JOHN COOPERÉ uma bela merda, ter que fazer isso. Não deveria ter deixado a situação chegar a esse ponto, errei e agora se tornou insustentável. Camilla, está cada vez mais envolvida, com a ilusão de que um dia mudarei de ideia sobre nos casarmos. Todavia, isso não irá acontecer, principalmente com ela. Já que não sinto absolutamente nada. Nunca dei esperanças a ela, mas mesmo assim, me sinto responsável por isso. Geralmente, eu sumiria, e deixaria que o bom senso dela, falasse por si só. Entretanto, Camilla é uma boa pessoa e passamos bons momentos juntos. Apesar de não existir nenhuma conexão profunda entre nós, além de sexo. Não me sinto confortável em simplesmente desaparecer da vida dela. — Querido? — Camilla chama, me fazendo voltar a atenção para ela. Sentado na mesa do meu escritório, a encaro. — Está estranho, o que houve? — Pergunta, dando a volta na mesa e vindo em minha direção. — Precisa relaxar? Hum?Antes que ela suba em meu colo, seguro em seus ombros e a impeço. —
BIANCA OLSENJúlia tirou uma folga do trabalho, e passou o restante da semana comigo, tentando me fazer relaxar. Embora eu estivesse com medo de sair na rua, ela me convenceu que ali eu estava segura. Nós passeamos por Sydney, fazendo programas turísticos e hoje decidimos fazer compras.— Vamos lá amiga, se anima! Precisamos de um look bem lindo, para a sua entrevista, amanhã. — Afirma, me empurrando para dentro de uma loja de grife.— Amiga, você sabe que não trouxe muito dinheiro. — Sussurro e ela sorri. — Ju, estou falando sério, não posso pagar por nada nessa loja. — Acrescento.— Não se preocupe com isso, eu pago. — Informa.— Mas, nem pensar! Não precisa gastar o seu dinheiro comigo!— Bia! — Me repreende.— Não amiga, você já fez demais, por mim. — Insisto.— Bem, faremos o seguinte, se te fizer feliz, trate como um empréstimo, quando recuperar a sua bela fortuna, você me devolve. Tudo bem? — Argumenta, sorrindo.— Se for assim, tudo bem! — Concordo e ela sorri, me puxando en
BIANCA OLSEN Tentando esconder o caos dentro de mim, aperto sua mão e o cumprimento.— S-sim, muito prazer Sr. Cooper!John aperta minha mão e sinto um choque, quando minha pele encontra a dele. Inexplicavelmente, borboletas se agitam em meu estômago, tudo dentro de mim começa a queimar. E ainda com as íris cinzentas cravadas nas minhas, o homem segura minha mão por mais tempo do que deveria. O perfume dele, é deliciosamente inebriante, uma mistura de madeira, couro e algo cítrico. É único, másculo e refrescante. Como se ele tivesse acabado de sair do banho. Minha boca se enche de água, ao senti— lo, invadindo as minhas narinas. Disfarço o máximo que consigo, mas o rubor em minhas bochechas, é impossível de conter. O vejo engolir em seco e instintivamente, faço o mesmo.— Entre e sente— se por favor! — Pede, apontando para as poltronas pretas, posicionadas de frente para sua imensa mesa de vidro.— Obrigada! — Entro na sala e faço como ele disse.— Edna, nos traga dois cafés, por f
JOHN COOPER: Quando vi Bianca na porta do meu escritório, a reconheci imediatamente. Aqueles olhos grandes e assustados ficaram gravados em minha memória. Fiquei completamente atordoado, tanto pela lembrança dela fugindo desesperada naquele parque, quanto pela sua beleza surreal. Ao me aproximar, agora podendo enxergá- la com clareza, observo cada detalhe dela. Seus cabelos castanhos, são longos e levemente ondulados. Mesmo usando saltos altos, continua pequenina, sua cabeça, fica na altura dos meus ombros. Ela usa um terninho elegante, porém, justo e consigo perceber o quanto seu corpo é perfeito, quadris ligeiramente largos e cintura fina. Seu rosto tem traços delicados e algumas sardas completam a pele clara, tornando-a incrivelmente meiga e sexy simultaneamente. Por um momento, me perco na mistura perfeita de verde-claro com azul, de seus olhos brilhantes. É como, olhar para o mar. Me sinto completamente encantado, David disse que ela era bonita, mas se esqueceu de mencionar,
BIANCA OLSEN. Saio da sala de John, o mais rápido que consigo. Do lado de fora, solto todo o ar, que estava preso em meus pulmões. Relaxo os ombros e tento controlar meus batimentos irregulares. Céus, mas o que foi isso? Tive que mentir para ele, e disser que Júlia já estava à minha espera. Se dentro daquela sala enorme ele já me tirou o fôlego e me deixou atordoada, imagine a tortura que teria sido, passar tanto tempo com ele no carro? — Bianca? — Edna me chama e toca em meu ombro, me tirando do transe. — Está tudo bem? — Sim, é… estou bem, obrigada! — Certo, então venha comigo, tenho algumas informações para te passar. — Solicita e faço o que ela pede. Após conversar com Edna, ligo para Júlia avisando que a entrevista acabou, e pouco tempo depois ela chega para me buscar. — Conte-me tudo, não me esconda nada! — Exige, assim que entro em seu carro. — Contratada! — Exclamo, sorrindo. — Ah! Eu sabia! Que maravilha, amiga! — Nos abraçamos e depois ela me questiona, enquanto da
Desperto, com os raios solares invadindo o quarto, pela janela entreaberta. Enrolo um pouquinho na cama, até que finalmente me levanto, seguindo para o banheiro. Após um banho relaxante, escolho uma roupa bem básica. Jeans, camiseta branca e tênis. Não tem erro.Começo a descer com a minha mala pela escada, quando o vejo vindo em minha direção.— Bom dia, Bianca! — Diz, pegando a mala das minhas mãos.— Sr. Cooper, bom dia! O que faz aqui? — Pergunto surpresa. O homem está ainda mais bonito. Vestido casualmente, com um suéter preto e calça jeans. Por um instante, meus olhos vagam pelo seu corpo, até que o ouço limpar a garganta.— Bem é que… eu precisava conversar com você! — Revela, visivelmente desconfortável. Termino de descer, ficando frente a frente com ele. — Pois não, sobre o que gostaria de conversar? — Ele demora alguns segundos para responder, parecendo estar buscando as palavras.— Na verdade, eram apenas algumas recomendações, mas posso fazê— las quando chegarmos em casa
BIANCA OLSENQuando John estaciona na entrada de sua mansão, mesmo antes de descer do carro, admiro a beleza do lugar. A casa é enorme, com um lindo e vasto jardim e uma vasta área de lazer. Assim como a casa em que cresci. Meu novo chefe, desce do carro e antes que eu possa abrir a minha porta, ele o faz. — Obrigada! — Agradeço e ele sorri.Assim que saio do carro, avisto uma garotinha correndo e deduzo que seja Lilly. Ela é linda, cabelinhos ruivos, bochechas redondas, e quando se aproxima mais, consigo ver em seu rosto, muitas sardas parecidas com as minhas e os lindos olhos verdes. Me encanto assim que a vejo. — Papai! — De frente com ele, Lilly pula em seu colo. — Oi, amor, como você está? — Ele pergunta a enchendo de beijos.— Estou bem papai, estava brincando no playground com a tia Soraya. — Explica e o pai sorri. — E com a tia Cami, não é Lilly? — Uma mulher exuberante, acrescenta se aproximando.Acho que nunca vi ninguém tão bonita, os cabelos são loiros e longos, ela é
JOHN COOPERFui à casa de Júlia, com o intuito de dizer a Bianca que não poderia contratá-la, já havia até conseguido outro emprego para ela, na casa de um amigo meu, que acabou de ter filho. Entretanto, ao vê-la, simplesmente não consegui. Sinto como se precisasse mantê-la por perto, como se precisasse protegê-la, e não consigo ir contra os meus instintos. Mesmo que isso signifique, ter que controlar, vinte e quatro horas por dia, a atração latente, que sinto por ela.Após deixá-la acomodada em seu novo quarto, desço para meu escritório e assim que entro, Camilla se pendura em meu pescoço, tentando me beijar. Rapidamente seguro os braços dela, e a afasto de mim. — Benzinho, o que foi? — Questiona. — Não me chame assim, você sabe que eu odeio. — Repreendo, sentando-me em minha poltrona. — Desculpe, amor! — Camilla, nós terminamos, esqueceu? O que você quer? — Eu quero você, pensei bem e não irei aceitar isso! Estávamos bem. O que houve? Foi algo que eu fiz? — Não foi nada com