A igreja abandonada, oculta entre as árvores retorcidas de uma floresta antiga, se erguia diante de nós como uma relíquia esquecida. Era um lugar desolado e misterioso, de tetos altos e janelas quebradas que deixavam feixes de luz da lua iluminarem o interior empoeirado. O ar era pesado, carregado com a história de muitos séculos, mas, ao mesmo tempo, havia uma sensação de paz ali — o lugar perfeito para algo tão íntimo e eterno.Sebastian segurou minha mão enquanto caminhávamos em direção ao altar, nossos passos ecoando suavemente pelos corredores vazios. Ninguém sabia que estávamos ali. Não havia convidados, nem celebrações grandiosas, apenas nós dois. E, nesse momento, isso era tudo que eu precisava.A sensação de antecipação fazia meu coração — agora imortal — bater com uma intensidade nova. Não havia palavras suficientes para descrever o que sentia. O mundo parecia ter parado, e tudo o que importava estava ao meu lado, segurando minha mão com firmeza. Senti o calor da sua pele e
**Luna Mitchell** se espreguiçou, os dedos alongando-se sobre o teclado do laptop. As luzes fluorescentes da biblioteca da universidade piscavam ocasionalmente, como se estivessem cansadas de iluminar as páginas de tantos livros. Ela suspirou e olhou para o relógio. Eram quase 10 da noite, e a biblioteca estava praticamente deserta.Com seus cabelos ruivos brilhando sob a luz artificial e os olhos azuis concentrados na tela, Luna estava decidida a terminar a pesquisa para sua tese de conclusão de curso. O tema, "Histórias de Mistério e Suspense do Século XVII", a fascinava desde que ela era criança. Quando seus pais morreram em um acidente de carro, ela encontrou consolo nos livros e histórias antigas que sua avó contava.Luna fechou o laptop e começou a arrumar suas coisas. Antes de sair, decidiu dar uma última olhada na seção de livros raros da biblioteca. Algo dizia a ela que poderia encontrar alguma pista valiosa ali.Enquanto caminhava pelas estantes empoeiradas, seus dedos desl
**Luna Mitchell** acordou com o som insistente do alarme. Esfregou os olhos, ainda sonolenta, e desligou o despertador. O sol da manhã entrava pelas cortinas semi-abertas, iluminando seu quarto decorado com pôsteres de filmes clássicos e pilhas de livros espalhados pelo chão.Após um banho rápido, Luna se olhou no espelho, observando os cabelos ruivos e os olhos azuis que herdara de sua mãe. Depois de se vestir, foi para a cozinha, onde o aroma de café fresco a recebeu, um presente de seu colega de quarto, **Jake**."Bom dia, Luna! Café fresquinho para você," disse Jake, com um sorriso. "Como foi a leitura ontem à noite?""Bom dia, Jake! Obrigada pelo café," respondeu Luna. "Foi incrível! Encontrei um diário antigo na biblioteca e acho que estou no caminho certo para algo grande.""Você e suas histórias antigas. Só tome cuidado, tá? Não quero que se meta em encrenca.""Pode deixar, Jake."Depois do café da manhã, Luna pegou sua mochila e saiu em direção à universidade. Na universidade
Luna continuou sua fala com determinação: "Diga-me o que preciso fazer."Sebastian e Dmitri trocaram um olhar antes de Sebastian pegar um mapa e apontar para uma área específica. "Eles estão planejando um ataque nesta fábrica abandonada amanhã à noite. Precisamos de você para entrar disfarçada e descobrir o que estão planejando exatamente. Eu e Dmitri estaremos por perto para garantir sua segurança."Luna respirou fundo, sentindo um misto de medo e excitação. "Entendido. Como devo me disfarçar?"Dmitri entregou a ela uma mochila. "Aqui dentro você encontrará roupas e acessórios que ajudarão a se misturar. Lembre-se, mantenha-se discreta e não chame atenção para si mesma."Luna assentiu, pegando a mochila. "Certo. Farei o meu melhor."Na noite seguinte, Luna se preparou para a missão. Vestiu as roupas escuras e práticas que Dmitri havia fornecido e colocou uma peruca de cabelo preto, escondendo seus característicos fios ruivos. Sentiu o coração acelerar enquanto se olhava no espelho, t
Era uma noite tranquila, e a luz da lua filtrava-se pelas cortinas do apartamento de Luna, criando um ambiente sereno. Ela se sentava à mesa, revisando anotações para a escola, mas sua mente estava longe. Pensava em Sebastian, na conexão crescente entre eles e nos riscos que envolviam sua nova vida.Luna decidiu dar uma pausa e se levantou para preparar um chá. Enquanto esperava a água ferver, sua mente divagava. Lembrava-se da última vez em que estivera com Sebastian, quando ele havia segurado sua mão com tanta intensidade que quase a fez esquecer de tudo ao redor. O calor de seu toque ainda ardia em sua pele.O som de um leve toque na janela fez com que Luna se virasse rapidamente. Para sua surpresa, viu Sebastian, que a observava com um sorriso travesso. "Posso entrar?" ele perguntou, com um brilho nos olhos.Com o coração acelerado, Luna correu até a janela e a abriu, permitindo que ele entrasse. "O que você está fazendo aqui?" perguntou, tentando esconder a animação em sua voz."
Na noite seguinte, Luna estava ansiosa para sua visita à mansão de Sebastian. Ele havia prometido mostrar a biblioteca secreta, e a expectativa a mantinha acordada. Assim que chegou, o ambiente parecia mágico sob a luz da lua.Sebastian a recebeu com um sorriso caloroso. "Pronta para uma pequena aventura?""Com certeza!" respondeu Luna, seu entusiasmo evidente. "Estou muito curiosa para ver essa biblioteca.""Vamos, então!" Ele a guiou pelo corredor, os passos ecoando em meio ao silêncio da mansão.Ao chegarem a uma porta discreta, Sebastian puxou a maçaneta, revelando uma sala cheia de prateleiras repletas de livros antigos. O cheiro de papel envelhecido e madeira polida preenchia o ar. "Aqui é onde guardamos nossos segredos," disse ele, com um brilho nos olhos."Uau! É incrível!" Luna exclamou, admirando o espaço. "Nunca imaginei que existisse algo assim.""Eu sabia que você ia adorar," respondeu Sebastian, com um sorriso satisfeito. "Esses livros têm histórias de vampiros, nossas t
**Sebastian**Eu a observei de longe enquanto ela passeava pela cidade, como um guardião silencioso. Luna estava agitada, suas mãos frequentemente apertando a alça da bolsa como se buscasse segurança. Sua expressão, uma mistura de determinação e ansiedade, revelava o peso dos segredos e perigos que agora conhecia. Eu sabia que estava colocando-a em uma situação complicada, mas sua ajuda era crucial. E havia algo mais... um sentimento que eu não podia ignorar.Na manhã seguinte, decidi que Luna precisava de uma pausa. Envolvê-la em nosso mundo sombrio havia sido necessário, mas também injusto. Ela merecia um momento para respirar, longe das conspirações e dos perigos que a cercavam. Enviando-lhe uma mensagem, pedi que me encontrasse na entrada do parque fora da cidade. Quando ela chegou, pude ver a surpresa e a curiosidade em seus olhos. “Sebastian, o que estamos fazendo aqui?” perguntou, com um sorriso intrigado."Quero te mostrar algo. Algo bonito e tranquilo, para nos afastar um po
**Narrado por Sebastian**Depois do momento de paz que compartilhei com Luna na clareira, voltei para a mansão com uma sensação estranha de inquietação. Por mais que tentasse afastar os pensamentos, não conseguia ignorar a conexão crescente entre nós. Isso me preocupava, não apenas por sua segurança, mas também pelos sentimentos que começavam a surgir em mim. Sentimentos que, como vampiro, eu raramente permitia que emergissem.No dia seguinte, decidi que era hora de apresentar Luna a mais alguns aliados. Embora a maioria de nossos contatos fossem outros vampiros, havia humanos que sabiam sobre nossa existência e colaboravam conosco. Um desses aliados era Oliver, um caçador de relíquias sobrenaturais e investigador de mistérios paranormais. Ele era loiro, com olhos verdes penetrantes e uma aura de confiança que imediatamente chamava atenção. Além de ser um humano, Oliver tinha uma vantagem que muitos outros não possuíam: ele sabia como se movimentar no mundo sobrenatural sem ser afetad