O vento começa a ficar cada vez mais frio, o fazendo sentir a necessidade de voltar para o cômodo. Ele fecha a porta de vidro que dá acesso à varanda, fecha as cortinas com o controle remoto e se deita na cama. Ao lado, na mesinha de cabeceira, está o celular dele. O pega e sente uma vontade imensa de conversar com Liz. De certo modo, falar com ela supre a sua necessidade de vê-la.
Então ele nota que já passou há muito tempo da meia-noite e que ela já devia estar dormindo, visto que no dia seguinte teria que acordar bem cedo para organizar o hotel que iria receber os importantes hóspedes. Sendo assim, desistiu.
Ainda não seria dessa vez que William conheceria Ching, pois este tinha compromissos e não podia vir, mas o irmão dele e alguns dos membros mais importantes da empresa estariam presentes.
Uehara, e Xi Yangzhou eram os d
— Esperamos que os senhores gostem da hospedagem e se houver algo que os incomode, não se sintam envergonhados em nos dizer. — Eliza reproduz os dizeres de Antônio e o japonês o responde fazendo Eliza ouvir e repassar para Antônio.— Tenho certeza de que vamos adorar. Estamos ansiosos pelo evento de amanhã e queremos muito saber sobre a palestra que William preparou para nós. — Antônio sorri e Carolina também. Eles se despedem de Liz e dos homens e voltam para a empresa, deixando Juvenal com a Mercedes Vito e indo embora com o sedan.Os japoneses avisam a Eliza que querem ir para seus quartos dormir e tomarem banho e combinam de às 15h ela vir buscá-los para levá-los na Vila, conforme combinado no carro. A garota sorri agradecida e os leva pessoalmente às suas acomodações. Ela os informa do almoço e eles
— Não é nada senhor. A futura noiva do senhor Firenze está questionando o que tenho conversado com os Japoneses e disse que tudo que eu dissesse deveria passar pelo aval dela. E eu apenas respondi que o Sr. William me deixou livre para lidar com nossos visitantes. E que qualquer coisa, ela questionasse a ele, estou errada? — Antônio sorri.— Não, Eliza — ele se volta para Helena. — De onde saiu essa sua história de noivado, Helena? Desde quando você é a futura noiva de William? Que eu saiba não existe nada entre vocês. — Antônio se corrói por dentro. Se estivesse a sós com a prima, poderia recriminá-la por estar estragando ou complicando o plano de William e expondo algo extremamente confidencial.Com a fala dele, agora é Eliza a sorrir para ela, mas por dentro Liz sente vontade de chorar.
William faz um sinal positivo com a cabeça e passa a língua pelos lábios em um de seus sinais de irritação, fazendo Liz desviar os olhos daquele gesto extremamente sedutor. Ele sabe que ela não gosta de Maurício, pois Luciano lhe disse, mas queria que ela dissesse isso para ele e não ouvir que ela pode dar uma chance ao loiro.— Eu preciso te explicar algo sobre o meu noivado.— Eu não quero saber. Sr. Firenze, eu tenho menos de sete dias em sua empresa, não sei por que e nem como isso chegou nesse ponto em que estamos agora, mas o senhor não me deve nenhuma explicação. Estava certo em não me contar sobre seu noivado. Eu sinceramente não estou conseguindo entender o que está acontecendo aqui, o porquê de estarmos sequer discutindo, ou muito menos o que fez o senhor se desprender de sua mansão
— Como vai primo? Que cara é essa? Está triste? — Antônio pergunta e faz Eliza voltar a olhar William.— Não primo. Só bastante cansado. Demorei muito para dormir essa noite! Fora que foi uma semana bastante corrida. — Justifica-se e o primo assente, concordando com ele.— Realmente. — Depois se vira para os japoneses — Como passaram a noite? Foi complicado dormir com a diferença de fuso?Liz traduz, os japoneses riem e se dividem nas opiniões. Uehara e Tsa dizem que dormiram rapidamente, que estavam cansados o bastante. Mas XiYang e Jiangxi disseram que estão com sono agora e que não pregaram os olhos.Antônio sorri para os japoneses, mas volta a olhar Eliza. Ele está completamente encantado pela beleza da jovem menina e por seu par de olhos azuis. Ele não consegue disfar&ccedi
A noite começa e ela avista um homem dando as boas-vindas e faz a tradução.Boa noite senhoras e senhores,É com imenso prazer que recebo vocês esta noite aqui, no dia que seria o aniversário do descobridor desta ilha tão linda, chamada Ilha das Rosas. Hoje, é o dia que celebra o nascimento de Manoel Firenze, o homem que não só descobriu este lugar fantástico, como a transformou em uma cidadezinha totalmente projetada e fundou o primeiro hotel da rede Firenze, dando início a esse legado que o seu bisneto alavancou para um novo nível, há dez anos.Fiquem com ele, o presidente das Rede Firenze de Hotéis e Resorts, William Firenze.Até mesmo traduzir e interpretar isso causa um calafrio na barriga de Liz. Apenas pronunciar o nome dele lhe desestabiliza.William surg
Ela fica assustada com aquilo tudo e sem entender nada, William estende a mão para ela a chamando. Liz franze o cenho e vai andando devagar em direção a ele. William tem seus olhos fixos em Liz e um sorriso diferente em seus lábios. Liz enxerga os japoneses vibrando na plateia, sorrindo como nunca e acenando para ela. Ela acena de volta sem saber nada do que está acontecendo. Só quando fica de frente a William, ela fala, fingindo que está sorrindo— O que está acontecendo? Eu perdi o sinal do áudio.William sorri de volta e com os olhos embebidos n' água, responde: — Liz, você acaba de se tornar a minha noiva. Não tenho como lhe explicar nada agora, apenas sorria e me deixe fazer o que preciso fazer.— O quê? — ela olha para todas aquelas pessoas aplaudindo-a de pé, ou melhor, a eles. Dona Carmem entra com um sorriso imenso e o buquê
— Eu já fiz isso. — Luciano entrega. — Me desculpe Eliza, mas na sexta-feira eu resolvi colocá-la na competição mesmo sem você saber. Ai, eu sei que sou um monstro por isso, mas é que... Bem... Não importa agora, já está feito. Vou te enviar o contrato para você saber todas as coisas necessárias. — Eliza fica até tonta com tanta informação maluca.— Que número escolheu primo? — Antônio pergunta.— Eu escolhi o número 15. — Carolina e Luciano se olham assustados.— O que foi? Quem era o número quinze? — Antônio pergunta.— Helena. — Luciano responde, estranhando a coincidência. Antônio respira fundo.William encara Eliza e ela fica desconcertada frente a eles, imagi
— Então Iza, eu me lembro de você me dizer que à meia noite olhava o céu, quando toda a cidade dormia. E aqui está, uma visão enorme de um céu estrelado. — Ela olha para ele admirada por ele ainda se lembrar de suas palavras e recorda de como ela desejou esse momento.— Então era mesmo você. Como você sabe quem eu sou? — pergunta.— Eu me lembrei de sua casa. — Ele mente.— Faz quanto tempo isso? Digo, que descobriu minha identidade?— Desde o dia do anel. Você saiu da minha casa daquele jeito, abalada e acabei fazendo a junção das informações, resultando na descoberta sobre você ser a garota do baile. — Diz. — Eu tenho uma pergunta para te fazer.— O que é?— Por que um tapa?