Cap 2

Alerta de gatilho - Neste capítulo há uma descrição de tentativa de estupro!

A minha vida estava virada de cabeça para baixo, minha mãe se acabando no desespero com a descoberta de uma traição do meu pai e com o pedido de separação vinda da parte dele

Por conta disso eu tinha que ficar ouvindo todas as lamentações e os falatórios sobre ela ter se arrependido de ter ficado com ele ao invés do Augusto, o cabo do exército que ela teve que deixar quando a família dela descobriu que a bichinha tinha perdido a virgindade com o José, vulgo meu pai

Fora que as contas de casa já estavam pra lá de atrasada, as faxinas que ela fazia quase não apareciam mais e o nervosismo chegando à flor da pele

Meu nome é Cecília Santos e eu tinha sorte de ser bolsista no curso de Direito em umas das melhores universidades do Rio de Janeiro e mais sorte ainda de ter conseguido um indicação de estágio extra curricular, remunerado, em uma delegacia de polícia

Era o meu primeiro dia, eu não estava preocupada em conseguir fazer o que o meu superior me designasse, eu sabia que era capaz de fazer qualquer coisa, não porque me intitulava melhor do que todo mundo, jamais, mas porque, pelas circunstâncias da vida, aprendi a ser determinada, objetiva, obstinada, aprendi que todos somos inteligentes, mas o que diferencia uma pessoa de sucesso de uma pessoa que não conseguiu alcançar seus planos de vida é simplesmente o esforço que cada um decide dispor para percorrer o caminho

Então, eu sabia que conseguiria e mesmo assim, estava com um frio na barriga que não conseguia controlar. É uma delegacia de polícia, aliás, não era qualquer uma, é a delegacia de polícia referência do Distrito e que tem como delegado o doutor... Um jovem delegado, obstinado, determinado e, como dizem por aí, incorruptível

Eu estava com receio de ter que permanecer uma um local aonde sabia que ia ter vários e vários homens com fama de pegador e que não iam perder a oportunidade de “atacar” a novata

Chamar a atenção para mim sempre foi um grande problema, eu sei bem o motivo, mas não gosto de lembrar, a vida nem sempre é justa com a gente, mas fazer o quê

Flashback on

Marco - Não precisa ter medo não boneca, a gente só vai encontrar meus amigos

Cecília - Mas você disse que era um encontro só nosso, pra gente se conhecer melhor

Marco - A gente vai se conhecer melhor, não precisa ter dúvidas disso

Pensa numa menina medrosa nos seu auge da juventude, belíssimos quinze anos de idade e loucamente apaixonada pelo seu primeiro peguete. Nossa, eu achava que aquilo era amor verdadeiro, louco e verdadeiro e estava pronto pra fazer o que ele me pedisse

Só que não aquilo, não na frente dos seus amigos e muito menos pra eles, eu queria ser só do Marco, dele e de mais ninguém

A casa estava quase vazia, só dava pra escutar mesmo as vozes dos três amigos do menino que eu achava que amava, todos com a mesma idade, 17 anos, se aventurando na bebida quente

Felipe - Nossa Marco, a sua mina é uma delicinha hein

O problema não o que ele tinha falado, mas o jeito e também a mão dele passando maliciosamente no meu braço

Minha primeira reação foi me retrair toda, minha mente já estava me avisando que eu tinha que dar um jeito de sair dali

Cecília - Vamos embora Marco, eu não estou mais a fim de ficar aqui

Alan - Que isso gata, a gente nem conversou direito...bebe uma bebida docinha aqui pra te deixar mais s vontade

Cecília - Eu não quero tomar nada, o que eu quero mesmo e voltar pra minha casa, por favor Marco, me leva embora

Marco - Desculpa boneca, mas não vai dar não...

Cecília - E por quê não?

Anderson - Porque a gente quer te conhecer melhor gatinha

Eu já tinha percebido, ainda mais com aquela aproximação toda, parecia que eu era só um cordeirinho no meio de uma alcateia de lobos. Eu estava perdida, com medo, não sabia o que fazer e o Marco só ficava do lado dos seus amigos, fazendo exatamente a mesma coisa que eles e permitindo aquela situação toda

Eu senti todas aquelas mãos, senti aqueles beijos nojentos percorrendo o meu corpo, também senti aquelas mãos me tocando forte, só pra me impedir de sair de lá, da minha boca sendo tapada pelo meu próprio namorado, eu senti...

Só que também senti, bem do meu lado, enquanto eu lutava para me soltar daquilo, um cabo de vassoura escorado na parede

Senti minha força vindo na nada quando decidi pegar aquilo e socar nas costas de Alan e depois do Felipe...sorte minha que os outros meninos foram pegos no susto e ao invés de revidar ficaram todos com caras de bocós

Graças a Deus que meus pés não se assustaram com aquilo e me ajudaram nas passadas

Só que a minha mente tinha guardado cada detalhe, cada toque, aquelas mordidas de luxúria que os meninos achavam excitantes enquanto eu só sentia o vômito ser preparado no meu estômago. Ela guardado, principalmente quando o Anderson conseguiu colocar os seus dedos na minha boceta, quando o Alan abocanhou o meu seio e o Felipe quis colocar o seu pau dentro de mim

Que sorte aquele pedaço de madeira estar bem do meu lado

Flashback off

Esse era uma dos motivos da minha ansiedade, pelo o que meu professor disse, a delegacia é um lugar aonde eu não vou poder com minhas roupas largas, femininas e muito confortáveis, mas largas. Não, lá eu tenho que ir com roupas que moldam mais o meu corpo, sociais, que me valorizam, não me perguntem o motivo, mas é isso

O pior de tudo é que já tenho algumas coisas avantajadas...os meus seios, a minha bunda, a minha coxa e tudo fica ainda mais chamativo por causa da minha cintura fina, acho que é coisa de família. Minha pele é branca, mas não aquela coisa transparente sabe, branca com queimadinho de sol do Rio e meus cabelos são ondulados, até o meio das minhas costas, castanhos claros, assim como os meus olhos

Eu tive muita sorte, pra caramba porque numa classe de quarenta e cinco alunos, somente eu fui indicada e pelo professor mais crica da universidade, então tenho que fazer bonito, dar o melhor de mim e fazer o nome da faculdade crescer ainda mais

Foi no dia seguinte ao anúncio de que eu tinha conseguido a vaga começou, como era algo meio que urgente, comecei de imediato. Lógico que não reclamei, a gente precisava de dinheiro e eu ia conseguir um bom salário fazendo o que eu gostava

Me apresentei as oito da manhã em ponto, depois de ter feito a maior correria, pegados dois ônibus e andado um bom pedaço a pé, mas eu consegui, vestida com meu salto e de um terninho de cor preta, com meu paletó cobrindo minha blusa branca

Eu nem entendi o motivo de ter que vestir daquele jeito sendo que morava na cidade do Rio de Janeiro e esperava, uma vez ou outra, poder participar ativamente das operações

Como que alguém não podia pensar que se vestir de uma forma mais informar também pode deixar uma mulher extremamente elegante, é só saber se vestir

Me apresentei na recepção e a mocinha, mais que simpática, de nome Amanda, me levou par a sala do delegado responsável pelo lugar

Eu tinha ideia do que ia encontrar ou pelo menos achava que tinha porque quando olhei o homem a quem eu deveria me reportar vindo na linha direção, com uma calça jeans surrada, uma camisa branca perfeitamente alinhada, num traje esporte chique, eu simplesmente perdi a noção da realidade, taquei um foda-se nos meus princípios e me lembrei de que uma mulher pode sim sentir um desejo incontrolável por um homem

É, eu ia ter que fazer o esforço da vida para simplesmente fazer o meu trabalho e nada mais, aquele que não incluía cobiçar o meu superior e nem desejar que o pau dele entrasse devagarinho na minha boceta molhada me arrancando delírios e gemidos

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo