Copyright © 2023 por Elisa BianchiEsta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas, pessoas vivas ou mortas e acontecimentos reais é mera coincidência.Conteúdo +18.TODOS OS DIREITOS RESERVADOS, PLÁGIO É CRIME.Os direitos autorais foram assegurados. Lei 9.610/98.Deixo avisado também, que essa história aborda temas delicados, podendo causar gatilhos emocionais a alguns leitores, tais como: Violência física e verbal, palavras de baixo calão, sexo explícito, relacionamento abusivo, abuso familiar, tortura, entre outros.Contudo, se ainda assim, você decidir embarcar nessa aventura, lhe desejo uma ótima leitura! Bem vindo (a) ao meu mundo.Um beijo, Elisa Bianchi.I*******m: elisabianchiautoraSinopse: Bianca Olsen é uma mulher jovem e herdeira de uma fortuna bilionária. Sua vida em New York era perfeita, tinha uma família amorosa, amigos, viagens e luxo. Todavia, tudo isso desmo
BIANCA OLSEN:Dias atuais...— Está pronta, querida? — Se aproxima e me abraça por trás, em frente ao espelho.— Sim! Só preciso calçar os sapatos. — Respondo, tentando me esquivar de seu braço.— Está linda, a maquiagem está perfeita! — Segura meu queixo e me beija. — Desculpe-me por ontem, cheguei nervoso! — Pede, e mais uma vez sei que é da boca para fora.— Tudo bem, James! Vamos logo com isso! — Finalmente me livro de seu aperto, e termino de me arrumar no closet.Esse não foi nem de longe o destino que sonhei para mim. Sem nenhum controle sobre a minha própria vida, mantida em cárcere, como um animal. Saindo apenas, para ser exibida como esposa troféu, para a sociedade de New York. Sendo agredida, humilhada e abusada constantemente. Por aquele, que deveria me amar e me proteger, como prometeu diante de Deus e dos homens.Nunca disse nada a ninguém. James ganhou muito mais credibilidade, depois que assumiu as minhas empresas, além de ser um policial poderoso e respeitado. Como ele
JOHN COOPERNo quarto de hotel, reviro na cama de um lado para o outro, tentei de tudo, mas simplesmente, não consigo dormir. Vim a New York, para um congresso de tecnologia. O evento foi um sucesso e amanhã, retorno logo cedo para Sydney. Fazia tempos que não vinha para cá e o fuso-horário está me matando, mesmo cansado, não preguei o olho a noite toda. Ao meu lado, na cama King Size, Camilla dorme tranquilamente, ela insistiu para vir comigo e concordei, afinal, eu iria querer transar uma hora ou outra. Camilla é uma mulher jovem, bonita e boa de cama. É modelo, a conheci por amigos em comum, e desde então temos saído. Recentemente, começou a me exigir um relacionamento sério, quer casar, mas já deixei claro que não estou disposto. Eu gosto dela, mas não a amo, nem sou apaixonado. Não consigo mais me relacionar dessa forma com ninguém. Estamos juntos, há cerca de seis meses e nesse período, me relacionei com várias outras mulheres, inclusive garotas de programa. Não me orgulho dis
JOHN COOPERDias atuais…Decidido a sair da agonia em que minha mente se encontra, e esquecer aquelas lembranças infelizes, coloco-me de pé. Apanho o celular e ligo a tela para conferir as horas, são exatamente 4 horas da manhã. Boa hora, para uma corrida, John! — Aonde vai, amor? — Camilla pergunta, se espreguiçando ainda com os olhos fechados. — Vou sair um pouco, volte a dormir! — Respondo e ela faz o que digo. Visto-me com uma calça e um casaco, ambos pretos e de moletom. Apanho meus tênis de corrida na mala, e após colocá-los, abandono o quarto.Meus fones de ouvido, tocam “Bad Liar” do Imagine Dragons. Cubro a cabeça com o capuz do casaco e caminho por um tempo, até que encontro um parque próximo ao hotel. Após fazer meus alongamentos, aproveito a pista vazia e corro muito, na tentativa de ficar exausto e conseguir dormir um pouco. Subitamente, esbarro com força em alguém, que cai de imediato no chão. Ainda está escuro, portanto não consigo vê-la com nitidez.— Meu Deus, me
BIANCA OLSENAcordo em um ambiente escuro e desconhecido. Minha cabeça dói muito, ao tocar em minha testa, percebo um curativo. Devo ter machucado quando desmaiei, quem será que me resgatou? Pisco diversas vezes, até que a minha visão esteja nítida. Percebo que estou deitada, na parte de baixo de um beliche feito de madeira. A brisa da noite bate, entrando pela janela meio aberta e fazendo as cortinas voarem. Santo Deus, onde estou? Quanto tempo eu dormi? O cômodo é bem pequeno e simples, além do beliche, o quarto possui um guarda roupas, uma poltrona de couro preta e uma mesa de cabeceira com um abajur em cima. Ainda um pouco atordoada, ergo meu corpo com dificuldade e me sento na cama. Ligo o abajur e no mesmo momento, a porta do quarto se abre.— Oh! Graça a Deus, acordou! — Diz a senhora, que deve ter por volta de uns quarenta anos, branca, esguia e com cabelos escuros, que estão enrolados em um coque baixo. — Como se sente, querida? — Ela pergunta, colocando uma tigela sobre a
BIANCA OLSEN — Bia, está pronta? — Scarlett questiona, ao entrar na cozinha, acompanhada de um rapaz tão jovem quanto ela.— Sim! — Respondo, me levantando da mesa.— Esse é Arthur, meu marido! Era com ele que mamãe estava, quando te acharam na estrada. — Informa, e o rapaz negro, alto, com cabelos e olhos castanhos, me cumprimenta.— Muito prazer! Como se sente? — Me estende a mão e a pego.— Muito prazer, Arthur! Estou melhor e muito obrigada por ter me resgatado. — Agradeço e ele sorri.— Imagine, não tem de quê!♡♡♡Na porta de saída, me despeço de Dona Magá.— Não tenho palavras para agradecê—la, Dona Magá. Terei uma dívida eterna com a senhora. — Aperto suas mãos e ela sorri.— Não existe nenhuma dívida, meu amor! O que fiz, foi de coração. Sei que você é uma moça de boa família, mas não me importo com isso. Você tem uma alma linda, filha! Não merecia tanto sofrimento, mas a sua vitória está próxima, tenha fé.— Eu terei, sempre que algo me afligir, me lembrarei das suas palav
BIANCA OLSEN — O quê? — Pergunta espantada, com os olhos castanhos arregalados. — Ele… ele me bate, Júlia. Me espanca há dois anos. Eu precisei… Precisei atirar, ou ele me mataria. — Explico.— Santo Deus, mas que desgraçado, maldito! — Vocifera, revoltada. — Vem comigo!— Para onde? — Questiono, assustada. — Lá em cima, teremos mais privacidade. Vamos! — Justifica, me conduzindo para o andar de cima. Qualquer outra pessoa entraria em pânico, mas Júlia não. Além de ser uma mulher deslumbrante, negra, alta, com um corpo escultural e longos cabelos cacheados. Júlia é inteligente, brilhante, eu diria, e tem sangue frio para lidar com qualquer situação. Não é à toa, que ela é uma excelente advogada. No quarto dela, sentamo-nos na cama, uma de frente para a outra. Minha amiga, segura minhas mãos e diz:— Amiga, me conta tudo em detalhes, como foi isso?— Nem sei por onde começar. Me desculpe por chegar assim, mas eu não sabia o que fazer. — Confesso, aflita. — Eu estou aqui, para
JOHN COOPERÉ uma bela merda, ter que fazer isso. Não deveria ter deixado a situação chegar a esse ponto, errei e agora se tornou insustentável. Camilla, está cada vez mais envolvida, com a ilusão de que um dia mudarei de ideia sobre nos casarmos. Todavia, isso não irá acontecer, principalmente com ela. Já que não sinto absolutamente nada. Nunca dei esperanças a ela, mas mesmo assim, me sinto responsável por isso. Geralmente, eu sumiria, e deixaria que o bom senso dela, falasse por si só. Entretanto, Camilla é uma boa pessoa e passamos bons momentos juntos. Apesar de não existir nenhuma conexão profunda entre nós, além de sexo. Não me sinto confortável em simplesmente desaparecer da vida dela. — Querido? — Camilla chama, me fazendo voltar a atenção para ela. Sentado na mesa do meu escritório, a encaro. — Está estranho, o que houve? — Pergunta, dando a volta na mesa e vindo em minha direção. — Precisa relaxar? Hum?Antes que ela suba em meu colo, seguro em seus ombros e a impeço. —