta também não estava. — Eu me pergunto o mesmo... — Cedi. O diretor queria algo perfeito... Quão perfeito pode ser algo real? Ele me beijou. O encontro de lábios desesperados, ardendo de desejo! Sem saber se ele estava apenas seguindo o roteiro ou fazendo o que queria muito fazer, ele passou a mão na mesa retirando tudo que estava em cima e deixando que caísse no chão, e então me pegou pela cintura e me suspendeu, me sentando em cima da mesma. Sua boca não saiu da minha nem mesmo por um misero segundo, pu
_______________________________________________JILEAN Ele não respondeu, apenas passou a ponta dos dedos sobre meus pés, subindo até minha coxa, ajeitou a postura e beijou meu joelho me fazendo estremecer. Então suas mãos se aproximaram do cós da minha meia calça, tão próximas da minha abertura... Suspirei o encarando. Sem tirar seus olhos dos meus, ele desceu a meia calça lentamente enquanto deixava propositalmente que alguns de seus dedos tocassem as partes que iam sendo descobertas no processo. Me arrepiando por completo, me queimando com seu toque. Quando ele deixou a peça no sofá, eu baixei o pé e coloquei o outro, deixando que ele repetisse o processo. Quando ele terminou, eu me sentei em seu colo. — Vamos jogar um jogo... — Sussurrei em seu ouvido enquanto abria os primeiros botões de sua camisa. — Você tem direito a tirar mais uma peça. Apenas uma. — Sussurrei. Nossos rostos estavam próximos demais, ele mordeu os lábios e eu desejei fazer isso por ele. — Qualquer uma? — El