Renata Vidal
Eu não podia deixar acontecer nada com ele, o meu salvador, não podia morrer. Quando vi aquela cena, o helicóptero explodindo ao cair no chão e Lemi sendo atacado por seu primo Aly, meu coração se desesperou.Quando Said, um dos homens de confiança do marido de Diana, nos conduziu até um esconderijo secreto no palácio, meu coração batia tão forte que eu podia quase sentir o medo ecoar em cada batida. Meu filho, agarrado ao meu pescoço, tremia de apreensão a cada estampido distante das bombas que ecoavam pelo ar. Estávamos todos apavorados, em meio a uma situação que parecia saída de um pesadelo.O corredor estreito e pouco iluminado para onde entramos apenas intensificava minha inquietação. A escuridão parecia engolir cada resquício de esperança, e o único som que eu conseguia ouvir era o pulsar frenético dos meus próprios pensamentos. No entanto, a ausência de Diana ao nosso lado foi o que mais me deixou apreensiva.Olhei ao redor, bRenata Naquela hora, não pensei em mais nada além de salvar o homem que havia me salvado, Lemi. Meu coração batia acelerado, e a adrenalina corria em minhas veias enquanto eu me aproximava dele, que estava em apuros. Ele tinha arriscado sua própria vida por mim, e eu não hesitaria em fazer o mesmo por ele.Com determinação e uma coragem infinita, eu me lancei em direção ao perigo iminente, o fogo crepitante que ameaçava engoli-lo. Lemi estava se arrastando, lutando para sair daquela confusão, e eu sabia que não havia tempo a perder. Com todas as minhas forças, segurei firmemente em suas mãos e o puxei com todas as minhas forças para fora daquela situação desesperadora.O calor era intenso, e a fumaça quase sufocante, mas eu não me permiti desistir. Lemi era importante para mim. Eu estava disposta a enfrentar qualquer obstáculo para garantir sua segurança.Enfim, conseguimos deixar o fogo para trás, e nossas roupas estavam chamuscadas. Lemi tossia muito e parecia exausto, mas seus olh
Diana RodriguesDentro da ambulância, o coração ainda disparado pelo terror que vivemos, eu me sentia mergulhada em um mar de medo e culpa. As luzes vermelhas e o som das sirenes refletiam a confusão e o caos que havia se apossado daquela cidade.Lemi estava em estado grave, lutando pela vida. Seus ferimentos eram uma consequência direta de sua bravura e altruísmo ao arriscar tudo por mim. Uma onda avassaladora de culpa inundou meu peito. Eu sentia que era eu quem deveria estar naquele lugar, lutando por minha vida, em vez de vê-lo enfrentar tal sofrimento.Enquanto Aslan segurava minha mão com força, ambos compartilhávamos o mesmo temor pela vida de seu irmão. Cada respiração era difícil, e meu coração doía pensando em como tudo tinha se desenrolado de forma tão trágica.Revivendo aqueles momentos na minha mente, eu me perguntava se poderia ter feito algo de diferente para evitar toda essa tragédia. O rosto de Lemi, corajoso e determinado, permanecia gravado em minha memória. Ele tin
Diana Rodrigues O desmaio repentino de Aslan me pegou de surpresa, e meu coração acelerou novamente, dessa vez por preocupação. Duas crianças em nossas vidas, uma jornada completamente nova e inesperada. Embora a notícia fosse motivo de alegria, tantas dúvidas e temores passaram a me assombrar.Fiquei paralisada por um instante, tentando processar tudo o que estava acontecendo. Como lidaríamos com essa nova responsabilidade? Seríamos capazes de ser bons pais? Afinal mesmo amando aquele homem com todo o meu coração no nosso casamento ainda era apenas um contrato."Diana, mesmo em um dia tão difícil, essa notícia é uma bênção maravilhosa! Parabéns!""Obrigada, Dona Sanem. É uma notícia que também nos enche de alegria, mas... estou tão assustada.""É natural se sentir assim, minha querida. A maternidade é um território desconhecido, cheio de desafios, mas também de recompensas inigualáveis. Vocês serão ótimos pais, tenho certeza disso.""Espero que sim... só não sei como lidar com tudo
Diana RodriguesEu estava sentada no banco do carro, meu coração disparado pelo medo, pois não fazia ideia de como havia acabado nessa situação, sendo conduzida por um motorista desconhecido. Meus pensamentos estavam voltados para os dois pequenos bebês que cresciam em meu ventre, cuja vida também estava em jogo.Enquanto o carro deslizava pelas ruas movimentadas, eu mantinha uma mão protetora sobre minha barriga, como se isso pudesse oferecer alguma segurança aos bebês. Minha mente relembrava o trauma que eu havia passado e o medo de que tudo pudesse se repetir era avassalador.A cada curva, tentava identificar pistas que pudessem revelar para onde estava sendo levada. A tensão aumentou quando o carro se aproximou de muros grandiosos, indicando que estávamos chegando ao destino. Os grandes portões foram abertos e a minha vontade era de me jogar daquele carro, mas como uma grávida iria fazer isso? A casa que surgia à vista não era tão imponente como o palácio, mas ainda assim exalava
Diana RodriguesMinha mente ficou turva de perplexidade ao ver o homem à minha frente, o mesmo que eu acreditava estar morto por tanto tempo. Cambaleei, mas ele veio em minha direção e me ajudou a chegar até a cadeira mais próxima."Não pensei que fosse causar um quase desmaio" ele riu "Finalmente nos encontramos, minha cara filha. Sentiu saudades?""Pai? Isso... isso não pode ser real. Eu... Eu pensei que você estivesse morto.""Bem, parece que estou bem vivo, não é?""Mas como? Por que você sumiu assim?" Eu questiono."Ah, minha querida, há tantas coisas que você não sabe. E provavelmente nem irá entender.""A minha mãe sabe que você está vivo?""A sua mãe?" Ele diz sorrindo e gesticulando: "Não, ela acha mesmo que eu morri.""E por que você nos deixou? Eu não entendo?" Ele dá a volta na mesa e senta em sua cadeira."Filha, você nunca vai entender os meus motivos, mas eu estou feliz em encontrá-la, mais feliz ainda sabendo que você se casou com um homem que tem muitas posses" ele ab
Diana RodriguesEu não podia acreditar naquilo que estava acontecendo comigo, o meu pai estava dentro do mesmo carro que eu indo para o palácio. Parecia um sonho, mas não era. De repente a minha vida se tornou um livro onde tudo pode acontecer. Como minha mãe e meu irmão reagiram a isso? A viagem até o palácio era repleta de emoções conflitantes. Meu coração estava acelerado, pois eu estava prestes a contar à minha mãe e ao meu irmão que o meu pai estava vivo. Aquele homem que, por tanto tempo, acreditamos estar morto. Eu tinha poucas lembranças dele, pois quando 'morreu' eu ainda era muito jovem, a sua morte me tirou o chão. Minha mãe nunca quis falar muito sobre o assunto, e meu irmão, Alex, parecia ter enterrado a memória do nosso pai também. Então, quando recebi a notícia de que ele estava vivo iria mudar nossa vida. Se eu pudesse, esconderia isso de todos, mas ele insiste em falar com a minha mãe e meu irmão.Ainda me lembro daquela noite, quando minha mãe recebeu uma ligação in
Diana RodriguesEnquanto meu pai narrava sua história, a sala silenciou, e o peso da revelação pairou no ar. Todos estavam atentos, assimilando o que acabamos de ouvir. A ficha ainda não havia caído completamente para mim e Alex, que olhávamos para o papai com expressões de incredulidade e choque.Eu olhei para o meu marido, Aslan, que também parecia surpreso com as revelações de seu sogro. Ele apertou a minha mão , transmitindo o seu apoio silencioso enquanto continuávamos a ouvir a história."Eu sei que é difícil de acreditar", Geraldo, meu pai continuou, sua voz carregada de arrependimento. "Eu nunca quis colocar vocês em perigo, mas eu estava preso em uma teia da qual não conseguia escapar."Alex, ainda tentando assimilar tudo, perguntou hesitante: "E o que aconteceu quando você se tornou parte da máfia colombiana?""Eu fiz coisas boas e ruins, mas tudo que eu queria era proteger vocês" as palavras de meu pai era como uma história triste "O homem a quem eu devia dinheiro era impie
Aslan Murabak Enquanto seguia para o hospital ao lado de Diana, minha mente estava repleta de incertezas e preocupações. A pergunta que pairava em minha cabeça era a mesma que atormentava a dela: o que estaria acontecendo? A situação era crítica, Berna estava inconsciente e seu estado de saúde apresentava um risco real de vida. Enquanto isso, Lemi aguardava ansiosamente pelos resultados dos exames, os quais poderiam ser cruciais para sua condição.Minha mente também divagava sobre a história da família de Diana. Seu pai estava agora acompanhando-os e tomando conta de sua mãe e irmão. Mas eu sabia que, em meio a toda essa preocupação, Diana finalmente estava livre do fardo que a assolava. Agora ela poderia se concentrar e viver com tranquilidade para ela e para os bebês.Enquanto caminhávamos em direção ao hospital, eu tentava ao máximo ser um suporte para Diana. Segurava sua mão com firmeza, transmitindo-lhe a sensação de que ela não estava sozinha nessa jornada. Eu sabia que não pod