Lili — Na verdade, Alice não é uma criança trabalhosa. Pelo contrário, é bem fácil amá-la. — Então percebo que estou me abrindo demais outra vez e isso não é nada bom. Puxo uma respiração e olho para o homem sentado ao meu lado. Dante mais uma vez parece admirado. Desvio o meu olhar e resolvo que está na hora de dar um basta nisso tudo. Portanto, me levanto e guardo o resto do sanduíche de volta no saco de papel. — Enfim, eu preciso ir, senhor Travel. — Ele apenas acena um sim com a cabeça, fica de pé e leva as mãos aos bolsos da calça. — Eu levo vocês... — Não precisa, eu vou pegar um táxi. Tenha um bom dia, senhor Travel! Alice? — A chamo me afastando dele e dou alguns passos para perto do parquinho. — Vamos, filha! — Alice para brincadeira sem reclamar e corre em minha direção. Teimoso como sempre, o senhor Travel insiste em nos acompanhar até a calçada, ele chama o táxi e quando esse entra em movimento me sinto aliviada por finalmente sermos apenas nós duas outra vez. *** D
Lili — Bom dia, Anny! — falo assim que entro setor de contabilidade. — Bom dia, senhorita Ricci! — Minha secretária responde com o sorriso agradável de sempre e se inclina, ficando da altura da Alice para lhe oferecer um doce. — E bom dia pra você, Alice! — Minha filha abre um sorriso enorme e após segurar a sua surpresa, ela abraça a linda garota. — Bom dia, Anny e obrigada pelo caramelo! — Não seguro num sorriso satisfeito, pois é linda essa interação que elas têm. Deixo as duas envolvida nessa conversa e entro em minha sala encontrando a minha mesa de tampo de vidro empilhada se papéis e mais pastas. Frustrada, penso que não vejo a hora de findar essas análises e de partir para o trabalho de verdade. Mais ao fundo da minha sala tem uma mesinha de plástico cor de rosa com alguns papéis brancos e canetinhas coloridas. Coisas da Mary Anny, é incrível como ela não deixa passar nada! Como havia previsto, passo a manhã inteira concentrada no meu trabalho enquanto a minha filha brinca c
Lili — Sinto muito, senhor Beaumont, mas a minha... — Paro de falar quando ele chega perto demais e pressiona o meu corpo contra o meu carro. — O que pensa que está fazendo?! — rosno, fazendo força para afastá-lo, porém, ele é mais forte, segura os meus braços com força e o seu corpo praticamente esmaga o meu na lataria do carro. — Me solta, seu idiota! — grito quando ele força um beijo, machucando a minha boca. Deus do céu! Eu luto, me mexo, faço força, mas é em vão! — Vamos linda, não lute, eu sei que você quer! — Ele rosna baixinho ao pé do meu ouvido, me causando uma ânsia de vômito. Eu preciso sair daqui preciso me livrar desse imbecil! James segura firme as minhas mãos levando-as acima da minha cabeça, forçando os meus braços contra o teto do carro e com a outra mão, ele segura com força os meus cabelos e força mais um beijo. Começo a entrar em desespero quando o homem é praticamente arrancado de cima de mim e para minha surpresa Dante o j**a contra o carro estacionado ao lado
Dante — Parece um negócio promissor, senhor Travel. A longo prazo vejo possíveis lucros para mim. — David Armstrong, presidente da Aviation Eagle Corporation diz empolgado, ainda analisando o contrato anual. Após fechar negócios com a Kimberly em menos de um mês as empresas Travel tiveram um lucro considerável e claro, ao ver a oportunidade de um novo empreendimento não perdi meu tempo e aqui estou fechando uma valiosa sociedade com as indústrias de aviação Eagle. Eu sei, bem diferente do que as nossas empresas estão acostumadas a lidar, mas em meus anos de faculdade de administração aprendi que temos que enxergar além dos limites, muito além do horizonte e assim entendi que empreender vários negócios ao mesmo tempo é o que vai me manter no topo de tudo. Teria feito isso junto ao meu pai se ainda estivesse vivo e com certeza seríamos imbatíveis. — Espero não me arrepender da minha decisão. — Ele diz me despertando e as minhas mãos coçam quando o vejo segurar uma caneta prata que estav
Dante Escuto o som desesperado da sua voz e só então vejo o estrago que fiz. Ofegante, eu me afasto e observo o homem desacordado. — Você está bem? — questiono sem desviar os meus olhos dele. O seu toque me faz acordar e uma calmaria começa a dominar o animal enfurecido em mim. — Ei, eu estou bem! — Ela afirma suavemente e eu assinto, observando o quanto está trêmula. Não, ela não está bem. Penso. — Você pode... pode me tirar daqui, por favor? — Vem comigo! — O que há de errado comigo? Penso no mesmo instante que levo a minha mão a base da sua coluna, sentindo algo diferente acontecer dentro de mim. Deve ser o meu instinto de proteção, certo? É isso! Uma vontade insana de colocá-la no meu colo e de cuidar dela. Entretanto, isso nunca aconteceu comigo antes. Quer dizer, eu já salvei mocinhas em perigo e em troca recebi algumas gratificações digamos um tanto ardentes, que me fizeram gemer como um louco em cima de uma cama, se é que me entendem, mas não é o caso aqui. Enquanto o veícul
Dante Observo atentamente a Lilian andar pela ampla cozinha. Ela vai até uma pequena adega suspensa, onde há três garrafas de vinho e depois vai até o móvel que fica acima da pia e pega duas taças. Sem me olhar nos olhos, ela se aproxima do balcão de mármore e põe as taças, uma delas a minha frente e a outra fica do outro lado do balcão a sua frente, a garrafa fica bem no meio, depois vira-se de costas para mim e abre uma gaveta, pegando um saca rolha e me estende o objeto. Eu o pego deixando o meu dedo mindinho roçar levemente nas costas da sua mão e ela me olha rapidamente. — Petiscos? — sugere com um tom firme e eu me pergunto se não há alguma brecha nessa sua armadura? — Pode ser.— Me ponho de pé e começo a abrir o vinho e ela vai até a geladeira, pegar alguns ingredientes lá dentro. Lilian começa a cortar um queijo branco em cubos e eu sirvo duas taças para nós dois e resolvo eu mesmo iniciar uma verdadeira interação com ela. — Não vai me parabenizar? — pergunto com um tom le
Dante — Chega de conversa, Senhor Travel — ralha autoritária e bruxinho me deixando com água na boca. Sorrio e volto a beijá-la, me livrando das últimas peças que nos separam. Depois das muitas carícias, me revisto com uma camisinha e me acomodo no meio das suas pernas. Lilian mãos uma vez me lança um olhar indecifrável e por algum motivo sinto o seu corpo estremecer. Mas o que? Droga, Dante isso deve ser coisa da sua cabeça! Me repreendo e segurando o meu membro, o massageio e em seguida posiciono a cabeça bem na sua entrada que está úmida e escorregadia, escorregando para dentro dela. — Urg! — Ela geme dolorida e eu paro no ato. Lilian parece prender a respiração e aperta demasiado os meus ombros. Ergo a cabeça para olhá-la e noto algumas poucas lágrimas em seus olhos. — Puta merda, Lilian! — rosno paralisando imediatamente. — Por que não me contou? — Tento reclamar, porém, ela leva o indicador para a minha boca e faz um chiado em seguida. — Eu estou bem! — sussurra. Engulo e
Lili Na manhã seguinte acordei sem ânimo para sair da cama. Não exatamente da minha cama e sim, a de Alice, pois corri para o quarto da minha filha no meio da madrugada e enfim, apaguei abraçada ao seu corpo. Contudo, assim que ela abriu seus lindos olhos encontrei um motivo para sorrir e quase uma hora depois, estamos paradas bem na frente do prédio da Beaumont. Eu, completamente insegura e sem saber exatamente o que fazer, e Alice animada para mais um dia. — Não vamos entrar, mamãe? — Minha filha pergunta me despertando e antes de lhe responder, eu respiro fundo para me encher de coragem. — Claro, filha! — Forço uma firmeza na voz que eu não tenho e seguro firme na sua mão como se desse gesto dependesse a minha vida, para finalmente entrar no enorme e luxuoso hall da empresa. No elevador dou algumas batidas nervosas com o pé no chão encarpetado, enquanto aguardo que pare no oitavo andar e puxo outra respiração profunda quando as portas metálicas se abrem. Assim que ponho os pés pa