Diana RodriguesEu estava sentada no banco do carro, meu coração disparado pelo medo, pois não fazia ideia de como havia acabado nessa situação, sendo conduzida por um motorista desconhecido. Meus pensamentos estavam voltados para os dois pequenos bebês que cresciam em meu ventre, cuja vida também estava em jogo.Enquanto o carro deslizava pelas ruas movimentadas, eu mantinha uma mão protetora sobre minha barriga, como se isso pudesse oferecer alguma segurança aos bebês. Minha mente relembrava o trauma que eu havia passado e o medo de que tudo pudesse se repetir era avassalador.A cada curva, tentava identificar pistas que pudessem revelar para onde estava sendo levada. A tensão aumentou quando o carro se aproximou de muros grandiosos, indicando que estávamos chegando ao destino. Os grandes portões foram abertos e a minha vontade era de me jogar daquele carro, mas como uma grávida iria fazer isso? A casa que surgia à vista não era tão imponente como o palácio, mas ainda assim exalava
Diana RodriguesMinha mente ficou turva de perplexidade ao ver o homem à minha frente, o mesmo que eu acreditava estar morto por tanto tempo. Cambaleei, mas ele veio em minha direção e me ajudou a chegar até a cadeira mais próxima."Não pensei que fosse causar um quase desmaio" ele riu "Finalmente nos encontramos, minha cara filha. Sentiu saudades?""Pai? Isso... isso não pode ser real. Eu... Eu pensei que você estivesse morto.""Bem, parece que estou bem vivo, não é?""Mas como? Por que você sumiu assim?" Eu questiono."Ah, minha querida, há tantas coisas que você não sabe. E provavelmente nem irá entender.""A minha mãe sabe que você está vivo?""A sua mãe?" Ele diz sorrindo e gesticulando: "Não, ela acha mesmo que eu morri.""E por que você nos deixou? Eu não entendo?" Ele dá a volta na mesa e senta em sua cadeira."Filha, você nunca vai entender os meus motivos, mas eu estou feliz em encontrá-la, mais feliz ainda sabendo que você se casou com um homem que tem muitas posses" ele ab
Diana RodriguesEu não podia acreditar naquilo que estava acontecendo comigo, o meu pai estava dentro do mesmo carro que eu indo para o palácio. Parecia um sonho, mas não era. De repente a minha vida se tornou um livro onde tudo pode acontecer. Como minha mãe e meu irmão reagiram a isso? A viagem até o palácio era repleta de emoções conflitantes. Meu coração estava acelerado, pois eu estava prestes a contar à minha mãe e ao meu irmão que o meu pai estava vivo. Aquele homem que, por tanto tempo, acreditamos estar morto. Eu tinha poucas lembranças dele, pois quando 'morreu' eu ainda era muito jovem, a sua morte me tirou o chão. Minha mãe nunca quis falar muito sobre o assunto, e meu irmão, Alex, parecia ter enterrado a memória do nosso pai também. Então, quando recebi a notícia de que ele estava vivo iria mudar nossa vida. Se eu pudesse, esconderia isso de todos, mas ele insiste em falar com a minha mãe e meu irmão.Ainda me lembro daquela noite, quando minha mãe recebeu uma ligação in
Diana RodriguesEnquanto meu pai narrava sua história, a sala silenciou, e o peso da revelação pairou no ar. Todos estavam atentos, assimilando o que acabamos de ouvir. A ficha ainda não havia caído completamente para mim e Alex, que olhávamos para o papai com expressões de incredulidade e choque.Eu olhei para o meu marido, Aslan, que também parecia surpreso com as revelações de seu sogro. Ele apertou a minha mão , transmitindo o seu apoio silencioso enquanto continuávamos a ouvir a história."Eu sei que é difícil de acreditar", Geraldo, meu pai continuou, sua voz carregada de arrependimento. "Eu nunca quis colocar vocês em perigo, mas eu estava preso em uma teia da qual não conseguia escapar."Alex, ainda tentando assimilar tudo, perguntou hesitante: "E o que aconteceu quando você se tornou parte da máfia colombiana?""Eu fiz coisas boas e ruins, mas tudo que eu queria era proteger vocês" as palavras de meu pai era como uma história triste "O homem a quem eu devia dinheiro era impie
Aslan Murabak Enquanto seguia para o hospital ao lado de Diana, minha mente estava repleta de incertezas e preocupações. A pergunta que pairava em minha cabeça era a mesma que atormentava a dela: o que estaria acontecendo? A situação era crítica, Berna estava inconsciente e seu estado de saúde apresentava um risco real de vida. Enquanto isso, Lemi aguardava ansiosamente pelos resultados dos exames, os quais poderiam ser cruciais para sua condição.Minha mente também divagava sobre a história da família de Diana. Seu pai estava agora acompanhando-os e tomando conta de sua mãe e irmão. Mas eu sabia que, em meio a toda essa preocupação, Diana finalmente estava livre do fardo que a assolava. Agora ela poderia se concentrar e viver com tranquilidade para ela e para os bebês.Enquanto caminhávamos em direção ao hospital, eu tentava ao máximo ser um suporte para Diana. Segurava sua mão com firmeza, transmitindo-lhe a sensação de que ela não estava sozinha nessa jornada. Eu sabia que não pod
Aslan MurabakAcordei ainda grogue, dormi tarde, tentando organizar alguns papéis e a situação que devia analisar, sobre meu país que estava devastado. Os ruídos lá fora pareciam que iam arrancar a porta do meu quarto. Resmungando entre dentes, eu me levantei e, ainda meio sonolento, dirigi-me à porta.Ao abrir, deparei-me com minha mãe, dona Sanem e meu pai, ambos com o semblante preocupado. Diana, acordou assustada com a movimentação e se sentou na cama, os olhos ainda pesados de sono."Mãe, o que aconteceu? Por que está tão agitada?", perguntei, ainda tentando acordar completamente.Ela entregou-me uma carta tremendo levemente. "É do Lemi. Ele não está mais no hospital. Desapareceu. Quando fui visitá-lo hoje cedo, encontrei somente esta carta."Meu coração afundou. Lemi, meu irmão, lutava contra tudo que havia acontecido com ele, na noite anterior, me disse que iria embora, mas não imaginei que fosse tão cedo e que ia deixar apenas aquela carta lacônica como explicação.Diana, com
Diana RodriguesTínhamos urgência em chegar no hospital. Mas antes de partir, decidi passar no quarto de Renata, uma das mulheres com o melhor coração que já conheci, uma amiga de longa data e que esteve ao meu lado em momentos difíceis da minha vida. Assim que chego em seu quarto, somos recebidas com sorrisos calorosos. "Diana, que surpresa maravilhosa!", exclama ela, abraçando-me com ternura. "Pensei que não fosse te ver!""Não podia deixar de me despedir. E quero agradecer por tudo que você fez por mim", digo, segurando suas mãos. Ela sorri gentilmente, mostrando um misto de felicidade e tristeza em seus olhos."Nossa amizade é algo muito especial, Diana. E eu sou muito grata por tudo que você fez por mim, por ter me tirado daquele inferno eu sempre terei uma dívida com você."Conversamos por alguns minutos, relembrando histórias engraçadas e emocionantes de nossa amizade. Em certo momento, menciono minha visita a Berna no hospital. "Renata, estou com o coração apertado por não p
Aslan Murabak Quando Berna entrou na minha frente, tomando aquele tiro que deveria ter sido meu, soube que ela realmente tinha sentimentos por mim. Eu queria ficar sozinho com ela naquele quarto do hospital, tinha medo das palavras que poderiam sair de sua boca, mas eu também não podia ignorar seu pedido por uma chance de falar comigo.Ao deixar Diana do lado de fora me deixou desconfortável, mas algo me dizia que precisava ouvir o que Berna tinha a dizer, devia isso a ela. Medo e angústia se misturavam dentro de mim, criando um turbilhão de emoções difíceis de lidar.Por mais que não quisesse admitir, sabia que tínhamos uma história complicada. Berna sempre demonstrou um interesse além da amizade, mas eu estava firmemente dedicado à minha amada esposa, Diana. Sempre me esforcei para ser fiel e honesto em meu casamento, e agora com os bebês eu queria ser um exemplo para eles.Enquanto ela estava ali, eu me questionava sobre o que ela iria revelar. Seria alguma confissão perturbadora?