**Narrado por Luna**A noite caía sobre o castelo, trazendo consigo um silêncio que há muito tempo eu não apreciava. Desde a minha transformação, cada som, cada movimento, parecia amplificado, mais vívido e, de certo modo, mais ameaçador. Minha vida havia mudado de maneiras que eu ainda lutava para compreender.Eu estava sentada no parapeito de uma janela alta, observando a escuridão do lado de fora. O mundo parecia diferente agora; as cores mais intensas, os cheiros mais distintos. Mas o que mais me perturbava era o desejo incessante, a sede que me consumia. Cada vez que eu pensava em controlar isso, uma parte de mim resistia, como se eu estivesse negando algo que agora fazia parte de quem eu era.Meus pensamentos foram interrompidos quando Sebastian entrou na sala. Sua presença era reconfortante, mas ao mesmo tempo, me fazia lembrar do que eu havia perdido e do que eu havia ganho."Como você está?" Ele perguntou, se aproximando lentamente."Estou... tentando," respondi, sem virar pa
A noite estava clara, a lua cheia iluminando o céu com um brilho prateado que se espalhava pelo bosque. O vento acariciava as folhas das árvores, criando um sussurro constante que me lembrava o quão viva estava a natureza ao meu redor. Eu sentia cada movimento, cada cheiro, cada som com uma intensidade nova e avassaladora. Era como se o mundo tivesse sido tingido com cores mais vibrantes, como se tudo ao meu redor tivesse ganhado uma nova vida — uma que agora também fluía dentro de mim.Correr pela floresta era como flutuar. Meus pés mal tocavam o chão, a velocidade que antes eu não conseguia sequer imaginar agora era natural. O ar se movia contra meu rosto, mas eu não sentia resistência; pelo contrário, parecia que o vento estava me empurrando, me guiando. Saltava por sobre raízes e troncos caídos com a leveza de uma pluma, minhas novas habilidades em perfeita sintonia com o ambiente.Por um momento, deixei todos os meus pensamentos para trás e me concentrei apenas na sensação de lib
***** Luna *****O sol começava a se esconder no horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e vermelho que penetravam pelas janelas do castelo. Eu havia passado a maior parte do dia imerso em meus pensamentos, tentando lidar com as emoções que vieram à tona depois de minha conversa com Luna na clareira. Ela havia aceitado minha proposta de casamento, de compartilhar a eternidade comigo, e isso me trouxe uma sensação de felicidade que eu não sentia há muito tempo. Mas, ao mesmo tempo, havia um nó de preocupação crescendo no meu peito.Olhei ao redor do grande salão, onde os primeiros raios da noite começavam a lançar sombras longas e escuras. O silêncio ali sempre fora uma constante, mas, de repente, ele pareceu insuportável. Um instinto estranho me dizia que algo não estava certo. Onde estava Luna?A ausência dela era quase palpável, e eu me levantei de onde estava, começando a caminhar pelos corredores do castelo. Chamei por ela algumas vezes, esperando ouvir sua voz ou, ao menos,
**Luna** O céu estava tingido de um cinza suave, e a névoa que cobria o jardim dava um ar quase onírico ao ambiente. Sentei-me em um banco de pedra próximo às roseiras, tentando encontrar um pouco de clareza em meio aos pensamentos que me envolviam. A brisa fresca tocava minha pele, e, pela primeira vez em muito tempo, me senti viva. Não apenas viva no sentido literal, mas em paz com o que havia se tornado. À minha frente, vi Oliver caminhando pelo jardim, os ombros levemente curvados enquanto ele olhava para o chão. Ele parecia perdido em seus próprios pensamentos, e, ao vê-lo ali, senti um impulso repentino de me aproximar dele. Queria conversar, dividir um pouco das coisas que estavam passando pela minha cabeça. "Oliver," chamei, minha voz suave interrompendo o silêncio. Ele levantou o olhar, uma expressão de surpresa seguida de um sorriso leve surgindo em seu rosto. "Luna," ele respondeu, aproximando-se. "O que faz aqui sozinha?" "Estava pensando em muitas coisas," admiti
O sol começava a se esconder no horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e vermelho que penetravam pelas janelas do castelo. Eu havia passado a maior parte do dia imerso em meus pensamentos, tentando lidar com as emoções que vieram à tona depois de minha conversa com Luna na clareira. Ela havia aceitado minha proposta de casamento, de compartilhar a eternidade comigo, e isso me trouxe uma sensação de felicidade que eu não sentia há muito tempo. Mas, ao mesmo tempo, havia um nó de preocupação crescendo no meu peito.Olhei ao redor do grande salão, onde os primeiros raios da noite começavam a lançar sombras longas e escuras. O silêncio ali sempre fora uma constante, mas, de repente, ele pareceu insuportável. Um instinto estranho me dizia que algo não estava certo. Onde estava Luna?A ausência dela era quase palpável, e eu me levantei de onde estava, começando a caminhar pelos corredores do castelo. Chamei por ela algumas vezes, esperando ouvir sua voz
A igreja abandonada, oculta entre as árvores retorcidas de uma floresta antiga, se erguia diante de nós como uma relíquia esquecida. Era um lugar desolado e misterioso, de tetos altos e janelas quebradas que deixavam feixes de luz da lua iluminarem o interior empoeirado. O ar era pesado, carregado com a história de muitos séculos, mas, ao mesmo tempo, havia uma sensação de paz ali — o lugar perfeito para algo tão íntimo e eterno.Sebastian segurou minha mão enquanto caminhávamos em direção ao altar, nossos passos ecoando suavemente pelos corredores vazios. Ninguém sabia que estávamos ali. Não havia convidados, nem celebrações grandiosas, apenas nós dois. E, nesse momento, isso era tudo que eu precisava.A sensação de antecipação fazia meu coração — agora imortal — bater com uma intensidade nova. Não havia palavras suficientes para descrever o que sentia. O mundo parecia ter parado, e tudo o que importava estava ao meu lado, segurando minha mão com firmeza. Senti o calor da sua pele e
**Luna Mitchell** se espreguiçou, os dedos alongando-se sobre o teclado do laptop. As luzes fluorescentes da biblioteca da universidade piscavam ocasionalmente, como se estivessem cansadas de iluminar as páginas de tantos livros. Ela suspirou e olhou para o relógio. Eram quase 10 da noite, e a biblioteca estava praticamente deserta.Com seus cabelos ruivos brilhando sob a luz artificial e os olhos azuis concentrados na tela, Luna estava decidida a terminar a pesquisa para sua tese de conclusão de curso. O tema, "Histórias de Mistério e Suspense do Século XVII", a fascinava desde que ela era criança. Quando seus pais morreram em um acidente de carro, ela encontrou consolo nos livros e histórias antigas que sua avó contava.Luna fechou o laptop e começou a arrumar suas coisas. Antes de sair, decidiu dar uma última olhada na seção de livros raros da biblioteca. Algo dizia a ela que poderia encontrar alguma pista valiosa ali.Enquanto caminhava pelas estantes empoeiradas, seus dedos desl
**Luna Mitchell** acordou com o som insistente do alarme. Esfregou os olhos, ainda sonolenta, e desligou o despertador. O sol da manhã entrava pelas cortinas semi-abertas, iluminando seu quarto decorado com pôsteres de filmes clássicos e pilhas de livros espalhados pelo chão.Após um banho rápido, Luna se olhou no espelho, observando os cabelos ruivos e os olhos azuis que herdara de sua mãe. Depois de se vestir, foi para a cozinha, onde o aroma de café fresco a recebeu, um presente de seu colega de quarto, **Jake**."Bom dia, Luna! Café fresquinho para você," disse Jake, com um sorriso. "Como foi a leitura ontem à noite?""Bom dia, Jake! Obrigada pelo café," respondeu Luna. "Foi incrível! Encontrei um diário antigo na biblioteca e acho que estou no caminho certo para algo grande.""Você e suas histórias antigas. Só tome cuidado, tá? Não quero que se meta em encrenca.""Pode deixar, Jake."Depois do café da manhã, Luna pegou sua mochila e saiu em direção à universidade. Na universidade