Nesse dia, depois do almoço, Octávio saiu novamente a negócios, mas à noite voltou ansioso por finalmente consumar o seu casamento. Ele tomou uma dose de whisky e pediu orientação de Luizão. — Como eu faço para convencer a nervosinha a me aceitar na cama? Não aguento mais ficar sem sexo! Estou subindo nas paredes! — Octávio falava olhando para a escada. Luizão riu achando graça. Desse problema, ele não sofria! Fazia só algumas horas que fez amor gostoso com a mulher amada. — Senhor, só tem que ser gentil! — ele disse. Octávio se levantou arrumando o terno e disse: — Lá vou eu, que Deus me ajude! Luizão ficou observando o patrão subir as escadas, torcendo para que se entendesse com a esposa. Octávio chegou no quarto e Nina estava no closet se trocando. Ele entrou no chuveiro todo animado. Nina o ouviu cantarolando e estranhou. Ela achou graça. Olhou a própria camisola curta e transparente e sorriu maliciosa. Octávio saiu do banheiro, despido e se secando. Nina ficou boqu
Susan estava sentindo uma sensação de liberdade, podia falar o que sentia sem medo. Ela viu que Luizão estava lhe olhando com cara de apaixonado e continuou a falar sorrindo: — E tem mais… Valentim e Francesca falaram em couro: — Mais!! — Sim! O Luizão pode ser o pai do meu filho! — Susan disse sorrindo. — Susan…— Luizão estava extasiado. O casal se abraçou e começou a se beijar. Francesca voltou a preparar o almoço e Valentim foi cochichar: — Desde quando a Susan está apaixonada por esse rapaz, hein mãe? Francesca se sacudiu olhando o casal aos beijos e respondeu: — Quem mandou você ficar nessa indecisão? Não quis casar com a mãe do seu filho e não fisgou logo essa aí, agora só lhe resta chorar sobre o leite derramado! Valentim ouviu a mãe falar em Nina e começou a se queixar: — Eu não acredito que Nina possa se apaixonar por Octávio Lins, ela é muito meiga, doce! Eu duvido muito! Francesca deu de ombros e Valentim ainda disse: — Ela vai voltar, mãe! Vai ver só! Ela n
Octávio estava bem com Nina, pareciam um casal normal. Ele se continha na cama, para não falar coisas que a desagradasse e ela por sua vez, deixava as coisas correrem tranquilamente. Na medida em que a barriga crescia, Nina ficava mais fogosa, o que agradava Octávio, mas quando ela já passava dos seis meses, ele começou a deixar de procurá-la. — Não sinto tesão mais pela minha esposa, Luizão!— ele dizia segurando o seu copo de whisky no bar da sua casa. — Por que?— o rapaz quis saber. — Sei lá! A barriga talvez!— Octavio respondeu dando de ombros. Luizão pensou um pouco, pois ele havia procurado Susan há pouco mais de um mês e a barriga dela já aparece mais que a de Nina e ele sentiu o mesmo desejo, só que tomou mais cuidado para não machucá-la. — Não vejo razão para isso, senhor!— ele disse sério. Octávio gargalhou e rebateu sarcástico: — Você não entende dessas coisas, Luizão! Só deve transar com as prostitutas que eu contrato e elas são escolhidas a dedo, meu caro! Luiz
Nina piscou algumas vezes sem acreditar no que os seus olhos viam. Jane estava despida, ajoelhada diante de Octávio que tinha as calças abaixadas. Ele ainda segurava os cabelos da moça que tinha a cabeça pendendo para um lado. A expressão de horror de Jane era eminente. Nina se aproximou falando alterada: — O que está fazendo Octávio? Transou com ela? Eu não te satisfaço? Nesse momento, Octávio largou a criada, que aproveitou para recolher suas roupas do chão. — Fala Otávio, seu desgraçado? Precisa obrigar a moça a te satisfazer?— Nina insistia aos berros. Jane saiu correndo e encontrou Rita e os dois seguranças ao pé da escada. Ela olhou para os rapazes e saiu correndo envergonhada para o seu quarto. Enquanto isso, Nina já esmurrava o marido, falando sem parar, enquanto ele defendia a cabeça com os braços, desesperado sem saber o que dizer em sua defesa. — Seu infeliz? Por que transou com ela? Sou tão ruim assim! Você se acha o poderoso na cama, não é? Pois fique sabendo que m
Luizão chegava para trabalhar tranquilamente depois de uma folga. Ele não dormiu na casa de Susan nesse dia, conseguiu licença para dormir fora, porque precisou muito resolver assuntos particulares. Rita correu para recebê-lo, falando afobada: — Luizão, meu Deus! Aconteceram tantas coisas! O rapaz corria os olhos procurando os seguranças. — Eles foram demitidos!— Rita contou. Luizão ficou em choque. — O que aconteceu?— ele quis saber em meio ao desespero.Rita cruzou os braços e tagarelou nervosa: — A patroa mandou os dois embora depois de participarem de uma festinha no quarto da perdição! E com a Jane! Luizão franziu a testa sem entender e a moça continuou a falar sem parar: — O patrão estava de chamego com a Jane e depois chamou os dois trouxas! A patroa colocou os três para correr! Parece que ameaçou matar o patrão com uma arma! Luizão ficou em pânico. — Onde está ele? Para onde ele foi, Rita?— ele quis saber. Rita ficou indignada e desabafou descruzando os braços:
No caminho de volta, Octávio desabafa: — Vou ter mesmo que lhe sequestrar novamente, Luizão! Da forma convencional não a terei de volta! Meus métodos sempre deram certo! Luizão não conseguia argumentar com o patrão. Estava extremamente nervoso. Precisava proteger Susan, mas para isso precisava quebrar uma promessa. Estava num dilema tão grande que as lágrimas invadiram os seus olhos rapidamente. Octávio, na sua soberba, não percebia o sofrimento do rapaz e falava pelos cotovelos no banco de trás: — Eu vou tê-la para mim, Luizão! Vou obrigá-la a ser minha amante! Vou montar uma casa longe desta cidade e levá-la para ser só minha! Ela vai abrir mão de tudo por mim, como fez a Michelle! Ela me ama, vai ver só! Luizão secou as lágrimas desajeitadamente para questionar: — Mas senhor, Don Salvatore vai lhe perseguir! Ele vai fazer da sua vida um inferno! Octávio riu malicioso e retrucou: — Não se preocupe com isso! Vou me livrar dele na hora certa! Eu s
Depois que saiu do quarto da mãe, Luizão andou em passos largos pelo jardim até o seu carro, mas foi alcançado pela enfermeira, que corria esbaforida atrás dele — Judith! Aconteceu alguma coisa com a minha mãe?— ele quis saber. — Não senhor! — a moça respondeu recuperando o fôlego. Luizão olhou na direção da porta da mansão e encostou-se no carro cruzando os braços. — Então diga-me, qual o porquê desse desespero?— ele insistiu. A moça passou a mão na testa, afastando o suor que fazia a sua franja colar na pele e disse: — Senhor, não fique tanto tempo sem vê-la! Ela se anima quando o senhor vem! Amanhã com certeza vai até passear pelo jardim. Luizão se alterou e começou a falar gesticulando muito: — Mas foi ela quem me colocou nesta situação, Judith! Eu sou escravo do meu irmão! Não imagina a que preço eu tenho que estar do lado dele, para agradá-la, porque eu sei que a doença dela é o remorso por tê-lo abandonado! Eu sei que você sabe de toda a história! A moça assentiu r
Durante o almoço, Octávio observava a expressão animada da esposa. — Me deseje sorte, minha esposa! Hoje pretendo fechar um grande negócio! — Ele disse misterioso. Nina sorriu inocente e respondeu se agitando sorridente: — Claro meu marido! Você terá sempre a sorte que merece! Octávio se conteve para não explodir de ódio, apenas sorriu irônico e começou a comer tranquilamente. Depois do almoço, ele subiu para o seu quarto, mas antes disse: — Vou descansar um pouco antes de sair! Não quero ser incomodado! Nina sorriu satisfeita e repetiu a sobremesa. No quarto, Octávio afastou a cortina que dava para a sacada e viu quando Luca chegou. — Esse deve estar mancomunado com ela!— ele disse irritado. Octavio voltou-se para o seu quarto e procurou o celular com os olhos. Ele estava na cama, então ele o pegou e falou sarcástico, olhando para o aparelho: — Vamos lá, minha querida esposa! O tiro vai sair pela culatra! Octávio fez uma ligação para Don Salvatore. Esperava ansioso o o