O homem que estava escondido atrás da mesa com Salvatore, se levantou assustado. Ele olhou os seus dois seguranças mortos e gritou para os homens com arma em punho: — Seus idiotas! Salvatore também levantou-se. — Fizeram bem, podia ser um policial ou vários deles!— ele disse desafiando o homem ao seu lado. — Ficou louco? Temos que nos render, estamos sem saída!— o homem discordou. — Devia ter uma saída de emergência!— Salvatore rebateu. Os dois ficaram se encarando muito próximos, enquanto os seus homens com as armas nas mãos não sabiam como agir. — Eu vou me entregar!— o homem disse se afastando de Salvador e se dirigindo para a porta. — Você é um covarde!— Salvatore gritou e sacou a sua arma. Ouviu-se o som dos gatilhos das armas dos homens de preto. Eles apontavam as armas de forma que cada equipe de um dos lados se enfrentasse. O homem não se intimidou, apenas parou segurando a maçaneta da porta. Ele respirou fundo sem olhar para trás e abriu a porta. Nesse momento, a a
Assim que Luca parou o carro, Nina saiu correndo para dentro da mansão. Gioconda e Giulia vinham correndo na sua direção e as três choraram com a mesma dor. Luca veio logo atrás e também tinha lágrimas nos olhos. — O que vai ser de nós, hein Nina!— Gioconda disse desesperada. Giulia olhou para Luca, percebendo que ele arregalou os olhos querendo oferecer apoio, então ela disse: — Gioconda, filha mia, primeiro tu vive a tua dor, depois tu pensa nisso, han! Luca olhou desconfiado e ficou sem graça. Ele tinha vontade de dizer para Gioconda que ela não se preocupasse que ele não lhe deixaria faltar nada, mas essa fala era de Nina. — Mamma, nonna, eu vou cuidar de vocês!— ela disse emocionada. Enquanto isso, Valentim estava sendo obrigado a estender o seu programa por conta da notícia da morte de Salvatore. A polícia encontrou muitas provas da sua máfia. Susan foi encontrá-lo num pequeno intervalo. — Valentim! Meu Deus, você precisa ir falar com a filha dele! Saber como ela está
Nina chegou no velório acompanhada de Valentim. Ele a protegia da imprensa. Giulia e Gioconda vinham logo atrás. Elas usavam trajes pretos e óculos escuros também. Durante todo o velório, Octávio não apareceu, mas Valentim ficou até o sepultamento. Voltaram todos para a mansão. — Você não vai voltar mais para a casa do seu marido?— Valentim quis saber. — Eu, eu não estou com um pingo de vontade— Nina respondeu olhando sem jeito para a mãe e a avó que começaram a pigarrear. Elas se retiraram e Valentim às acompanhou com o olhar, depois voltou-se para Nina falando: — Nina, não volta mais para Octávio! Você precisa ter esse filho em paz! Nina olhou para o alto da escada onde estava o seu quarto de solteira, depois passou a mão no ventre e respondeu: — Você tem razão, não há clima nenhum para eu e Octávio! A essa altura, ele já deve estar sabendo que eu queria vê-lo preso! Valentim arregalou os olhos sem entender e Nina continuou: — Valentim, eu planejei uma emboscada para Oct
Luizão não arredou o pé esperando o patrão aparecer. Octávio chegou muito tarde. Passava das vinte e três horas. O desespero era geral. A polícia estava mobilizada nas buscas para encontrar a Susan. Rita e Jane não saiam da frente da televisão esperando por notícias e quando escutaram a voz do patrão, puseram-se a ouvir através das paredes. — Senhor, eu o estava esperando! Onde está Susan?— Luizão levantou-se do sofá falando ansioso. — Calma, rapaz! Ela está bem!— Octávio respondeu tranquilamente. As criadas ficaram boquiabertas. — Então foi ele!— Jane concluiu assustada. Luizão tinha a boca seca. Estava tão nervoso que mal conseguia falar. — Senhor, ela está grávida! — ele disse quase chorando. — Eu não sou um monstro, Luizão! Eu vou cuidar bem do meu filho!— Octávio disse Já se dirigindo para o bar. Luizão viu o patrão se servir de uma dose de whisky e pôs-se a analisar a sua frieza. Ele pensou que se quisesse ajudar Susan teria que entrar no jogo dele. Então ele também
Susan colocou um sorriso no rosto e virou-se. — Senhora, o que faço agora que vai voltar para o senhor Octávio?— a moça quis saber. Susan foi convincente quando respondeu: — Seus serviços não são mais necessários, querida! Estou ansiosa para voltar para os braços do meu amor! — É sempre assim! Eles acabam sempre bem!— Luizão disse irônico. A moça voltou para o quarto em que estavam os seus pertences e Luizão saiu arrastando Susan rapidamente pela mão. — Aonde está me levando?— Susan quis saber. — Para a minha casa!— ele respondeu tranquilamente. — Sua casa!— Susan exclamou parando de andar. — Não para a casa que Otávio pensa que eu moro!— Luizão disse impaciente, voltando a puxar a moça pela mão. Os dois seguiram pelos fundos da casa onde o carro estava estacionado. Susan entrou rapidamente, ansiosa para sair dali. Luizão passou devagar pelos seguranças que acenaram e lhe deram passagem. Logo, os dois estavam respirando aliviados lo
Nina entrou na mansão, no momento em que Octávio descia animadamente as escadas. Ele parou no último degrau sem acreditar que ela foi corajosa o bastante para retomar o casamento. — Estou faminta! — ela disse se dirigindo à mesa. Octávio ficou a observando sentar-se tranquilamente e seguiu em passos indecisos até ocupar o seu lugar a cabeceira da mesa. Ele pôs-se a examinar a esposa comendo compulsivamente e começou o seu discurso: — Muito bem! Então a minha querida esposa voltou ao lar. Pensei que com a morte de Don Salvatore você não me quisesse mais, afinal, só se casou comigo porque ele não suportava ter um neto sem pai em casa. Acredito que para você isso não tenha nenhuma importância, ou estou enganado? Nina ergueu a cabeça para responder quando parou de mastigar, e claro, percebeu o tom de ironia nas palavras do marido, mas procurou ignorá-lo e disse tranquilamente: — Sim, não tem mesmo, mas já que estamos casados, a morte do meu pai não tem nada a ve
Nina olhava para Octávio, enquanto ele lhe estendia a mão. Ela já havia comido muito, mas queria dizer que preferia continuar na mesa a aceitar a sua mão que parecia querer lhe levar até o quarto. — Para onde pretende me levar?— ela indagou desconfiada. — Você não é minha esposa? Não voltou para retomar o nosso casamento? Então tem que me satisfazer! Vontade não faltou para sair correndo, mas Nina tinha um propósito e estava disposta a pagar o preço. As criadas que recolhiam a mesa, ficaram olhando o casal subir as escadas e meneavam a cabeça reprovando a atitude de Nina em voltar para casa. — Ela sabe que ele é um monstro, devia não ter voltado! — Rita disse juntando umas porcelanas na bandeja. — Deus me livre! Esse homem é asqueroso! — Jane disse saindo carregando uma bandeja para a copa. Octávio parou na porta do seu quarto para dar passagem a Nina, que entrou em passos indecisos. — Entre princesa!— ele disse irônico estendendo uma mão. Nina entrou e logo que Octávio fec
Valentim saiu de casa muito antes de começar o seu programa na intenção de ver Nina, mas a decepção foi muito grande quando Giulia veio recebê-lo no portão. Ela passou as mãos na testa suada e começou a falar nervosa: — Ela voltou para a casa de Octávio. Eu sinto muito Valentim, mas creio que ela fez isso por você. Luca comentou com Gioconda que tentou impedi-la, mas não conseguiu. Ela disse que se alguma coisa acontecesse a moça, ela seria a culpada porque colocou o maledetto na sua vida! Valentim suspirou impaciente e retrucou: — Do que vai adiantar ela estar lá? Será mais uma presa fácil nas mãos daquele bandido! Giulia tentou acalmar Valentim contando tudo o que soube através da filha: — Luca foi incumbido de seguir aquele rato! A esta altura já deve saber onde fica o cativeiro da moça! Valentim ergueu os olhos animados. — Ótimo! Precisamos chamar a polícia! — ele disse agitado. — Sim, sim! Mas precisamos ter certeza! Confie neles. O plano é bo