O caminho que eu segui foi direto para Resende. Era tarde da noite, mas ali do morro, deveria dar umas 2h no máximo e sem trânsito do dia menos tempo ainda. Peguei meu carro e acelerei, eu precisava encontrar minha mulher, eu precisava falar para ela que tudo tinha acabado, que estava tudo bem. Que não tinha mais ninguém atrás da gente. O tempo nunca passou tão devagar e a necessidade que eu tinha dela crescia inversamente proporcional, muito rápido. Eu não liguei, não mandei mensagem, nada. Eu só fui para o endereço que ela tinha dito e esperava encontrar ela ali. Ela estava andando do lado de fora da casa do sítio. Avistei ela de longe. Apaguei os faróis do carro e entrei pela cerca. Interior é assim mesmo, são as cercas de arame farpado que protegem as casas e os sítios. Quando ela me viu, veio correndo na minha direção tão rápida e com tanta vontade que me derrubou no chão, mas eu pouco liguei. Eu só queria sentir minha mulher por inteiro. Seu sabor, seu cheiro, sua quentura.
Leandro Alguns dias depois da porra toda, aliás, da loucura toda. . .Cheguei na casa do Thierry, cumprimentei a Cecilia e sai a procura do Thierry deixando-a conversando com a Amélia, me dirigi para o escritório dele. Ele estava lá, concentradíssimo vendo alguma coisa no computador que nem me viu chegar. Leandro: fala meu parceiro, tudo bem por aqui? - ele deu um pulo como se tivesse tomado um susto de tão concentrado que estava. Thierry: fala Leandro, como estão as coisas? - ele desviou os olhos do computador por um instante para me cumprimentar e voltou para a sua atenção para a tela do computador. Leandro: bem pô, você sumiu, o que houve? Nem nos encontramos depois da invasão... - é invasão, agora consegui ganhar sua atenção, com essa palavrinha que agora parece ser mágica. Ele encostou na cadeira, jogando o corpo para trás, coçou sua testa e com um sorriso de canto de boca, começou a contar com bastante orgulho. Thierry: pô mano, a invasão foi foda. Nem acredito em tudo o
Thierry e Cecília Eu acordei mais cedo, para caminhar naquela praia particular e para pensar um pouco também, sobre a minha vida, as minhas escolhas tudo As palavras do meu amigo vieram ao meu encontro e depois, as da Cecília, confirmando absolutamente tudo o que o Leandro Os meus pés fincavam na areia, eu sentia a maciez nos meus pésA Letícia apareceu nas minhas lembranças e a Gisele, depois, é claro, a minha Cecília, ali, na calma, eu vi que tudo valeu a pena. Todo o meu caminho, o meu sofrimento, tudo me trouxeram para esse exato momento e eu não me arrependo de nadaO dia começava a clarear, daquele jeitinho gostoso sabe, típico de praia. Fui voltando para o lugar onde nós tínhamos alugado para passar alguns dias, descansar um pouco e curtir ainda mais a gente e vi a Cecília ao longe, vindo ao meu e encontroCecília- Eu senti um vazio do seu lado da cama e imaginei que você tivesse mesmo caminhando aquiThierry - Eu só queria respirar o ar da manhãCecília - Você queria pensar
ThierryThierry...este é meu nome de guerra. Há 3 anos ocupo o cargo de delegado da polícia civil aqui na cidade do Rio de Janeiro e cara, como é um serviço exaustivo, mas que completa cem por cento toda a minha vidaTenho 1,84 de altura e 100 quilos muito bem distribuídos em meus músculos, não me gabando não, aqui, exercício físico, principalmente a musculação e resistência, é requisito se quer se tornar o melhor, meter medo na negada e sair sempre por cima das mais inusitadas situaçõesComo todos os outros delegados, cumpro meu serviço no setor administrativo, analisando papeladas, fazendo investigações e arrumando as cagadas que esses malditos estagiários insistem em cometer, mesmo eu ensinando um milhão de vezes, é de cagar mesmoFalando nisso, justo hoje, quando o filha da puta do juiz Andrade veio me exigir respostas sobre um caso extremamente importante, vou ter que parar para receber na nova estagiária, o nome dela é Mayara, se eu não me engano ou Letícia ou Cecília, sei lá, n
Alerta de gatilho - Neste capítulo há uma descrição de tentativa de estupro!A minha vida estava virada de cabeça para baixo, minha mãe se acabando no desespero com a descoberta de uma traição do meu pai e com o pedido de separação vinda da parte delePor conta disso eu tinha que ficar ouvindo todas as lamentações e os falatórios sobre ela ter se arrependido de ter ficado com ele ao invés do Augusto, o cabo do exército que ela teve que deixar quando a família dela descobriu que a bichinha tinha perdido a virgindade com o José, vulgo meu paiFora que as contas de casa já estavam pra lá de atrasada, as faxinas que ela fazia quase não apareciam mais e o nervosismo chegando à flor da peleMeu nome é Cecília Santos e eu tinha sorte de ser bolsista no curso de Direito em umas das melhores universidades do Rio de Janeiro e mais sorte ainda de ter conseguido um indicação de estágio extra curricular, remunerado, em uma delegacia de políciaEra o meu primeiro dia, eu não estava preocupada em co
CecíliaJá na frente do delegado, um cara que de alguma forma tinha conseguido chamar a atenção de Deus antes de vir dar o ar da graça aqui no planeta Terra, gostoso ao extremo, eu não tive reação, eu simplesmente o olhava de cima a baixo com a porra da mente enfiada na casa do caráleo porque nem conseguia me concentrar no que eu estava fazendo aliMesmo na minha insegurança, com as minhas memórias à flor da pele, porque mesmo eu tentando tacar tudo aquilo pro fundo da minha mente, eu ainda conseguia lembrar do Marco e dos amigos deles, as vezes achava até que conseguia sentir os toques dos únicos meninos que realmente me causaram ascoSó que com ele era diferente, pode ser até que seja por causa da fama dele, pelo o que ele representa ali naquela delegacia, eu sentia segurança, me capaz de esquecer um pouco dos meus problemas e me perder dentro da minha imaginação e ali bebê, eu não tentava me segurar, era meu jeito de extravasarIncrível não é? Quando a gente se vê numa situação des
CecíliaO primeiro dia tinha sido bastante confuso para mim, não só por causa de tudo o que eu vi, as pessoas novas que conheci e olha que ali, naquela delegacia, tinha muita e muita gente, tanto homem como mulher, desde perito, a escrivão até recepcionista e estagiários, mas também porque eu ainda não estava familiarizada com toda a rotina e por conta disso, me senti uma verdadeira inútilO delegado Thierry nem pra me pedir um simples café, solicitou a minha presença e olha que o que eu mais queria era que ele me pedisse alguma coisa, mas não, ele ficou o tempo todo fechado dentro de sua sala, só recebendo as pessoas que eram subordinadas a ele, no caso, aquelas que tinham assuntos mais que urgentes para tratar com ele e mais nada, nem na hora de ir embora eu consegui me despedirFui direto para a universidade. Eu até que achei que daria tempo de voltar pra casa e tomar aquele banho "revigora" e só depois me colocar a disposição da lata de sardinha que eu chamo de ônibus, no horário
ThierryEu recebi a estagiária naquele dia, e por mais que eu quisesse tirar dos meus pensamentos que eu nunca tinha visto uma mulher tão perfeita, os meus pensamentos ia e voltavam no corpo daquela pequenaAlém disso, eu nunca tinha tido qualquer tipo de sentimento com uma estagiária, nem por qualquer funcionário que trabalhasse comigo, eu achava aquilo uma tremenda falta de ética e meus princípios não me deixavam passar através dessa linha. Só que aquela menina estava me causando coisas inexplicáveis e, na minha mente, eu já sabia que o problema estava mais que pronto e a caminhoPelo menos naquele dia eu tinha um motivo para enfiar a minha cabeça no serviço e não dar margem pra outro tipo de pensamento que não fosse aquele. O caso que tinha chegado até mim era revoltante, uma menina de nove anos, simplesmente tinha desaparecido depois que falou para a mãe que estava sendo violentada pelo próprio pai. Aquele homem nem deveria ser chamado assim pela sociedade, aonde já se viu, o cara