Diana Rodrigues Acordei com meu celular tocando pela milésima vez. Eu estava tão cansada pelo estresse do dia e da noite que tive. Poucas horas e tantos acontecimentos. Demorei para abrir meus olhos para atender o celular que continua tocando, e o nome de Zyan toma conta da tela com a palavra mensagens e ligações." Putz, me esqueci dele - coloco a mão na minha cabeça - Eu preciso ir para o Clube trabalhar e não posso me atrasar. O que vou fazer com ele?A única coisa que posso fazer hoje é desmarcar, eu não posso deixar de ir ao clube, preciso do dinheiro e entre sair com um cara legal e ir trabalhar, só tenho a segunda escolha. Pego o telefone e olho as mensagens que ele me enviou. Fez várias perguntas do tipo: em que horário ele pode vir me buscar? Se eu havia descansado? Se meu irmão saiu do hospital? A que horas eu ia vê-lo?******MENSAGEM Zyan,Mil perdões por não atender e nem respondido suas mensagens. O meu irmão saiu hoje do hospital e eu estava tão cansada que acabei des
Diana Rodrigues "Calma, nós vamos dar um jeito." Renata tenta me deixar mais calma."Eu estou com medo. Isso foi uma ameaça e ele está disposto a fazer algo ruim - "Eu não queria sair com ninguém, mas isso não é uma opção" - ela me puxou para o mesmo camarim."Todas nós pensamos assim, mas quando não temos grana para pagar as contas e não poder comprar coisas básicas, infelizmente é um dos nossos últimos caminhos a seguir e depois você só continua" - ela fez gestos de círculos com a mão."Se minha mãe souber que estou aqui, ela vai ficar muito triste.""Você está aqui para pagar as dívidas do filho querido dela, Diana. E não pense em sua mãe. Decidiu sobre os encontros?" "Sim, eu vou fazer" - eu abaixei a cabeça com vergonha para dizer o sim mais difícil da minha vida."Tem certeza? Não tem como esquecer as lembranças depois amiga, o dinheiro é compensatório, mas algumas lembranças você carregará pelo resto da vida. Eu carrego as minhas guardadas em uma caixinha dentro do meu coraçã
Aslan Murabak Esperei pela resposta que não veio. Será que ela não vai aceitar? Mesmo pagando um valor considerável."Irmão, você desapareceu." - Lemi vem ao meu encontro - "O que acha de irmos embora?""Vamos embora." - saímos do local e Said, nosso motorista está à nossa espera."E aí gostou do Clube?" Lemi me pergunta."Não. Sabe que não gosto desse tipo de local.""Eu também não. Logo estarei casado com a minha brasileira e não vou colocar meu num lugar como este.""Lemi, sabe que nosso pai deserda você.""Eu trabalho meu irmão e tenho minhas economias.""Trabalha para nosso pai e para mim.""Eu trabalho na sua empresa e tenho uma parte das ações, não me venha com essa história que trabalho para você. Eu também tenho minha parte e não se esqueça que você só tem sua Holding porque nós três trabalhamos juntos. Aisha também te ajudou.""Eu sei. Vocês dois foram essenciais para a empresa e ainda são.""Parece que você esquece o quanto eu e a nossa irmã ajudamos você, quando nosso pai
Aslan Murabak "Eles te manipulam.""Não, eu não sou manipulável, meu filho. Sei bem o que faço, hoje você não gosta dela, mas amanhã a amará.""Não vou me casar, baba (papai), não vou." Estava parecendo uma criança birrenta e isso está me deixando bravo."Já está firmado, eu só não assinei o contrato, pois agora quem assina é você, mas dei minha palavra. E uma palavra é mais que qualquer assinatura.""Eu vou depois de amanhã, não posso ir antes, tenho minha palavra aqui também.""Te dou três dias, meu filho, três dias ou as coisas ficaram ruins para você.""Tudo bem, baba."Nós tínhamos um grupo de mensagens entre os irmãos e logo enviei para que eles pudessem vir até meu quarto. Rapidamente me levantei e corri para tomar um banho e fazer as minhas higienes, em poucos minutos Lemi e Aisha já estavam no meu quarto."O que aconteceu?" - Lemi senta-se na poltrona."Baba me ligou." Explico a eles."A história do casamento?" - Aisha fala e ri - "Tenho medo de quando ele querer me casar."
"Meu Deus, o que estou fazendo da minha vida" - sussurro. Encosto-me na porta, fecho os meus olhos e quero chorar, o desespero faz meu coração ficar acelerado e o sangue do meu corpo corre em minhas veias. O looping de emoções dentro de mim faz minha respiração ficar acelerada, eu juro que pensei que fosse passar mal ali. Quero muito sair correndo daqui, mas sei que o quanto eu preciso me apresentar e fazer o que devo fazer, pegar minha grana e sair correndo daqui. Respiro fundo e só penso no que Renata me disse. Preciso tirar o máximo de dinheiro dele e ir embora. Se o destino me trouxe até aqui, eu devo seguir em frente.Renata me pediu para escolher uma música, para fazer minha apresentação, mas não tinha ideia de qual escolher, então pedi a ela que escolhesse, pois estava tão nervosa que não tinha ideia. Mantive meus olhos fechados e a cabeça baixa quando entrei no local. Tomei coragem e levantei meus olhos e tive a maior surpresa quando vi quem era o homem que esperava pelo meu
Diana Rodrigues Será que fiz alguma coisa de errado? Coloco as mãos em minha cabeça e fico pensativa no que tinha acabado de acontecer. Ele não gostou do meu show e foi embora. Só pode ser isso. Na verdade, eu não fiz um show, eu dancei para ele. Fiz coisas que nunca imaginei fazer na frente de alguém. Peguei o meu sutiã e o coloquei, voltei o vestido para o meu corpo e busquei pela capa que estava caída no chão. Saí da cabine e voltei para o mesmo camarim de sempre. Renata ainda não estava lá. Eu não sabia se ainda ia continuar o trabalho no bar, já passava dá uma hora da manhã. Coloquei a roupa que estava trabalhando no bar já que ninguém veio falar comigo. Estava tão chateada comigo mesmo, por não agradar o meu Chefe. Voltei para o bar e a moça que havia me ajudado veio até mim."Onde você foi?""Fui fazer umas coisas para Renata.""Achei que tivesse ido atender algum cliente.""Não, eu não fui" - o que eu dizer que tinha ido dançar para o meu chefe e que ele me deixou lá jogada -
Diana Rodrigues Depois de contar tudo ao José, deitei na cama, mas não dormi. Não conseguia parar de pensar no que havia acontecido e a ansiedade do iria acontecer quando encontrasse ele novamente. Logo o despertador tocou e era hora de trabalhar, então eu e José fomos para o hotel. "Por que a boneca não veio trabalhar ontem?" - Sirlene me encara logo que entro no vestiário para colocar o uniforme."Eu não quero brigar, é melhor a gente ficar cada uma no seu canto, eu preciso de um emprego e garanto que você também precisa do seu, seja racional.""Você tá me chamando de burra?" - talvez eu estivesse."Por favor, Sirlene."Troquei de roupa o mais rápido possível e ela ficou quieta no canto dela, mas a nossa querida gerente, nos colocou para trabalhar juntas, na suíte onde o dono do hotel está instalado. Eu sabia que ele não ia me reconhecer, caso me visse. Na verdade, aqui no hotel, nós camareiras, somos invisíveis. Ele iria sinalizar um horário na recepção para podermos ir até lá.
"Amiga, de quem é? Me fale logo!" — José está eufórico."É daquele rapaz que trabalha como advogado, que lhe falei", sussurrei, pois tinham algumas pessoas junto de nós e não queria fofocas."Ah, meu Deus, ele está apaixonado por você.""Ele só me fez uma gentileza, José. Depois, vou enviar uma mensagem para agradecer.""Ele está apaixonado. Olhe essas flores, garota. O homem está aos seus pés.""E essas flores? São para mim?" - Sirlene chega e tenta pegar o buquê da minha mão."Não, por incrível que pareça, são minhas.""Quem é o louco que manda flores para você? - Sirlene diz e abre um sorriso de lado. "Tão sem graça!" - ela me olha de cima a baixo - "Temos muitos quartos para limpar, Cinderela pobre do hotel." — as outras garotas riem."Concordo com você. Temos muito trabalho a fazer.""José, leve para mim e coloque num vaso com água para não murchar.""Vou deixar enfeitando a recepção, para que todos que passem por lá fiquem com inveja." - ele passou por Sirlene - "Vão morrer de i