Helena chegou cedo à empresa. Estava bufando de ódio por saber que Eliza não estaria no horário no escritório, simplesmente por estar provando o vestido exclusivamente desenhado para ela. A inveja a corroía. William já havia chegado, mas estava trancado em uma reunião sigilosa em sua sala. Foi quando um homem chegou à sala do CEO.
— Bom dia! — o rapaz diz encantado pela beleza da megera.
— Bom dia, o que deseja? — Ela pergunta com todo seu mau humor.
— Vim entregar um documento para o senhor Firenze. — Ele mostra o envelope e ela olha para o slogan escrito Laboratório de Análises Clínicas e Fertilização - LACFERT. — É confidencial, por isso o chefe me exigiu assinatura do recebedor. Assine aqui, por favor?
Helena segura o envelope e resolve assinar. Como u
— Sinceramente, Liz, eu não sei o que será de nós. — Ela leva a mão até à boca em desespero e afasta a cabeça para olhar para ele. — Não sei o que pensar porque eu já vinha desconfiando disso, desde que fizemos as pazes, desde a viagem com os Ching. Mas eu não queria ter essa conversa. Então eu refiz o meu exame e... O resultado só confirma o que eu já sabia. Continuo infértil. — Liz nega com a cabeça, as lágrimas correndo, nariz escorrendo, soluçando. — Por coincidência recebi o resultado hoje. Eu não sei o que pensar. Liz, se estiver mesmo grávida essa seria a melhor notícia do mundo para mim caso o exame que fiz tivesse dado um resultado positivo, no entanto, deu negativo. Entende? Não quero que chore e que sofra, por favor... Só não vamos nos precipitar. — Diz com pesar. Ela n&at
— Eu duvido muito. Um homem tão solitário deve estar sofrendo muito mais que você, nessa história toda. Realmente duvida de que os sentimentos dele sejam verdadeiros? Que ele será capaz de te esquecer assim tão fácil?— Não sei o que pensar... Mamãe, eu não quero ficar aqui sozinha, por favor!— Liz, eu vou pedir às suas amigas para virem para cá. Eu tenho que ir. Não posso deixar a minha casa nem o meu trabalho de mão, infelizmente. Preciso trabalhar para sobreviver.— Mãe, já passamos tanto tempo afastadas. Aquela não é a sua casa, mas essa pode ser. Olha, a Dudu tinha uma floricultura que está fechada desde sua morte, por conta do meu trabalho na Firenze. Pessoas dependiam desse emprego. Seria um lugar perfeito para a senhora vender seus artesanatos e voltar a vend
Pegou o aparelho e ao mexer nele viu a notificação de ligação perdida no visor. Quando desbloqueou a tela e viu que Liz tinha ligado, não pensou duas vezes. Era um recado para o que ele sentia. Precisava dos seus braços e do seu cheiro, principalmente depois de tudo que havia descoberto. Desligou tudo, pegou sua maleta e saiu de sua sala, apagando a luz atrás de si.Juvenal o esperava na porta e ao ver o seu menino, como o chamava, notou que algo muito sério o incomodava.— Juju! — o homem sorriu, sabia quem lhe chamava assim. — Eu quero ver a Liz. — O homem se alegrou ainda mais e sem mais delongas seguiu para onde foi ordenado.***Liz estava sentada na cadeira diante da mesa de madeira e Lorena estava do seu lado. Espalhados pela mesa estavam os muitos papéis da floricultura que iam sendo mostrados a Lorena por Liz, um a um.
— É engraçado ouvir isso. Eu e a Liz já dividimos a mesma cama desde bebês. — Eles riem.— A Liz sofria de cólicas quando nasceu, e eu penava para fazê-la parar de chorar e dormir. Sua mãe ficava brava com você, pois corria desesperado até esse quarto quando Eliza começava a chorar. Inclusive você chorava junto. Sua mãe brigava, mas não tinha jeito você entrava. O mais curioso é que quando você chegava e segurava à mão dela, ela conseguia dormir. E então você ficava ali, sem sair, olhando-a repousar. Era uma luta tirar você do quarto. Até entender que eu estava cansada e que precisávamos dormir, era muita reclamação. — Lorena lembra e William ri.— Eu e a Liz temos uma conexão muito forte. Tanto eu quanto ela nos acalmamos quando damos as m&
— Agora me conta: o que aconteceu? — Perguntou.— Muitas coisas, mas eu... — ele toca a barriga dela e começa a sorrir, emocionado.— Will, prometemos não falar sobre isso hoje — Ela sente medo. Não sabe descrever essa sua risada inesperada e não sabe ao certo se ele havia sentido a tudo o que ela sentiu.— Não, não... Tenho que falar. Conversei hoje com sua mãe e ela abriu os meus olhos. Me disse coisas que eu ainda não conseguia ver sozinho e isso foi muito importante para mim. Não tenho mais dúvidas Liz... — Liz sorri e as lágrimas escorrem por sua face — independente do resultado do exame esse bebê é meu filho. — Ela o agarra pelo pescoço. Abraçando-o e ele a aperta pela cintura — Meu pequeno milagrinho. Meu filho, Liz! Meu! No
Entrou no closet e pegou um de seus conjuntos de corrida. Vestiu a cueca, as roupas e calçou o tênis. Passou seu desodorante. E pegou um lencinho de tecido. Saiu para correr, trancando a porta. Sua sogra vinha caminhando pelo imenso corredor e ao lhe ver trancando o quarto, fez uma expressão de questionamento.— Bom dia sogra. — Ela sorriu.— Bom dia! Como está a Liz? — perguntou.— Dormindo como um anjo. — Ela riu. — Eu sempre tranco a porta por medida de segurança. Mas ela tem uma cópia. Eu estou indo correr, a Iola daqui a pouco chega aqui. Já conhece a casa, fique à vontade.— Eu posso ficar com a Liz? Não vou acordá-la. Só quero ver minha filha enquanto ela dorme. — Ele pensa. Liz estava nua e havia coisas deles espalhadas pelo quarto, em um claro sinal de que haviam transado. O se
— Helena você estava em minha sala acessando o computador da minha assistente e noiva e mexendo em arquivos pessoais. Perdi a confiança em você. Isso não faz parte de sua atribuição. Já chega para mim! Vá até sua mesa e junte suas coisas agora mesmo, a Paolla irá lhe acompanhar até lá, para que assine os papéis da sua nova atribuição na empresa. Serei gentil com você não diminuindo seu salário, mas não cabe mais você aqui na minha sala.— Só conferi os e-mails para ver se não estava faltando nada em sua agenda, visto que sua assistente vem menos aqui do que tudo. — Responde.— Ela não precisa estar aqui para fazer o trabalho dela. Você não é paga para controlar a vida da Eliza. Não se meta mais onde não é chamada. Que apren
Alheia a tudo que estava acontecendo com William e a Firenze naquele dia, Liz passou a manhã na floricultura com a mãe. Ligou para os fornecedores de flores, papéis e cestas, fez pedidos e aos poucos foi ensinando como tudo funcionava por ali. Chamou Flávia e apresentou ela à sua mãe, contando um pouco da história da mulher que engravidou de um turista, a quem nunca mais soube notícia. E elas acabaram se tornando amigas, por conta da similaridade de suas histórias como mães-solteiras.Flávia já sabia muito sobre o serviço da Floricultura, então seria a aquisição perfeita para ajudar a mãe com a lida do negócio. Além de tudo, ela precisava do emprego. Criava o filho sozinha e com poucos recursos. Juntas, elas lavaram a loja, limparam prateleiras, faxinaram tudo com o rigor necessário, gastando com isso mais da metade do dia,