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NIHARA KUDIMONAA empresa está ao rubro com os resultados das duas campanhas lançadas. O perfume, criado para o público pré-adolescente e adolescente, até ao momento está entre os produtos mais vendidos, com apenas uma semana no mercado.Uma festa de comemoração é organizada para logo a empresa está bem agitada hoje. Da minha sala posso ver o vai e vem de gente, umas em reuniões, e outras desempenhando a suas funções habituais. Eu analiso, e revejo alguns documentos antes de apresentar os números reais e alcance dos anúncios na reunião que será realizada daqui a trinta minutos.Minha assistente, acaba de entrar, traz uma tigelinha transparente contendo uvas das duas cores, ela aproxima-se e deixa a mesma de frente para mim olhando pedinte.— Por favor, a senhora, quer dizer, você precisa comer alguma coisa, está muito tempo olhando para esse computador.— Sorrio, ao lembrar de algo parecido ser dito pela minha mãe.— Obrigada, pela atenção querida, vou comer sim. Então como estão os nú
Chegamos a empresa, o lugar está fantástico, tenho de admitir que ela sabe fazer o seu trabalho. Mas ainda tem tempo de sobra para fofocar. James veio connosco, está nesse momento estacionando o carro. Seguimos os três até ao elevador, James entra primeiro e acciona o botão até a cobertura, franzi a testa confusa. Como ele sabe aonde vamos? — Minhas belas senhoras, chegamos. Aqui de cima o lugar se torna ainda mais lindo, tem luzes em lugares de estaques, pequenos sofás nos cantos e mesinhas de centro. A varanda foi enfeitada de flores silvestres aos arredores. O lugar agora está mais cheio, pensei que fosse uma pequena comemoração, não espera tudo isso. Eu deveria ter ficado em casa, é demais para mim tudo isso, traz-me lembranças ruins que quero esquecer. Os olhares incomodam-me, flash de imagens do último jantar em família minha e de Bráulio surge na minha cabeça, tortura, sinto-me torturada por elas. — Preciso de uma bebida — digo, me distanciando dos dois.
TOBIAS BERNSTORFF— Filho está tudo bem? — pergunta o meu pai entrando no meu escritório. Ajeito-me na cadeira e dou um suspiro. — Como eu pude enganar-me tanto com ela, pai? Como eu não enxerguei o tipo e mulher que tinha do meu lado? — reclamo, melancólico, ao vê-lo sentar-se diante de mim — Sabe, meu filho, penso que de certa forma você soubesse quem era a mulher que compartilhava a vida contigo. Mas as vezes preferimos ignorar os fatos a nossa frente para manter a harmonia do relacionamento. Ele fala com uma expressão, de desilusão, como se estivesse a passar por algo semelhante. Mas como? Ele e a minha mãe estão bem. Ou isso também me passou despercebido? — Está tudo bem com vocês? — ele arregala os olhos. — Você e a mãe, está a acontecer alguma coisa que não sabemos? — Não se preocupe, filho, está tudo bem. Então já conversou com a sua irmã? — Sim, falamos, como ela disse “só falo com você porque a Nihara insistiu muito. ” É incrível como em tão pouco tempo ela tornou-se tã
NIHARA KUDIMONA A noite passada foi humilhante para mim, apesar de ter dado uma boa resposta aquela jornalista. Não gosto de saber que os meus esforços e trabalho foram postos em causa, eu jamais aceitaria troca de favores desse tipo. Vou ter que conversa com Amber de novo, desta vez não serei tão simpática. A minha irmã não quis ouvir-me, ela sabe que não sou muito de dar explicações quanto as minhas decisões, então deveria considerar isso e ouvir-me. Mas tudo bem, quando ela quiser falar estarei aqui para explicar-me. Sento-me de frente ao computador ainda no meu quarto e respondo algumas mensagens de trabalho, algumas são de solicitações de personalizados e outras felicitações e convite de parcerias. O meu olhar fixa no correio eletrónico que não pude ler porque Tobias tinha entrado na minha sala como se fosse o dono. Sorrio. Clico no correio eletrónico e passo a ler: 21 de dezembro, 14:15 DE: niltorres@g***l.com PARA: Niharakudimona16@g***l.com ASSUNTO
NIHARA KUDIMONA — Senhor Harrison, o que está a fazer aqui? — questiono assim que abro a porta. Ele está com uma bandeja de comida nas mãos e uma garrafa de vinho branco. — Vim-te dar as boas-vindas — ergue a bandeja diante de mim. Enrugo a testa. — Boas-vindas? Como assim? Não vai dizer-me que você... — Isso mesmo, eu vivo bem aqui atrás — vira ligeiramente a cabeça em direção ao apartamento de frente ao meu. — É brincadeira né? — Não, por que seria? É tão ruim assim ser minha vizinha? — fingi estar ofendido. — Não, não é isso. Só fiquei surpresa — falo em tom desconfiado. Por fim deixo-o entrar. Comemos ravióli, enquanto conversamos sobre assuntos triviais. Ao terminarmos agradeço o almoço, não tinha comido nada fazia tempo. Sigo até a cozinha, e começo a fazer uma sobremesa rápida. Musse de maracujá com pepitas de chocolate, minutos depois, voltamos a nos sentar saboreando o doce. O tempo passa voando, quando me dou conta já está perto da hora do evento.
NIHARA KUDIMONA — Não, não, larga-me por favor, não faça isso... — Tudo bem, tudo bem, você está segura. Foi só um pesadelo. Ele aperta-me entre os seus braços, sinto-o acariciando os meus cabelos tentando acalmar-me. Uma lágrima solitária cai do meu rosto e molha o seu ombro nu. — Onde estou? — ele encara-me, os seus olhos estão carregados de raiva. Levanta lentamente as suas mãos e posa-as em cada lado do meu rosto — Eu daria tudo para que isso não tivesse acontecido. Eu... — ele abaixa a cabeça, os seus ombros tremem, ouço-o fungar. Ele está a sofrer por mim? Dou um suspiro, e ergo o seu rosto, os seus olhos estão num tom de verde-escuro. Abraço-o, um braço reconfortante. Caloroso. Protetor, a quentura do seu corpo acalma-me, me dá a sensação de segurança e pertencimento. Abro os olhos de sobressalto, lembrando da minha promessa, afasto-me relutante, queria dormir nos seus braços forte, mas não posso. Não devo. — Que horas são? Eu preciso ir a
NIHARA KUDIMONA Encarámo-nos surpresos, até mesmo assustados. Tobias acabou de ser ameaçado por minha causa, estou arrepiada, os meus olhos procuram nele, alguma reação, alguma resposta. Alguma coisa. Por favor, diz alguma coisa? — Tobias, quem é esse homem? O que ele tem a ver com aquele pervertido. Vamos tirar a queixa — digo com a voz agitada. Ele olha-me, e toca o meu rosto, delicadamente. — Ei, fique calma. Está tudo bem. Não vamos tirar nenhuma queixa. Isso deve ser alguma brincadeira de mal gosto, de algum esterco. — Não, não me parece brincadeira nenhuma e, você também não acredita nisso. Por favor, ainda estamos aqui, vamos entrar e retirar a queixa, não posso e não vou ignorar está ameaça. Não se preocupe — dei um meio sorriso triste, tocando o seu rosto, passando algum tipo de tranquilidade. Nos encaramos em silêncio por breves segundos, as nossas testas apoiadas uma na outra. A respiração controlada em uníssono. Até que ele se afasta de sobressalto
NIHARA KUDIMONA — Como você se sente sobre as alegações de que usou o seu relacionamento com Tobias para obter a sua posição na empresa? — Dona Nihara, você tem alguma coisa a dizer para as mulheres que estão a passar pelo mesmo que você? — Senhora Nihara, fontes próximas ao homem dizem que a senhora o seduzi-o. O que tem a dizer sobre isso? Tento ignorá-los e sair daqui, mas eles impedem-me a passagens. Um misto de raiva, nojo, revolta, se apossam de mim, diante de perguntas absurdas, mas eles continuam a atormentar-me. Sinto lágrimas brotando nos meus olhos. Como eles souberam do abuso? Como posso aguentar tudo isso? Como posso lidar com toda essa pressão?O meu coração acelera, falta-me oxigénio, minha cabeça roda, quando vejo os repórteres e fotógrafos apontando os seus microfones e câmaras a mim, aguardando um pronunciamento da minha parte. Eu pensei que o assunto relacionado a nosso "suposto" caso tivesse esquecido, mas agora a imprensa tem um novo motivo para perse