"Amiga, de quem é? Me fale logo!" — José está eufórico."É daquele rapaz que trabalha como advogado, que lhe falei", sussurrei, pois tinham algumas pessoas junto de nós e não queria fofocas."Ah, meu Deus, ele está apaixonado por você.""Ele só me fez uma gentileza, José. Depois, vou enviar uma mensagem para agradecer.""Ele está apaixonado. Olhe essas flores, garota. O homem está aos seus pés.""E essas flores? São para mim?" - Sirlene chega e tenta pegar o buquê da minha mão."Não, por incrível que pareça, são minhas.""Quem é o louco que manda flores para você? - Sirlene diz e abre um sorriso de lado. "Tão sem graça!" - ela me olha de cima a baixo - "Temos muitos quartos para limpar, Cinderela pobre do hotel." — as outras garotas riem."Concordo com você. Temos muito trabalho a fazer.""José, leve para mim e coloque num vaso com água para não murchar.""Vou deixar enfeitando a recepção, para que todos que passem por lá fiquem com inveja." - ele passou por Sirlene - "Vão morrer de i
Diana RodriguesMENSAGEMDiana,Olá amiga. O seu encontro será no hotel. Você não vai precisar se deslocar. Ele nos ligou há pouco tempo, pedindo que você fosse até o hotel e procurasse pela suíte dele. Eu disse que em uma hora você estará lá. É o procedimento do clube. Tome cuidado para não ser descoberta.Boa sorte, minha querida.Bjo, Renata.Meu estômago deu uma reviravolta, e pensei que colocaria tudo para fora. Só de pensar no que poderia acontecer, me deixou extremamente aflita. Fiquei ali por um tempo tentando dirigir não somente a comida, mas também tudo que se passava em minha mente. E se ele gostasse de bater? Eu tinha que trabalhar amanhã; ainda não era minha folga. O que vou fazer?Nunca saí com alguém por dinheiro antes. Na verdade, eu tive alguns namorados, mas nunca fiz sexo com nenhum deles. Desde muito nova, trabalhei para ajudar minha mãe. Tinha pena dela e então sempre corri daqui e dali para ajudá-la. Eu sempre dizia que eu não era virgem quando as garotas do bair
Diana Rodrigues Respirei fundo e entrei, como tinha feito no dia do show. Fiquei de costas e fechei a porta. Quando me virei, ele estava próximo da janela, o apartamento estava na penumbra e pude ver a silhueta dele, mas não o rosto. Fiquei parada na porta esperando ele dar as ordens, mas ele não o fez. Eu estava me sentindo uma boba, já fazia alguns minutos que eu estava ali e ele parado em frente à janela olhando, ele tinha algo nas mãos e os dedos ficavam em movimento. Tomei a iniciativa."Boa noite" - sem me olhar, e fitando a janela, ele disse."Você quer beber alguma coisa? Tem champanhe na mesa.""Eu aceito" - seria boa uma taça, eu estava muito nervosa. E imagino que ele saiba que é o meu primeiro cliente, pois eu não me comportei como uma profissional em nenhum momento - "Esta fechada, e não consigo abrir" - eu estava com a garrafa nas mãos.Ele foi até onde eu estava e segurou a garrafa, agitando, e o barulho da rolha me fez dar um pulinho de susto. Ele serviu as duas taças
Aslan Murabak "Said, quero sua discrição." - estava falando dos meus irmãos."Sabe que pode contar com a minha discrição.""Saber tudo sobre uma pessoa." "Quem é a pessoa, senhor?""Uma mulher do clube de stripper que fui outro dia com Lemi. A chamaram de Escarlate.""Eu vou ver o que descubro.""O mais rápido que puder."Said sempre foi um dos meus homens de confiança, ele sempre me ajudou desde criança, criamos um forte laço de amizade, companheirismo e fidelidade. Confio nele e sei que não faria nada para nos prejudicar, tanto a mim quanto aos meus irmãos, temos ele como nosso avô. Ele é um homem treinado, um dos melhores seguranças que já vi e descobre coisas bem rápido. Um dos atiradores com a mais precisa mira. Um matador nato. "Quero que faça uma coisa para mim" - digo quando meu advogado responde, assim que ligo para ele."Como está a viagem?""Entediante.""Do que precisa? Pois se não pediu ao seu irmão, quer dizer que quer algo em sigilo" - ele já sabe."Sim, não quero qu
Aslan Murabak A dançarina será minha esposa. Ela é perfeita.Sem antecedentes, sem nenhum problema com a Justiça e nunca foi casada. O único problema dela é a dívida com o tal de Juninho Bad Boy, que Said está averiguando para saber quem é o cara. Me parece que a dívida tem algo a ver com um carro, uma ninharia, mas vou aguardar. Estou curioso para saber como ela estragou o carro? Ou por que teve que pagar?O que está me deixando ansioso, neste momento, é saber que daqui a pouco ela estará aqui. E meu desejo é louco e desenfreado, quero essa mulher em minha cama, mas não posso misturar prazer e trabalho. Tomo um banho, coloco um terno, afinal é um trabalho. Um contrato de casamento. Os papéis do contrato já estão em minha mesa, os reviso e coloco no envelope. Pedi uma garrafa de champanhe para comemorar, pois ela provavelmente iria assinar o contrato. Ela precisa do dinheiro e eu preciso de uma noiva que saiba o lugar dela e fingir muito bem, e a cláusula mais importante é não se apa
"O que aconteceu lá em cima, Diana? Ele te bateu? Tentou abusar de você?" - José fica preocupado. "Não, ele não fez nada disso, mas fez algo que me magoou e que, na verdade, não era para magoar, pois é isso que sou." "Mas o que ele fez? Vou subir lá e descer a mão nele." "Ele me pediu em casamento", ele para e me olha com os olhos mais arregalados que já vi. "Oi? Casamento?" - ele coloca a mão na minha testa - "Você só pode estar doente. Eu sei que você não está bem, mas amiga, você tá delirando? O dono do hotel te pediu em casamento? De onde tirou isso, Diana?" - ele falava abismado enquanto íamos em direção à entrada do hotel. "Daqui", mostro o envelope - "Não é um casamento normal." "E daqueles casamentos falsos? Estou chocado." "Eu também estou chocada, por que um homem como ele vai querer se casar comigo?" "Não que você não seja perfeita, mas eu também fico pensando: o que esse homem podre de rico como ele quer com você?" "Ele me disse uma coisa quando eu falei que ia pe
Diana Rodrigues "Eu te liguei ontem, mas você não atendeu. Eu sei que estava trabalhando, filha", me senti uma filha horrível."O que aconteceu?" - me sentei com ela no sofá e José do outro lado. Ela chorava e não conseguia dizer o que tinha acontecido - "Por que a senhora tá assim? Passou a noite toda aqui?" - As olheiras dela denunciavam."O seu irmão, minha filha. Eu não sei no que ele se meteu desta vez.""Onde ele está? Eu não acredito que ele…" - Será que Alex já estava se metendo em confusão?"Filha me escuta" - Ela não me deixou terminar."A senhora vai defender o Alex, de novo mãe? A senhora não tem noção do que o seu filho está metido.""Ele me contou tudo.""E mesmo assim a senhora não enxerga o que aquele inconsequente apronta, não vê que eu deixo de viver minha vida para poder consertar as coisas do seu filho querido?" — Eu me levanto e olho para ela com lágrimas nos olhos."Ontem à noite ele estava comigo, sentado no sofá da sala e vendo televisão, um filme naquele negó
Diana Rodrigues"Sim, sou eu." - Parei por um minuto e fiz a pergunta: "Ele está vivo?""Ele está vivo, mas precisa de cuidados urgentes.""Já chamamos a ambulância, moça. Está vindo." - Uma mulher segura meu ombro e me olha com pena.Me ajoelhei ao lado do corpo caído no chão. Eu sabia que isso ia acontecer. E temo pela vida de Alex. O medo me consumiu naquele momento, saber das burradas dele e que elas estão nos levando junto. O buraco que ele cavou a cada dia que passa tem mais terra sobre nós. O rosto está machucado e inchado. Ele está respirando, mas com dificuldade. O barulho ao longe da sirene da ambulância.Tive a sensação de que o relógio parou e as pessoas estavam em câmera lenta. Vi alguém me tirar de perto dele e os paramédicos fazendo os primeiros socorros. As pessoas ao nosso redor conversando e José vindo em minha direção e me chamando. Tudo foi tão rápido que não me dei conta do que tinha acontecido."Diana, eles vão levá-lo para o hospital.""Para o São Vicente, levem