Copyright © 2023 por Elisa Bianchi
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas, pessoas vivas ou mortas e acontecimentos reais é mera coincidência.Conteúdo +18.TODOS OS DIREITOS RESERVADOS, PLÁGIO É CRIME.Os direitos autorais foram assegurados. Lei 9.610/98.Deixo avisado também, que essa história aborda temas delicados, podendo causar gatilhos emocionais a alguns leitores, tais como: Violência física e verbal, palavras de baixo calão, sexo explícito, relacionamento abusivo, abuso familiar, tortura, entre outros.Contudo, se ainda assim, você decidir embarcar nessa aventura, lhe desejo uma ótima leitura! Bem vindo (a) ao meu mundo.Um beijo, Elisa Bianchi.I*******m: elisabianchiautoraSinopse: Bianca Olsen é uma mulher jovem e herdeira de uma fortuna bilionária. Sua vida em New York era perfeita, tinha uma família amorosa, amigos, viagens e luxo. Todavia, tudo isso desmorona, quando ela se casa com um homem extremamente violento e abusivo. Para fugir de seu agressor e recomeçar a sua vida, Bia tomará uma atitude drástica, que poderá lhe causar muitos problemas futuros.John Cooper é um homem experiente e um CEO renomado, dono da maior empresa de Tecnologia de Sydney na Austrália. Após sofrer uma dupla traição, decide se fechar para o amor, e nunca mais ser fiel a ninguém. Só existe uma pessoa nesse mundo, a quem ele ama verdadeiramente, sua filhinha de cinco anos, Lívia. Entretanto, tudo muda, quando a nova babá, chega abalando todas as suas estruturas e fazendo com que ele quebre a sua única regra: Não se envolver com nenhuma funcionária. Ela precisa de uma nova vida, ele precisa curar seu coração. Juntos irão descobrir, que sempre há tempo para recomeçar. Afinal, a vida é cheia de segundas chances! Você está pronta, para o Recomeço?BIANCA OLSENDois anos antes...A dor do primeiro tapa, a gente nunca esquece. E não falo da dor física, mas sim, da emocional. Aquela que se impregna em nossa alma, e deixa uma ferida eterna em nosso coração.— Nunca mais, me cobre porra nenhuma! — Brada, me atingindo forte no rosto.Hoje, James e eu, completamos nosso primeiro ano de casados. Deveria ser uma noite feliz. Eu colocaria um lindo vestido, faria uma incrível produção e sairíamos para jantar.Imaginei, ele me presenteando com uma joia, talvez flores, e dizendo o quanto me ama. Pensei que teríamos um momento único, trocando juras de amor e planejando o bebê que pretendemos ter em breve. Todavia, nada disso acontecerá, minha vida perfeita, era apenas uma fantasia que eu mesma criei.James, mais uma vez, chegou em casa bêbado, agressivo e com um cheiro doce, certamente, perfume de mulher. Nas últimas semanas, venho notando suas mudanças de comportamento, sempre nervoso e rude, me tratando com grosseria e falta de respeito. Tem bebido muito e seu horário de chegar em casa, está cada vez mais tarde. Ele é delegado no departamento de homicídios do FBI, e usa isso como desculpa, todas as vezes que chega em casa de madrugada, o que tem se tornado rotina.Essa noite, se esqueceu completamente do nosso aniversário, e de tudo que eu havia planejado para nós. Isso foi a gota d'água, que me fez transbordar. Explodi, ao vê-lo nesse estado, discutimos e para minha surpresa e desespero, o homem que eu amo, o meu príncipe encantado, se enfureceu e me agrediu.♡♡♡Sinto o gosto de sangue em minha boca, o golpe foi tão forte que a cortou. Meu rosto arde, minha cabeça lateja, mas nada é pior que a dor da decepção. Caída no chão, choro em agonia, sem querer acreditar, que o homem lindo, carinhoso e gentil, que conheci há pouco mais de um ano, em um bar. Aquele por quem me apaixonei perdidamente, entreguei meu coração e me casei um mês depois, na verdade, é um monstro.— Tive um dia infernal na delegacia, acha que é fácil, comandar a homicídios? — Berra, andando até o bar e servindo uma dose de uísque, para si próprio. — Eu sou um homem importante, não tenho tempo, para as suas frescuras, está me ouvindo? Você não faz nada da vida, não sabe o que é ter que trabalhar! Não passa de uma inútil! — Sua fala, é carregada de arrogância.Aquelas ofensas inflamam meu ódio, seco minhas lágrimas e o encaro.— Fico em casa, porque você me pediu. Você não quer que eu trabalhe! Eu não sou inútil, e quero voltar para a empresa, lá é o meu lugar! — Apesar do meu tom alterado, sinto medo por não saber do que ele é capaz.— Cale-se! — Vocifera, seus olhos azuis ficam vermelhos e ainda mais assustadores. Ele vira a dose e atira o copo com força contra a parede. — Quem manda nesse caralho, sou eu! Mulher minha, não trabalha! Você ficará em casa, me servindo e ponto final!— Me solta! Socorro! — Grito, ao ser agarrada pelos cabelos.— Você faz o que eu mandar, entendeu?— Está me machucando, me solta, James! Por favor! — Imploro, aos prantos.— Você precisa de um corretivo, para aprender a respeitar o seu marido.Outro tapa, arde em meu rosto."Oh! Deus, me proteja, Senhor!" — Clamo mentalmente.— Vagabunda! Quem você pensa que é, para me desafiar? Cansei de você, cansei! — Tomado pela fúria, o homem me pega pelo pescoço e aperta, me tirando do chão.— Ja-James, n-não, p-por favor! M-me des-culpe! — Peço com dificuldade, tentando me soltar de seu aperto.Por Deus, ele me empurra. Caio novamente no chão e meu agressor se afasta de mim.— Levante-se daí e pare de chorar. Vamos para o quarto, agora! — Ordena ríspido, passando por mim e subindo as escadas de madeira, que levam ao nosso quarto.Sempre trabalhei, desde muito nova, meus pais me inseriram nos negócios da família. A Tex Olsen International, foi fundada pelo meu avô materno, Nicholas Olsen, há quarenta anos. Somos os maiores fabricantes de tecidos do país, além disso, possuímos inúmeras lojas.Quando conheci James, meus pais estavam me preparando para sucedê-los, no cargo de CEO. Porém, ele me convenceu de que eu era muito nova, no auge dos meus vinte e um anos, James achava muito cedo, para assumir um cargo tão importante. Desde então, venho me sentindo insegura e incapaz, as palavras do meu marido, me desencorajaram. Com medo de decepcionar os meus pais, decidi me afastar por um tempo da empresa.James, um homem experiente de trinta e cinco anos, quis assumir o cargo por mim. Entretanto, meus pais não concordaram. Deixaram claro, que irão esperar o tempo necessário, até que eu me sinta segura, para assumir o lugar que me pertence.Em suma, nesse momento, sou uma dona de casa frustrada e que agora, apanha do marido. "Não posso aceitar isso."— Bianca, tenho que falar com você duas vezes? — Escuto o berro de James, vindo do quarto.— Eu... — Pauso para engolir em seco e respondo. — Já estou indo, James!Ergo meu corpo do chão, tomo fôlego e subo as escadas. Dentro do quarto, não olho para James. Caminho direto para o banheiro, ainda com lágrimas insistentes caindo pelo meu rosto e com o corpo trêmulo, lavo minha boca suja de sangue, sentindo a ardência da água contra a minha pele. Passo para o closet, pego uma mala pequena e começo a enfiar minhas roupas dentro. Imediatamente, James corre ao meu encontro.— Mas, o que é isso? Enlouqueceu? — Indaga, entrando em minha frente e puxando a mala para si.— Você não pode me bater, não pode! Não irei aceitar isso, James! Acabou, voltarei para a casa dos meus pais! — Aviso, tentando puxar a mala de volta.Ele j**a a bagagem longe, e me abraça forte.— Meu amor, não diga isso nem de brincadeira! Eu te amo, minha linda! Só fiz isso, porque você me deixou nervoso! Me desculpa, por favor, amor! — Explica, com a voz suave. Parecendo até mesmo, outra pessoa.— James, eu... — sou impedida de terminar minha fala, pela boca dele, que invade a minha.— Aí! — Reclamo, me afastando. — Minha boca está machucada.Seus olhos azuis, estão brilhantes, ele sorri e acaricia meu rosto.— Perdão, meu amor! Perdão! Você me conhece, sabe que isso nunca mais irá se repetir.♡♡♡É assustador, mas mesmo sentindo que aquela frase era mentira, simplesmente não consegui ir embora. Eu o perdoei, e pouco tempo depois, tudo se repetiu, de novo e de novo. E a cada vez, meu pesadelo era ainda pior.Mas após as agressões e humilhações, eu recebia flores, joias e promessas falsas. Sendo gentil e amoroso, James conseguia me manipular e eu sempre o absolvia, acreditando que dessa vez, seria diferente, que dessa vez, ele iria mudar e que minha vida, voltaria a ser perfeita como antes. Mas eles não mudam, eles nunca mudam.Com seu ciúme possessivo e poder de manipulação, James me tirou tudo, o trabalho, os amigos, a independência, a força e até mesmo, a presença da minha família. Mudei meu jeito de vestir, deixei de ir aos lugares em que eu amava frequentar, mudei minha forma de falar, mudei tudo, deixei de ser eu. Fui tomada por medo, insegurança e dependência emocional.James me ludibriou, entretanto, mesmo que fingisse ser um bom marido, meus pais pareciam perceber que algo não estava certo. E isso o irritava, ele tinha ódio deles, óbvio, já que eram os únicos que poderiam me libertar daquele tormento, pelo menos, era nisso que eu acreditava até aquele momento. Contudo, eu não conseguia dizer a verdade, sempre que era questionada eu mentia, dizia que estava tudo bem, que eu era feliz e que James era bom.Quando se está dentro de uma relação abusiva, o medo fala por você. O agressor, confunde a sua cabeça e te faz duvidar da sua própria sanidade. Era como se eu estivesse presa, em um tanque de areia movediça, afundando mais a cada passo. E não importava para onde eu tentasse me mexer, simplesmente, não conseguia me libertar das garras de James.♡♡♡Meses depois, meus pais Carol e Connor, infelizmente sofreram um grave acidente de carro. Houve uma falha nos freios, o veículo derrapou na pista coberta pelo gelo e capotou, despencando a ribanceira abaixo. O automóvel afundou e presos ao cinto, ambos faleceram, vítimas de afogamento.Achei que já havia sofrido o suficiente, mas a dor de perder as pessoas que mais se ama na vida, essa dor, eu jamais serei capaz de superar. Não existiam mais lágrimas para chorar, me sentia inerte e a tristeza me dominou.Ao invés de ser o meu apoio, James se aproveitou do meu pior momento, para agir. Quinze dias após o enterro dos meus pais, desço as escadas e encontro James me esperando, sentado em uma das cadeiras da sala de jantar.— James, chegou cedo! Vou mandar, lhe servir o jantar!— Não quero comer, temos que conversar, sente-se! — Ordena em um tom frio, que já conheço bem.— Estou cansada, podemos falar depois? — Argumento, porém em vão.— Sente-se aí, porra! Estou mandando! — Esbraveja, batendo os punhos, sobre o tampo de vidro escuro da mesa.Derrotada, faço o que ele manda e o homem deposita duas folhas brancas de papel e uma caneta, em minha frente.— Assine! — Impõe.— O que é isso? — Pergunto, confusa.— Isto, é um laudo médico!— Um laudo? De quem? — Volto a questioná-lo, entendendo menos ainda.— Seu! Aqui, você está sendo diagnosticada, com depressão em estágio grave e alguns sinais de esquizofrenia. — Explica, sorrindo.— O quê? Mas eu não me consultei com nenhum médico, James. Isso é um erro! — Digo, incrédula.— Não, Bianca, não é! E aqui, está uma procuração, onde você passará o controle total, das empresas Olsen e de toda sua herança, para mim. — Aponta para o segundo documento e pega a caneta. — Sua doença, te impedirá de assumir o cargo de CEO. Portanto, eu o farei, assine! — Exige.— Você só pode estar ficando maluco, não irei assinar nada! Esse é o legado da minha família, você não irá me tirar isso! — Vocifero revoltada, tentando me levantar. Contudo, rapidamente ele se põe de pé e me impede, forçando os meus ombros para baixo.— Você está doente, meu amor! — Debocha, me apertando ainda mais forte e continua. — Com esse laudo, consigo até mesmo te internar compulsoriamente. É isso, que você quer? — Seu tom é rude e ameaçador.— Eu não sou louca, James! Não estou doente e não irei assinar! Está me machucando, me solta! — Exijo, aumentando meu tom de voz, e ele se enfurece.— Assine essa merda, agora, Bianca! — Berra, empurrando meu rosto para perto do papel, sobre a mesa. — Assine, ou irá se arrepender, eu juro! Eu interno você, te enterro em um sanatório clandestino, para o resto da sua vida. — Ameaça, gritando em meu ouvido. — Você está desequilibrada, somente eu, sei o que é bom para a sua vida. Você não tem capacidade para administrar os negócios, isso é coisa de homem.James é um homem influente e respeitado. Conseguir esse laudo, não deve ter sigo algo difícil. E sei, que suas promessas, não são da boca para fora. De qualquer forma, ele terá o que quer, se eu resistir, serei internada em algum buraco e nunca mais ninguém me achará.Mesmo sentindo meu peito rasgando, pego a caneta e assino a tal procuração. Não consigo nem ao menos ler o conteúdo, antes que ele tome as folhas de mim.— Agora, sim! Tudo em minhas mãos! — Gargalha, diabolicamente. — E você, ficará guardadinha em casa, como deve ser. Obedecendo e servindo ao seu marido.Segura meu queixo, forçando-me a lhe dar um selinho, que me faz ter vontade de vomitar. E se afasta, sorrindo vitorioso. Me debruço sobre a mesa, chorando em completo desespero. "Acabou, minha vida acabou! Agora, serei prisioneira desse homem, pelo resto dos meus dias."BIANCA OLSEN:Dias atuais...— Está pronta, querida? — Se aproxima e me abraça por trás, em frente ao espelho.— Sim! Só preciso calçar os sapatos. — Respondo, tentando me esquivar de seu braço.— Está linda, a maquiagem está perfeita! — Segura meu queixo e me beija. — Desculpe-me por ontem, cheguei nervoso! — Pede, e mais uma vez sei que é da boca para fora.— Tudo bem, James! Vamos logo com isso! — Finalmente me livro de seu aperto, e termino de me arrumar no closet.Esse não foi nem de longe o destino que sonhei para mim. Sem nenhum controle sobre a minha própria vida, mantida em cárcere, como um animal. Saindo apenas, para ser exibida como esposa troféu, para a sociedade de New York. Sendo agredida, humilhada e abusada constantemente. Por aquele, que deveria me amar e me proteger, como prometeu diante de Deus e dos homens.Nunca disse nada a ninguém. James ganhou muito mais credibilidade, depois que assumiu as minhas empresas, além de ser um policial poderoso e respeitado. Como ele
JOHN COOPERNo quarto de hotel, reviro na cama de um lado para o outro, tentei de tudo, mas simplesmente, não consigo dormir. Vim a New York, para um congresso de tecnologia. O evento foi um sucesso e amanhã, retorno logo cedo para Sydney. Fazia tempos que não vinha para cá e o fuso-horário está me matando, mesmo cansado, não preguei o olho a noite toda. Ao meu lado, na cama King Size, Camilla dorme tranquilamente, ela insistiu para vir comigo e concordei, afinal, eu iria querer transar uma hora ou outra. Camilla é uma mulher jovem, bonita e boa de cama. É modelo, a conheci por amigos em comum, e desde então temos saído. Recentemente, começou a me exigir um relacionamento sério, quer casar, mas já deixei claro que não estou disposto. Eu gosto dela, mas não a amo, nem sou apaixonado. Não consigo mais me relacionar dessa forma com ninguém. Estamos juntos, há cerca de seis meses e nesse período, me relacionei com várias outras mulheres, inclusive garotas de programa. Não me orgulho dis
JOHN COOPERDias atuais…Decidido a sair da agonia em que minha mente se encontra, e esquecer aquelas lembranças infelizes, coloco-me de pé. Apanho o celular e ligo a tela para conferir as horas, são exatamente 4 horas da manhã. Boa hora, para uma corrida, John! — Aonde vai, amor? — Camilla pergunta, se espreguiçando ainda com os olhos fechados. — Vou sair um pouco, volte a dormir! — Respondo e ela faz o que digo. Visto-me com uma calça e um casaco, ambos pretos e de moletom. Apanho meus tênis de corrida na mala, e após colocá-los, abandono o quarto.Meus fones de ouvido, tocam “Bad Liar” do Imagine Dragons. Cubro a cabeça com o capuz do casaco e caminho por um tempo, até que encontro um parque próximo ao hotel. Após fazer meus alongamentos, aproveito a pista vazia e corro muito, na tentativa de ficar exausto e conseguir dormir um pouco. Subitamente, esbarro com força em alguém, que cai de imediato no chão. Ainda está escuro, portanto não consigo vê-la com nitidez.— Meu Deus, me
BIANCA OLSENAcordo em um ambiente escuro e desconhecido. Minha cabeça dói muito, ao tocar em minha testa, percebo um curativo. Devo ter machucado quando desmaiei, quem será que me resgatou? Pisco diversas vezes, até que a minha visão esteja nítida. Percebo que estou deitada, na parte de baixo de um beliche feito de madeira. A brisa da noite bate, entrando pela janela meio aberta e fazendo as cortinas voarem. Santo Deus, onde estou? Quanto tempo eu dormi? O cômodo é bem pequeno e simples, além do beliche, o quarto possui um guarda roupas, uma poltrona de couro preta e uma mesa de cabeceira com um abajur em cima. Ainda um pouco atordoada, ergo meu corpo com dificuldade e me sento na cama. Ligo o abajur e no mesmo momento, a porta do quarto se abre.— Oh! Graça a Deus, acordou! — Diz a senhora, que deve ter por volta de uns quarenta anos, branca, esguia e com cabelos escuros, que estão enrolados em um coque baixo. — Como se sente, querida? — Ela pergunta, colocando uma tigela sobre a
BIANCA OLSEN — Bia, está pronta? — Scarlett questiona, ao entrar na cozinha, acompanhada de um rapaz tão jovem quanto ela.— Sim! — Respondo, me levantando da mesa.— Esse é Arthur, meu marido! Era com ele que mamãe estava, quando te acharam na estrada. — Informa, e o rapaz negro, alto, com cabelos e olhos castanhos, me cumprimenta.— Muito prazer! Como se sente? — Me estende a mão e a pego.— Muito prazer, Arthur! Estou melhor e muito obrigada por ter me resgatado. — Agradeço e ele sorri.— Imagine, não tem de quê!♡♡♡Na porta de saída, me despeço de Dona Magá.— Não tenho palavras para agradecê—la, Dona Magá. Terei uma dívida eterna com a senhora. — Aperto suas mãos e ela sorri.— Não existe nenhuma dívida, meu amor! O que fiz, foi de coração. Sei que você é uma moça de boa família, mas não me importo com isso. Você tem uma alma linda, filha! Não merecia tanto sofrimento, mas a sua vitória está próxima, tenha fé.— Eu terei, sempre que algo me afligir, me lembrarei das suas palav
BIANCA OLSEN — O quê? — Pergunta espantada, com os olhos castanhos arregalados. — Ele… ele me bate, Júlia. Me espanca há dois anos. Eu precisei… Precisei atirar, ou ele me mataria. — Explico.— Santo Deus, mas que desgraçado, maldito! — Vocifera, revoltada. — Vem comigo!— Para onde? — Questiono, assustada. — Lá em cima, teremos mais privacidade. Vamos! — Justifica, me conduzindo para o andar de cima. Qualquer outra pessoa entraria em pânico, mas Júlia não. Além de ser uma mulher deslumbrante, negra, alta, com um corpo escultural e longos cabelos cacheados. Júlia é inteligente, brilhante, eu diria, e tem sangue frio para lidar com qualquer situação. Não é à toa, que ela é uma excelente advogada. No quarto dela, sentamo-nos na cama, uma de frente para a outra. Minha amiga, segura minhas mãos e diz:— Amiga, me conta tudo em detalhes, como foi isso?— Nem sei por onde começar. Me desculpe por chegar assim, mas eu não sabia o que fazer. — Confesso, aflita. — Eu estou aqui, para
JOHN COOPERÉ uma bela merda, ter que fazer isso. Não deveria ter deixado a situação chegar a esse ponto, errei e agora se tornou insustentável. Camilla, está cada vez mais envolvida, com a ilusão de que um dia mudarei de ideia sobre nos casarmos. Todavia, isso não irá acontecer, principalmente com ela. Já que não sinto absolutamente nada. Nunca dei esperanças a ela, mas mesmo assim, me sinto responsável por isso. Geralmente, eu sumiria, e deixaria que o bom senso dela, falasse por si só. Entretanto, Camilla é uma boa pessoa e passamos bons momentos juntos. Apesar de não existir nenhuma conexão profunda entre nós, além de sexo. Não me sinto confortável em simplesmente desaparecer da vida dela. — Querido? — Camilla chama, me fazendo voltar a atenção para ela. Sentado na mesa do meu escritório, a encaro. — Está estranho, o que houve? — Pergunta, dando a volta na mesa e vindo em minha direção. — Precisa relaxar? Hum?Antes que ela suba em meu colo, seguro em seus ombros e a impeço. —
BIANCA OLSENJúlia tirou uma folga do trabalho, e passou o restante da semana comigo, tentando me fazer relaxar. Embora eu estivesse com medo de sair na rua, ela me convenceu que ali eu estava segura. Nós passeamos por Sydney, fazendo programas turísticos e hoje decidimos fazer compras.— Vamos lá amiga, se anima! Precisamos de um look bem lindo, para a sua entrevista, amanhã. — Afirma, me empurrando para dentro de uma loja de grife.— Amiga, você sabe que não trouxe muito dinheiro. — Sussurro e ela sorri. — Ju, estou falando sério, não posso pagar por nada nessa loja. — Acrescento.— Não se preocupe com isso, eu pago. — Informa.— Mas, nem pensar! Não precisa gastar o seu dinheiro comigo!— Bia! — Me repreende.— Não amiga, você já fez demais, por mim. — Insisto.— Bem, faremos o seguinte, se te fizer feliz, trate como um empréstimo, quando recuperar a sua bela fortuna, você me devolve. Tudo bem? — Argumenta, sorrindo.— Se for assim, tudo bem! — Concordo e ela sorri, me puxando en