32. ... Eu quero ouvir-te gritar
NIHARA KUDIMONA

— Senhor Harrison, o que está a fazer aqui? — questiono assim que abro a porta. Ele está com uma bandeja de comida nas mãos e uma garrafa de vinho branco.

— Vim-te dar as boas-vindas — ergue a bandeja diante de mim.

Enrugo a testa.

— Boas-vindas? Como assim? Não vai dizer-me que você...

— Isso mesmo, eu vivo bem aqui atrás — vira ligeiramente a cabeça em direção ao apartamento de frente ao meu.

— É brincadeira né?

— Não, por que seria? É tão ruim assim ser minha vizinha? — fingi estar ofendido.

— Não, não é isso. Só fiquei surpresa — falo em tom desconfiado.

Por fim deixo-o entrar.

Comemos ravióli, enquanto conversamos sobre assuntos triviais. Ao terminarmos agradeço o almoço, não tinha comido nada fazia tempo.

Sigo até a cozinha, e começo a fazer uma sobremesa rápida.

Musse de maracujá com pepitas de chocolate, minutos depois, voltamos a nos sentar saboreando o doce.

O tempo passa voando, quando me dou conta já está perto da hora do evento.

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