ImperadorNão, eu não fui para o Vidigal, seria muita ousadia da minha parte, deixei quem comanda, comandar, e só aguardei a minha parte chegarEu ouvi no rádio a movimentação começando e foi nesse momento que o Montanha chegou na minha humilde residência, aquela mais simples, na parte mais afastada da cidade rodeada de mato. Geral sabia o que acontecia ali, ou pelo menos desconfiava, só não saia falando pra Raimundo e todo mundoMontanha – E ae fiote, Imperador – Sério, eu sempre fiquei pensando de onde saiu esse fiote?Montanha – E do que interessa de onde saiu moleque? Eu heinImperador – Nada não, só queria puxar assunto mesmoO cara não da um sorriso, me aparece tomando todo o espaço da casa e não digo só por conta do tamanho não, é a coisa da presença mesmo, daí, depois de uma perguntinha inocente, me responde como se eu fosse o louco, acha mesmo que eu ia peitar? Jamais, se ele quiser que seja louco, eu vou ser o melhor loucoA gente estava esperando o Jhony, o dono do Vidigal
GiseleNaquele dia que eu fui conversar com o Imperador, ele me propôs que eu deixasse o Rafael acreditar que eu estava do seu lado, que eu lhe daria abrigo, sem problema nenhum.No mesmo tempo que eu vi a oportunidade de acabar de vez com os fantasmas que me assombrava, ali, na minha mente, me lembrando o quanto eu tive dedo pobre na minha vida, eu também, novamente me vi tendo que ceder, ser submissa, de certa forma, para conseguir pegar o homemÉ estranho, mas eu sabia o que isso iria me custar. Durou pouco tempo sabe, entre a visão daquele garoto amigo do Rafael, fitando o meu lindo salão que o cuzao teve a pachorra de chamar de espelunca até o finalmente mesmoNesse ínterim, eu tive que ceder ainda mais do que eu gostaria, muito mais. Fora beijos, transas e mais transas e mais beijos, cedendo as loucuras do Rafael na cama, enchendo ainda mais o meu pote de desprezo e de raiva por aquele desgraçado. A cada toque que ele ousava me dar, a casa beijo molhado, eu sentia mais nojo, m
Do nada, me aparece uma santa alma e me tele transportou para o morro dos macacos, onde eu encontro ali, todo na disposição para foder com a vida de Raimundo e todo mundo, o Imperador, o Montanha, um carinha lá que eu nunca vi mais magro, a mando da facção, e põe telefone, o chefe da porra todaA Santa alma é o Jhony, mas como um anjo do mal, me trouxe, junto com os três cuzões, o Andrade, o Prates e o Marcondes, pra contemplar toda a beleza de uma morte bem matadaThierry – Nossa, vocês foram certeiros aqui no meio queixo heinEu me lembrei dos socos que levei quando aquele cuzão do Prates ainda achava que estava com o poder nas mãosChefe da Facção - bora que eu não estou com tempo não, vamos acabar logo com issoEles estavam amarrados a uma cadeira, já inchados. O Marcondes sem os dois dentes da frente e o Andrade, com o olho esquerdo roxo, só o Prates mesmo que malemá estava com o super cílio rasgadoNesse momento, um menor entra arrastando o corpo mole do Rafael pelo chão. O ga
O caminho que eu segui foi direto para Resende. Era tarde da noite, mas ali do morro, deveria dar umas 2h no máximo e sem trânsito do dia menos tempo ainda. Peguei meu carro e acelerei, eu precisava encontrar minha mulher, eu precisava falar para ela que tudo tinha acabado, que estava tudo bem. Que não tinha mais ninguém atrás da gente. O tempo nunca passou tão devagar e a necessidade que eu tinha dela crescia inversamente proporcional, muito rápido. Eu não liguei, não mandei mensagem, nada. Eu só fui para o endereço que ela tinha dito e esperava encontrar ela ali. Ela estava andando do lado de fora da casa do sítio. Avistei ela de longe. Apaguei os faróis do carro e entrei pela cerca. Interior é assim mesmo, são as cercas de arame farpado que protegem as casas e os sítios. Quando ela me viu, veio correndo na minha direção tão rápida e com tanta vontade que me derrubou no chão, mas eu pouco liguei. Eu só queria sentir minha mulher por inteiro. Seu sabor, seu cheiro, sua quentura.
Leandro Alguns dias depois da porra toda, aliás, da loucura toda. . .Cheguei na casa do Thierry, cumprimentei a Cecilia e sai a procura do Thierry deixando-a conversando com a Amélia, me dirigi para o escritório dele. Ele estava lá, concentradíssimo vendo alguma coisa no computador que nem me viu chegar. Leandro: fala meu parceiro, tudo bem por aqui? - ele deu um pulo como se tivesse tomado um susto de tão concentrado que estava. Thierry: fala Leandro, como estão as coisas? - ele desviou os olhos do computador por um instante para me cumprimentar e voltou para a sua atenção para a tela do computador. Leandro: bem pô, você sumiu, o que houve? Nem nos encontramos depois da invasão... - é invasão, agora consegui ganhar sua atenção, com essa palavrinha que agora parece ser mágica. Ele encostou na cadeira, jogando o corpo para trás, coçou sua testa e com um sorriso de canto de boca, começou a contar com bastante orgulho. Thierry: pô mano, a invasão foi foda. Nem acredito em tudo o
Thierry e Cecília Eu acordei mais cedo, para caminhar naquela praia particular e para pensar um pouco também, sobre a minha vida, as minhas escolhas tudo As palavras do meu amigo vieram ao meu encontro e depois, as da Cecília, confirmando absolutamente tudo o que o Leandro Os meus pés fincavam na areia, eu sentia a maciez nos meus pésA Letícia apareceu nas minhas lembranças e a Gisele, depois, é claro, a minha Cecília, ali, na calma, eu vi que tudo valeu a pena. Todo o meu caminho, o meu sofrimento, tudo me trouxeram para esse exato momento e eu não me arrependo de nadaO dia começava a clarear, daquele jeitinho gostoso sabe, típico de praia. Fui voltando para o lugar onde nós tínhamos alugado para passar alguns dias, descansar um pouco e curtir ainda mais a gente e vi a Cecília ao longe, vindo ao meu e encontroCecília- Eu senti um vazio do seu lado da cama e imaginei que você tivesse mesmo caminhando aquiThierry - Eu só queria respirar o ar da manhãCecília - Você queria pensar
ThierryThierry...este é meu nome de guerra. Há 3 anos ocupo o cargo de delegado da polícia civil aqui na cidade do Rio de Janeiro e cara, como é um serviço exaustivo, mas que completa cem por cento toda a minha vidaTenho 1,84 de altura e 100 quilos muito bem distribuídos em meus músculos, não me gabando não, aqui, exercício físico, principalmente a musculação e resistência, é requisito se quer se tornar o melhor, meter medo na negada e sair sempre por cima das mais inusitadas situaçõesComo todos os outros delegados, cumpro meu serviço no setor administrativo, analisando papeladas, fazendo investigações e arrumando as cagadas que esses malditos estagiários insistem em cometer, mesmo eu ensinando um milhão de vezes, é de cagar mesmoFalando nisso, justo hoje, quando o filha da puta do juiz Andrade veio me exigir respostas sobre um caso extremamente importante, vou ter que parar para receber na nova estagiária, o nome dela é Mayara, se eu não me engano ou Letícia ou Cecília, sei lá, n
Alerta de gatilho - Neste capítulo há uma descrição de tentativa de estupro!A minha vida estava virada de cabeça para baixo, minha mãe se acabando no desespero com a descoberta de uma traição do meu pai e com o pedido de separação vinda da parte delePor conta disso eu tinha que ficar ouvindo todas as lamentações e os falatórios sobre ela ter se arrependido de ter ficado com ele ao invés do Augusto, o cabo do exército que ela teve que deixar quando a família dela descobriu que a bichinha tinha perdido a virgindade com o José, vulgo meu paiFora que as contas de casa já estavam pra lá de atrasada, as faxinas que ela fazia quase não apareciam mais e o nervosismo chegando à flor da peleMeu nome é Cecília Santos e eu tinha sorte de ser bolsista no curso de Direito em umas das melhores universidades do Rio de Janeiro e mais sorte ainda de ter conseguido um indicação de estágio extra curricular, remunerado, em uma delegacia de políciaEra o meu primeiro dia, eu não estava preocupada em co