Cecília
O primeiro dia tinha sido bastante confuso para mim, não só por causa de tudo o que eu vi, as pessoas novas que conheci e olha que ali, naquela delegacia, tinha muita e muita gente, tanto homem como mulher, desde perito, a escrivão até recepcionista e estagiários, mas também porque eu ainda não estava familiarizada com toda a rotina e por conta disso, me senti uma verdadeira inútilO delegado Thierry nem pra me pedir um simples café, solicitou a minha presença e olha que o que eu mais queria era que ele me pedisse alguma coisa, mas não, ele ficou o tempo todo fechado dentro de sua sala, só recebendo as pessoas que eram subordinadas a ele, no caso, aquelas que tinham assuntos mais que urgentes para tratar com ele e mais nada, nem na hora de ir embora eu consegui me despedirFui direto para a universidade. Eu até que achei que daria tempo de voltar pra casa e tomar aquele banho "revigora" e só depois me colocar a disposição da lata de sardinha que eu chamo de ônibus, no horário de pico, pra ficar mais algumas lindas horas contemplando os assuntos relacionados ao direito, mas não, só consegui mesmo substituir minha roupa pela peça reserva que eu sempre levo na minha bolsa, o caso de uma emergência e segui pro ponto de ônibus.Direito Penal, nossa essa era a primeira aula, a única coisa que me dava um pouco de conforto era que aquele monte de códigos e prazos e penas era palestrados por ninguém menos que o doutor Leandro Machado, ou o professor que tinha me indicado o estágio. Tive até a impressão que ele deu a aula olhando só pra mim, o que me atrapalhou um bocadinho de tirar um descanso durante a aula, coisa que eu nunca fazia, nunca mesmo, por mais chata que a aula fosse, eu sempre me esforçava para dar tudo de mim, absolutamente tudo, principalmente porque não teria nem um vintém a mais para pagar uma dependência. É, nem como bolsista eu conseguia fugir desse custo, só da mensalidade normal mesmoDepois da aula a gente tinha o nosso primeiro intervalo e minha barriga já estava roncando horrores, eu não via a hora de pegar um salgado nervoso na cantina e me deliciar com aquilo, mas o professor tinha outros planos e eu só percebi quando ele me chamou de canto no término da sua aulaLeandro - Cecília, posso falar contigo um momento?Como eu ia negar um pedido desses justo do professor que estava me ajudando absurdamente, mesmo sem saberCecília - Claro professor, estou toda ouvidosLeandro - Fiquei sabendo que você começou lá na delegacia, e como foi, o Thierry foi o ogro de sempre?Cecília - Na verdade eu nem tive a oportunidade de conversar muito com o delegado professor, porque ele ficou o tempo todo trancafiado dentro da sua sala e nem pra me mandar levar um papel higiênico lá no fórum ele se dignouEu acho que era o cansaço falando por mim, eu não estava com a mínima intenção de reclamar do primeiro dia do meu estágio, e na real, nem percebi que naquele momento, era exatamente isso que eu estava fazendo, as palavras só começaram a sair da minha boca, no mesmo momento que o professor Leandro também começou a arregalar aqueles olhos azuis deleEle era lindo, não tanto quando o Thierry, mas era lindo, bem cuidado, educado, dedicado, chamava a atenção de qualquer mulher e muitas vezes fez isso comigo, mas eu sabia qual era o meu lugar e me reduzia todas as vezes que ousava sonhar com aquele professor e o meu cansaço estava começando a achar alguns defeitos nele naquele diaLeandro - Olha, eu vou ser bem sincero, o Thierry é um homem de poucas palavras e quando fala, Jesus amado, sai de perto, é cada merda que saí daquela privada que ele chama de boca que muitas vezes eu senti vergonha alheia, mas ele não liga, simplesmente não liga em falar a verdade, a qualquer hora, em qualquer lugar e se a pessoa que ele está disponibilizando toda a atenção dele para proferir sua humilhação vai ficar chateada ou não. Então eu vou te dar um conselho, faz o teu melhor, trabalha com gosto, aprenda tudo o que conseguir, porque mesmo ele tendo esta personalidade, ele é o melhor no que faz, então aproveite a oportunidade e releve muita coisa, pelo amor de Deus, e, principalmente, não se apaixone por ele, vai ser uma desilusão descomunalCecília - Isso o senhor pode ficar despreocupado, eu não estou nem um pouco a fim de cair em lábia de homem, principalmente de um que se acha melhor do que todo mundoLeandro - Sabe o que é o pior?Cecília - O que?Leandro - Ele não se acha, ele é o melhor e isso não é por pura sorte, ele simplesmente dá tudo de si para ser o melhor no que faz, acho que é até por isso que ele evita qualquer tipo de relacionamento, até mesmo com os amigos porque o circulo de amizade dele é muito pequeno, e pensando bem, eu nem conheço outros amigos dele, acho que ele prefere mesmo ficar sozinho. Agora mesmo olha aonde ele está, dentro da sua sala, sozinho, estudando um caso que está tirando o seu sono, de uma criança que foi sequestrada e o principal suspeito é o próprio pai, mas ele não tem como colocar o cara na cadeia porque não tem provas suficiente, mas ele está lá, trabalhando...dando o seu melhor"Então era por isso que ele não tinha me chamado durante todo o dia nem pra me pedir um copo de água, ele está trabalhando em um caso importante...mas bem que ele podia me chamar né, eu sou a estagiária dele poxa, estou muito a fim de aprender as coisas, nossa, seria uma grande oportunidade para mim, acho que amanhã eu vou dar uma sondada melhor, assim, como se não quisesse nada"Eu tinha essa mania, as vezes, a pessoa falava e falava comigo, mas eu conseguia me concentrar apenas em um ponto, no caso, aquele que mais me interessava e deixava o resto pro universo mesmo, ele ia saber o que fazer com aquela informação toda, com certeza iaLeandro - Mais uma coisa Cecília...não insista tá legal, ele não gosta de pessoas assim, que invadam o seu espaço. Para ele, existe uma linha imaginária que delimita os passos de cada um e por causa disso, ele não admite que ninguém invada o seu espaço, correndo o risco até de colocar em ameaça essa oportunidade de estágio que você recebeu, então, não é por mal não, mas vai por mim tá, me escuta e faça apenas o que ele te pedir para fazer, nada além dissoCecília - Pode ficar tranquilo professor, eu entendi direitinho, "não ser entrona", entendiO sorriso se formou na lateral da boca do professor e eu me lembrei o motivo de eu, por várias e várias vezes, prestar atenção na sua beleza. Ele não era simplesmente charmoso, ele era educado, preocupado com os seus alunos, com o seu bem estar. Não era a obrigação dele vir até mim e me dizer tudo aquilo, mas ele fez questão, não sei se por mim ou por causa do delegado, por conta da amizade deles, mas fez, e eu estava muito grata por aquiloAgora era só tentar acalmar meus ânimos, descansar um pouco, imaginar o delegado como o quasímodo, todo catarrento, e pronto, finalizar o meu estágio com maestriaThierryEu recebi a estagiária naquele dia, e por mais que eu quisesse tirar dos meus pensamentos que eu nunca tinha visto uma mulher tão perfeita, os meus pensamentos ia e voltavam no corpo daquela pequenaAlém disso, eu nunca tinha tido qualquer tipo de sentimento com uma estagiária, nem por qualquer funcionário que trabalhasse comigo, eu achava aquilo uma tremenda falta de ética e meus princípios não me deixavam passar através dessa linha. Só que aquela menina estava me causando coisas inexplicáveis e, na minha mente, eu já sabia que o problema estava mais que pronto e a caminhoPelo menos naquele dia eu tinha um motivo para enfiar a minha cabeça no serviço e não dar margem pra outro tipo de pensamento que não fosse aquele. O caso que tinha chegado até mim era revoltante, uma menina de nove anos, simplesmente tinha desaparecido depois que falou para a mãe que estava sendo violentada pelo próprio pai. Aquele homem nem deveria ser chamado assim pela sociedade, aonde já se viu, o cara
CecíliaEu fiquei com aquilo na cabeça, o que o professor me disse sobre o delegado Thierry, sobre o caso daquela criança sabeEu acabei me pegando no pensamento de que pelo menos a mãe deu muito mais crédito à menina do que ao esposoChega a ser estranho falar assim, mas, para muitas mulheres, tem pau que é insubstituível, é muito melhor virar as costas para um ser que foi feito gerado dentro da própria barriga do que dá um puta de um pé na bunda em um demônio que escolheu abusar do corpo daquela que deveria protegerO jeito que o professor Andrade falava sobre a dedicação do meu chefe, da disposição e paixão que ele estava colocando no caso só por se tratar de uma criança, aquilo realmente mexeu comigoEu voltei pra casa depois de ter assistido mais algumas aulas que, particularmente naquele dia, tinha sido muito chatas pra mim por conta que eu não estava conseguindo deixar de lado o meu cansaço e focar no que os professores diziamE adivinha? Passei um perrengue horrível dentro do
MariaÉ, eu estava na fossa mesmo por causa daquele filha da puta do José, mas não ia ficar assim por muito tempoA gente se casou jovem, na verdade, ele foi o meu primeiro homem, o que eu estava disposta até dar a minha própria vida, e acabei dando já que me prendi a ele no auge da minha juventudeMeu Deus, eu fui uma puta em quatro paredes, mas uma puta de verdade mesmo, com transa selvagem e gozada em tudo e qualquer lugarEu me lembro de uma vez que peguei uma livro do Kama Sutra só pra satisfazer o desejo louco do homem que eu achava que amavaVocê já tentou fazer o meia nove de pé, com o cara segurando suas pernas e você tendo que fazer malabarismo pra esquecer a ansiedade de poder dar de cara com o chão enquanto tenta dar prazer pro teu macho?Quanta loucura, eu dei a minha vida por aquele retardado e pra quê? Pra ele me trocar por uma menina que a única coisa que tem diferente de mim era a idadeMas eu já tinha me decidido, não adiantava eu ficar chorando o leite derramado, en
CecíliaJá faziam três dias que eu estava naquela vida de acordar, entrar naquele ônibus que eu chamava carinhosamente de lata de sardinha e que até já estava de tornando aconchegante o suficiente para ser a extensão da minha cama e quando não, ter que desviar dos retardados que achavam que tinham direito de ficar roçando nas meninas, chegar na delegacia em cima da hora e me afundar na leitura daqueles processos imensos que ficavam em cima da minha mesaEu tinha noção de que aquilo era só o começo da minha jornada, mas eu queria mais sabe, eu queria que ele confiasse em mim, queria que o delegado visse meu potencial e decidisse que já era hora de me ensinar um pouquinho daquilo que ele fazia de melhorFora que curtir um pouco a presença dele do meu lado, com aquele cheiro amadeirado e aquela imponência toda preenchendo o lugarEra estranho eu querer aquilo, ainda mais porque vivia me esquivando daquele tipo de genteO que ele tinha me mandado fazer era coisa era simples, na verdade, e
GiseleMeu nome é Gisele e eu sou filha da quebrada. Eu digo isso porque nasci no morro dos Macacos, aqui no Rio de Janeiro e gosto muito desse lugar1.65 de altura, nem muito baixa e nem muito alta, perfeitamente perfeita para qualquer tipo de homem. Corpo curvilíneo, definido, com seus 57 quilos lindamente distribuídos. Pele bronzeada pelo sol do grande Rio e cabelos cacheados um pouco abaixo dos ombros. Meu olhos são grandes, castanhos como meus cabelos e chamam muito a atenção, principalmente porque gosto de usá-los como arma de seduçãoHomem gosta é disso, gosta de mulher com atitude, sensual, que não tem medo de se soltar na cama e na vida, de atender desejos. Eu sou dessas, amo um negocinho diferente na hora da foda, um brinquedo que aumente o grau do meu orgasmo e que me faça dar prazer ao meu macho tambémEu gosto disso, gosto da minha vida, gosto de viver e gosto de ser chamada de minha puta pelo meu nego, o RafaelFoi por causa dele que eu cometi todas as minhas maiores lou
ThierryEu tentei me afasta, na verdade, nem tanto assim né. Aquela menina tinha me chamado a atenção, mais do que qualquer outra que já assumiu esse cargo de estagiáriaEu já estava pensando que o Leandro tinha feito de propósito, o cara encheu o currículo de uma aluna que deveria ser igual a todas as outras, de recomendações e mais recomendações, ele sabia que eu não aceitaria qualquer uma, que não deveria ser menos do que a sua melhor alunaO cara me conhecia demais, não era só a questão de nota e ele sabia, eu queria uma pessoa que fosse parecida comigo, que colocasse o dever em primeiro lugar e não corresse o risco de cair nas armadilhas do inimigo como já tinha acontecido comigoQuando eu me lembrava da porra toda, sentia uma calafrio percorrer por todo o meu corpo, como eu pude ser tão idiota? Como eu fui cair numa cilada tão mal feita quanto a que a Gisele tinha bolado pra cima de mim? Será que a foda era tão cabulosa? Será que ela era tão mais apertava do que as outras? Será
CecíliaEu estava com os olhos cansados e precisando de café pra manter eles abertos? Não, lógico que não, eu só não queria tacar o foda-se na situação e dar uma de puta na frente do delegado ThierryEu não conseguia acreditar no efeito que ele tinha sobre a minha humilde pessoinha, depois do meu antigo relacionamento, assim, o primeiro na verdade, eu não tive coragem de ter nenhum sentimento por outro homemJá até considerei mudar de time e partir pra cima da mulherada já que a minha confiança na masculinidade tinha se perdido no meio do caminho, mas também desisti quando me olhei no espelho e vi que seria muito difícil lidar com outra mulher que fosse ao menos parecida comigo, eu mal me aguentavaNa verdade, eu fiz muitas loucuras pra conseguir superar esse trauma, loucuras só eu e eu mesma sabia e mesmo assim não tinha conseguido esquecer o que aqueles garotos fizeram comigoPor quê comigo? Por quê justo comigo aquilo tinha acontecido? Por quê eles me escolheram pra guardar essa me
ThierryCara, aquilo tinha sido muito melhor do que eu tinha imaginado. A menina de inocente não tinha nada, era isso que aquele olhar cheio de tesão me diziaEu sentia que meu pau encontrava resistência enquanto estava entrando em sua boca, dava pra ver e também para sentir que ela fazia um esforço tremendo para aguentar a minha grossura e ao mesmo tempo, lutando pra conseguir aguentar ele o máximo que conseguisseO melhor de tudo era ver que meu cacete batia dentro da sua boca e forçava ela a fazer garganta profunda e a danada ainda se obrigava a fazer aquilo olhando no fundo dos meus olhosEu nunca tinha visto aquilo, nunca mesmo, as garotas nunca conseguiam fazer aquilo até o final, malemá aguentavam um pouco e depois fechavam os olhos pra ver se conseguiam aguentar um pouco maia com a força do pensamentoEu que fui inocente de pensar que a Cecília era tão inocente assim. Em alguma coisa podia até ser, mas não naquiloEu demorei pra me recuperar depois que a minha gala jorrou dent