Meu CEO sedutor
Meu CEO sedutor
Por: FannyMotta
CAPITULO 1

Murilo Lewis.

Alguns meses antes.

Me olho no espelho enquanto termino de fazer um nó na minha gravata, estou me arrumando para ir em uma festa de comemoração a minha chegada. Eu falei para o Vicente que não precisa se incomodar, mas ele fez questão.

Confesso que estava com saudade da sua família, sou muito grato por tudo que fizeram por mim, eles são as únicas pessoas que tenho no mundo, não deveria ter ficado fora por tanto tempo.

Tem dois dias que cheguei e ainda não vi a minha pequena Hanna, quando era mais novo eu adorava ficar com ela, servir de garçom para suas bonecas, ser seu segurança quando ela achava ser uma celebridade, ensiná-la a andar de bicicleta. Foram bons tempos, eu sempre tive um carinho muito grande pela irmã caçula do meu melhor amigo.

Encaro meu reflexo no espelho e aprovo a visão, eu sempre fico muito bem de terno. Convencido? Um pouco.

Pego minha carteira e meu celular e chamo um carro de aplicativo, está na minha lista de prioridade comprar um carro. Estou hospedado em um hotel um pouco distante da casa dos meus anfitriões, fui convidado para ficar lá, porém, prefiro ter a minha independência.

Quase trinta minutos depois chego ao meu destino, a casa já está bem movimentada e com som alto, pelo que me lembro, Vicente disse que a grande maioria são funcionários do hospital, parece que sua esposa Angélica é amiga de todos e não perderia a oportunidade que convidá-los.

Mando mensagem para meu amigo avisando que cheguei e ele pede que o encontre na área da piscina, não encontro dificuldade para seguir meu caminho, exceto pelo grande fluxo de pessoas suadas.

- Fala, irmão - Vicente me puxa para um abraço assim que chego em sua mesa - Pensei que não viria - me estende um copo com alguma bebida, tomo um gole e sinto que essa é das fortes.

- Eu não faria uma desfeita dessas - reviro os olhos - Olá Angélica, como vai? - estendo a mão.

- Por favor, me chame de Angel - pede me olhando feio - Já te pedi.

- Desculpe - falo sincero - E esse bebezinho, já sabem o sexo?

- Não, confesso que estou muito ansiosa.

- Murilo, filho - Marina fala assim que para do meu lado - Ainda não acredito que vou tê-lo tão perto novamente - me puxa para baixo e beija o topo da minha cabeça. Vitório repete o gesto da esposa.

- Seja bem-vindo novamente, garoto - aperta meu ombro.

- Obrigado, é sempre bom estar com vocês.

- Eu estava tão preocupada com você querido - Marina fala enquanto nos sentamos - Depois de tudo que aconteceu nos últimos tempos em sua vida, fiquei com medo que se fechasse para as pessoas que te amam, você é parte dessa família Murilo.

- Agradeço toda a preocupação - falo segurando um nó na minha garganta - Eu estou bem.

- Sua boca diz uma coisa, mas seus olhos me mostram outra - fala em um tom de pena, e eu odeio que sintam pena de mim.

- Já se passaram cinco meses - digo calmamente - Eu e a Ana nem estávamos mais juntos e vida que segue.

- Saiba que pode contar comigo para tudo - afirma segurando minhas mão.

- Eu sei que sim - sorrio - E pode ficar tranquilo, não darei mais a oportunidade de uma mulher me machucar como a Ana fez, não está nos meus planos amar novamente.

- Não diga uma coisa dessas - repreende - Todos merecem uma pessoa companheira do lado, todos merecem conhecer o amor.

- Eu conheci o amor e não fomos muito amigos - afirmo - Achei que ela fosse o amor da minha vida.

- Ela pode ter sido o amor da sua vida, mas por aí tem uma moça linda que é o amor para sua vida esperando o destino juntar vocês - fala sabia.

- Espero que eu seja o amor da sua vida e o amor para sua vida, Vicente Cooper - Angel se pronuncia e todos riem.

- Você é a minha vida doce anjo - ele responde todo meloso e beija os lábios da esposa.

- Bobagem Nina - Nina é o apelido carinhoso que dei para Marina - O amor não foi feito para mim, agora é pega e não se apega - tento parecer indiferente, mas, no fundo, essa conversa me fez lembrar de uma ferida ainda não cicatrizada.

- Menino levado - ela puxa minha orelha - Não feche a porta quando o amor bater novamente.

Estava quase dando uma reposta de menino mal criado quando de longe avisto uma cabeleira preta que me chama atenção. A dona dos cabelos pretos brilhantes vem se aproximando e meus olhos percorrem todo o corpo me deixando hipnotizado, quando finalmente consigo olhar o rosto da mulher mais de perto e foco nos grandes olhos azuis o ar falta dos meus pulmões.

Não acredito! 

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