Lili — ...Oito, nove, dez, e lá vou eu! — falo alto, virando-me para encontrar uma sala vazia. — Onde será que você está, Alice? — cantarolo, ouvindo a sua risadinha eufórica atrás da cortina grossa, porém, vou para o outro lado da sala, distanciando-me do seu esconderijo. — Alice? — Volto a cantarolar e volta ri outra vez. Sua atitude me faz sorri e eu decido animar mais a nossa brincadeira, e começo a provocá-la. — Hum, acho que vi alguma coisa ali. — Eufórica, a menina se inquieta atrás do pano me fazendo rir. — Alice, acho que encontrei você! — cantarolo outra vez e assim que abro a cortina com um rompante, ela grita e sai correndo, porém, antes que vá para longe de mim, eu a seguro nos meus braços e começo uma onda de beijos no seu rosto e pescoço. Sua risada se espalha por todo o cômodo e é gratificante ouvir esse som tão feliz. — De novo, mamãe, de novo! — Ela pede no mesmo instante que a campainha começa a tocar e resolvo colocá-la de volta no chão. — É o papai, não é? — Eu
Lili — Não é nada, filha. E o almoço, já está pronto? — Procuro mudar de assunto. — Sim, a vovó mandou te chamar. — Hum, que bom, porque a minha barriga está roncando muito! — Por que aquela mulher estava brava comigo, mamãe? — A menina insiste. — Porque ela é uma bruxa má, filha. — Minha filha resfolega. — Igual do filme das princesinhas?! — Isso, igual do filme. Então a mamãe quer que você fique bem longe dela, tudo bem? — A seguro nos meus braços e beijo demoradamente a sua bochecha. — Uhum! — Alice concorda deitando a sua cabeça no meu ombro e eu afago carinhosamente as suas costas. — Eu e amo, querida! — sibilo baixinho. — Também te amo, mamãe! — Hum será que tem mais alguém aqui com fome? — questiono fazendo graça e arranco-lhe uma risada gostosa. — Tem, eu! — Sério? Quanto de fome você tem? — Um montão assim! — Ah, a mamãe devoraria um caminhão! — rosno, fingindo comer a sua barriga e os seus olhinhos se arregalam em surpresa, e pronto, o assunto da megera foi com
Dante Dentro de um restaurante sofisticado e diante de um almoço exposto, embora intocado. Eu apenas me concentro nos seus lábios que se mexem avidamente, falando o tempo todo sobre cada detalhe tudo. O passo a passo da criação da conta na Suíça, dos valores guardados ao longo dos anos nela, das últimas orientações que o meu pai fez e tudo mais, mas a verdade é que ainda não acredito que finalmente encontrei a solução para todos os problemas da TL. Quem diria que várias tentativas de violações e burladas nos códigos me trariam as chaves para abri-la literalmente? Eu não. E pensar que os dotes criativos de Donovan Ricci sequer arranharam a segurança desse banco. Escolha certa, pai. Penso com um suspiro tão baixo que é praticamente impossível de se ouvir. Os papéis espalhados sobre a mesa do restaurante e todos os gráficos no tablet da garota me mostram que Dante Travel já tinha o hábito de fazer algumas transferências para fundos de emergência e cara, eu jamais teria feito algo igu
Dante Horas depois... — Senhoras e senhores, apertem os cintos de segurança, porque em alguns minutos estaremos aterrissando em solo americano. — A comissária de bordo diz no interfone e eu me preparo para mais um embate desse dia estranhamente desastroso. Assim que aterrissamos na Suíça não perdi meu tempo com estadias em hotéis, ou em comer algo. Eu tinha um objetivo e tinha pressa em cumpri-lo. Portanto, encarei de frente as formalidades do banco Prime Onion, e através da palma da minha mão e da retina do meu olho direito tive finalmente acesso a tudo que me era de direito, inclusive uma carta de me meu pai que não tive coragem de abrir. De verdade, o medo de saber o que tem lá dentro me fez retroceder. Contudo, encontrei além dos cem milhões de dólares mais trezentos milhões do fundo de emergência e algumas ações multimilionárias que pretendo estudar. E após pedir a transferência de tudo para uma conta completamente nova e de acesso único, entrei no jato para voltar para Manhat
Dante — Quarto. — Determino, puxando-a para o meu colo e suas pernas abraçam a minha cintura no mesmo instante. Sedento, eu seguro firme nos seus cabelos para ter ainda mais acesso ao seu colo e a sua garganta, deixando alguns beijos lá seguidos de mordidinhas que a faz gemer sussurrante. Nem imagino como consegui abrir a porta do quarto, mas logo estávamos nos devorando mutuamente em cima da sua cama. O seu calor. Oh céus, acho que nunca irei me acostumar com o seu calor. Ele é vibrante, é quente demais, envolvente demais e tão intenso que chega a me deixar maluco. — Ah, Dante! Oh, Deus! — Os seus gemidos ganham mais um tom e logo estamos explodindo em um mar de luxúria e poder. Mesmo sem forças, cansado e ofegante eu não saio de cima dela e por mais que eu queira evitar, não consigo deixar de fitar os seus olhos. Ela ruboriza um pouco devido a minha insistência e abre um sorriso acanhado, mordendo o lábio inferior na sequência. — O que foi? — Procura saber, mas faço um gesto desden
Lili Abro uma brechinha de olho encontrando o dia já claro através das brechas das cortinas e após me esticar todinha em cima do colchão, soltando um som apreciativo baixo e arrastado, deslizo a minha mão para o lado a sua procura no mesmo instante em que um sorriso preguiçoso se abre nos meus lábios e me lembro do que fizemos na noite passada. Eu já não sei viver sem você. Oh, meu Deus, como ele é fofo! Eu quero me casar com você. Oh, céus, ele falou sério?! Assustada com essas lembranças eu me viro para encontrá-lo deitado do meu lado. Contudo, ele não está lá e em contrapartida, encaro o relógio digital no outro criado mudo. — Puta que p...! — Solto um rosnado estrangulado, pulando bruscamente para fora da cama e corro para o banheiro. Que merda, Dante, custava me acordar?! Rosno mentalmente, soltando um grito agudo quando a água gelada molha o meu corpo. O que eu devia fazer com você? Mas que droga, uma hora e meia de atraso! Filha de uma...! Levo cerca de vinte minutos entre ves
Lili — Não é o que você está pensando, Lilian. — Franzo a testa. Como porra ele sabe o meu nome? — Eu não estou pensando em nada, porra! Você está me seguindo há alguns dias. O que você quer comigo?! — rosno erguendo o ferro para bater na lataria do carro. — Ei! Ei! Ei! Calma, me deixe falar, ok? O meu nome é Heitor Becker. — Volto a franzir a testa em confusão. — Becker? _ Ele faz um sim com a cabeça. — Da Becker Corporation? — Agora estou ainda mais confusa. Por que o CEO das indústrias de tecnologias mais famosa no mundo inteiro está me seguindo? — Isso. Eu posso sair do carro pra gente conversar? — Sobre o que? — Ele respira fundo e olha para frente, e depois para mim de novo. — Ok, é... eu sou o filho legítimo de Renan Becker e de Júlia Becker. — Por essa eu realmente não esperava. — O que você quer de mim? — Eu soube que está investigando a morte do seu pai. Eu vi quando invadiu a mansão onde ela mora. — Heitor abre a porta do carro receoso e com os olhos balançando do f
Lili Dante rosna e Heitor j**a uma pasta em cima da mesinha centro. — O nome verdadeiro dela é Alícia Peterson, uma empregada que morava em um subúrbio que trabalhava para uma senhora de cinquenta anos chamada Marie Francois. — Uma francesa? — Milionária, viúva e sem filhos. A mulher apareceu morta do dia para a noite. O diagnóstico? Parada cardiorrespiratória e do nada Alícia era a sua única herdeira. Foi assim que ela teve acesso a alta sociedade e consequentemente a Renan Becker, o meu pai. Um casamento de mais de dez anos o estava levando a falência e ela já estava de olho na sua próxima vítima... — O meu pai — afirmo e ele meneia a cabeça fazendo um sim. Quando percebi que você também estava especulando, eu pensei, preciso me aproximar dela e quem sabe finalmente conseguirei provar algo. — Como assim se aproximar dela? — Heitor estava me seguindo. Eu o peguei vigiando a porta da minha casa e hoje ele seguiu o meu carro. Eu o confrontei e... — Espera! Tinha um imbecil te seg