Lili — Não é nada, filha. E o almoço, já está pronto? — Procuro mudar de assunto. — Sim, a vovó mandou te chamar. — Hum, que bom, porque a minha barriga está roncando muito! — Por que aquela mulher estava brava comigo, mamãe? — A menina insiste. — Porque ela é uma bruxa má, filha. — Minha filha resfolega. — Igual do filme das princesinhas?! — Isso, igual do filme. Então a mamãe quer que você fique bem longe dela, tudo bem? — A seguro nos meus braços e beijo demoradamente a sua bochecha. — Uhum! — Alice concorda deitando a sua cabeça no meu ombro e eu afago carinhosamente as suas costas. — Eu e amo, querida! — sibilo baixinho. — Também te amo, mamãe! — Hum será que tem mais alguém aqui com fome? — questiono fazendo graça e arranco-lhe uma risada gostosa. — Tem, eu! — Sério? Quanto de fome você tem? — Um montão assim! — Ah, a mamãe devoraria um caminhão! — rosno, fingindo comer a sua barriga e os seus olhinhos se arregalam em surpresa, e pronto, o assunto da megera foi com
Dante Dentro de um restaurante sofisticado e diante de um almoço exposto, embora intocado. Eu apenas me concentro nos seus lábios que se mexem avidamente, falando o tempo todo sobre cada detalhe tudo. O passo a passo da criação da conta na Suíça, dos valores guardados ao longo dos anos nela, das últimas orientações que o meu pai fez e tudo mais, mas a verdade é que ainda não acredito que finalmente encontrei a solução para todos os problemas da TL. Quem diria que várias tentativas de violações e burladas nos códigos me trariam as chaves para abri-la literalmente? Eu não. E pensar que os dotes criativos de Donovan Ricci sequer arranharam a segurança desse banco. Escolha certa, pai. Penso com um suspiro tão baixo que é praticamente impossível de se ouvir. Os papéis espalhados sobre a mesa do restaurante e todos os gráficos no tablet da garota me mostram que Dante Travel já tinha o hábito de fazer algumas transferências para fundos de emergência e cara, eu jamais teria feito algo igu
Dante Horas depois... — Senhoras e senhores, apertem os cintos de segurança, porque em alguns minutos estaremos aterrissando em solo americano. — A comissária de bordo diz no interfone e eu me preparo para mais um embate desse dia estranhamente desastroso. Assim que aterrissamos na Suíça não perdi meu tempo com estadias em hotéis, ou em comer algo. Eu tinha um objetivo e tinha pressa em cumpri-lo. Portanto, encarei de frente as formalidades do banco Prime Onion, e através da palma da minha mão e da retina do meu olho direito tive finalmente acesso a tudo que me era de direito, inclusive uma carta de me meu pai que não tive coragem de abrir. De verdade, o medo de saber o que tem lá dentro me fez retroceder. Contudo, encontrei além dos cem milhões de dólares mais trezentos milhões do fundo de emergência e algumas ações multimilionárias que pretendo estudar. E após pedir a transferência de tudo para uma conta completamente nova e de acesso único, entrei no jato para voltar para Manhat
Dante — Quarto. — Determino, puxando-a para o meu colo e suas pernas abraçam a minha cintura no mesmo instante. Sedento, eu seguro firme nos seus cabelos para ter ainda mais acesso ao seu colo e a sua garganta, deixando alguns beijos lá seguidos de mordidinhas que a faz gemer sussurrante. Nem imagino como consegui abrir a porta do quarto, mas logo estávamos nos devorando mutuamente em cima da sua cama. O seu calor. Oh céus, acho que nunca irei me acostumar com o seu calor. Ele é vibrante, é quente demais, envolvente demais e tão intenso que chega a me deixar maluco. — Ah, Dante! Oh, Deus! — Os seus gemidos ganham mais um tom e logo estamos explodindo em um mar de luxúria e poder. Mesmo sem forças, cansado e ofegante eu não saio de cima dela e por mais que eu queira evitar, não consigo deixar de fitar os seus olhos. Ela ruboriza um pouco devido a minha insistência e abre um sorriso acanhado, mordendo o lábio inferior na sequência. — O que foi? — Procura saber, mas faço um gesto desden
Lili Abro uma brechinha de olho encontrando o dia já claro através das brechas das cortinas e após me esticar todinha em cima do colchão, soltando um som apreciativo baixo e arrastado, deslizo a minha mão para o lado a sua procura no mesmo instante em que um sorriso preguiçoso se abre nos meus lábios e me lembro do que fizemos na noite passada. Eu já não sei viver sem você. Oh, meu Deus, como ele é fofo! Eu quero me casar com você. Oh, céus, ele falou sério?! Assustada com essas lembranças eu me viro para encontrá-lo deitado do meu lado. Contudo, ele não está lá e em contrapartida, encaro o relógio digital no outro criado mudo. — Puta que p...! — Solto um rosnado estrangulado, pulando bruscamente para fora da cama e corro para o banheiro. Que merda, Dante, custava me acordar?! Rosno mentalmente, soltando um grito agudo quando a água gelada molha o meu corpo. O que eu devia fazer com você? Mas que droga, uma hora e meia de atraso! Filha de uma...! Levo cerca de vinte minutos entre ves
Lili — Não é o que você está pensando, Lilian. — Franzo a testa. Como porra ele sabe o meu nome? — Eu não estou pensando em nada, porra! Você está me seguindo há alguns dias. O que você quer comigo?! — rosno erguendo o ferro para bater na lataria do carro. — Ei! Ei! Ei! Calma, me deixe falar, ok? O meu nome é Heitor Becker. — Volto a franzir a testa em confusão. — Becker? _ Ele faz um sim com a cabeça. — Da Becker Corporation? — Agora estou ainda mais confusa. Por que o CEO das indústrias de tecnologias mais famosa no mundo inteiro está me seguindo? — Isso. Eu posso sair do carro pra gente conversar? — Sobre o que? — Ele respira fundo e olha para frente, e depois para mim de novo. — Ok, é... eu sou o filho legítimo de Renan Becker e de Júlia Becker. — Por essa eu realmente não esperava. — O que você quer de mim? — Eu soube que está investigando a morte do seu pai. Eu vi quando invadiu a mansão onde ela mora. — Heitor abre a porta do carro receoso e com os olhos balançando do f
Lili Dante rosna e Heitor j**a uma pasta em cima da mesinha centro. — O nome verdadeiro dela é Alícia Peterson, uma empregada que morava em um subúrbio que trabalhava para uma senhora de cinquenta anos chamada Marie Francois. — Uma francesa? — Milionária, viúva e sem filhos. A mulher apareceu morta do dia para a noite. O diagnóstico? Parada cardiorrespiratória e do nada Alícia era a sua única herdeira. Foi assim que ela teve acesso a alta sociedade e consequentemente a Renan Becker, o meu pai. Um casamento de mais de dez anos o estava levando a falência e ela já estava de olho na sua próxima vítima... — O meu pai — afirmo e ele meneia a cabeça fazendo um sim. Quando percebi que você também estava especulando, eu pensei, preciso me aproximar dela e quem sabe finalmente conseguirei provar algo. — Como assim se aproximar dela? — Heitor estava me seguindo. Eu o peguei vigiando a porta da minha casa e hoje ele seguiu o meu carro. Eu o confrontei e... — Espera! Tinha um imbecil te seg
Dante Uma semana... Canadian Hotel. Eu nunca havia entrado nesse aparte hotel, nem mesmo para negociar os termos do nosso contrato. Mas chegou a hora de expor tudo, de finalmente falarmos abertamente e de encerrar essa página errada da minha vida de uma vez. Desde que me conheço por gente, eu sempre tomei as decisões erradas, mas acreditei que ao assumir as empresas isso não voltaria a acontecer. No entanto, aconteceu e nem foi por uma decisão minha realmente. Enfim, eu preciso me livrar desse último erro antes de finalmente fazer a coisa que eu considero a mais certa entre tantas decisões acertadas que pretendo realizar daqui por diante. O Tim do elevador me desperta e as portas se abrem me fazendo apertar a alça da maleta entre os meus dedos, e eu dou dois passos para dentro dele. No painel de controle aperto o botão da cobertura e suspiro quando penso que em uma fração de segundos estarei cara a cara com uma mulher apaixonada, de coração partido e decidida a infernizar a minha vi