- Não iremos beber!
- Você não irá, ele pode beber!
- Não! Ele não pode beber, e não irá! – Encarei Gilson muito séria.
- Está bem! Quer um café?
- Eu faço algo para nós, não se preocupe. Obrigada.
Arrumei um café com leite para tomarmos, sentei novamente com ele.
- Obrigado. Achei que você iria beber.
- Claro que não! Sou doida, mas não tanto.
- Minha doidinha! – Ele passou o braço por cima do meu ombro.
- Terminem de tomar o café e vão dormir. Precisam estar descansados amanhã de manhã. – Chegou tia Tania acabando com a nossa bagunça.
- Eu imaginei muito diferente sua rotina. Pensei que fosse mais livre, sei lá!
- Eu falei que minha vida é puxada, não tenho quase tempo! – Peguei a caneca da sua m&a
Última semana de aula, estou me sentindo muito cansada, essas finais acabaram com meu senso de qualquer coisa. Agora que o Pablo e o Rafael se tornaram amigos, até ficou menos difícil fazer as coisas nos finais de semana, pelo menos isso. Os dois combinam as coisas e nos levam com eles.- Bom dia, minha linda!Rafael chegou me dando um beijo.- Bom dia! Chegou cedo.- Vim tirá-la mais cedo da prisão, Sei que está vindo só para não ficar em casa.- Não quero conversar sobre isso!- Eu respeito você, mas acho que podemos ir lá para casa. Fique lá comigo. Você disse que iria para a casa da sua colega.- Irei pegar minhas coisas.- Esperarei você aqui.Voltei correndo com minhas coisas.- Vamos!- Claro, me dê aqui suas coisas. Irá morar comigo?- Não, mas eu trouxe um pijama e uma roupa par
Existem duas datas as quais me importam muito, meu aniversário e o Natal, e por incrível que pareça, não é só por causa dos presentes, eu fui criada não acreditando em Papai-Noel, mas os preparativos, o envolvimento para a ceia, tudo que se pode ter em um dia, a família parecendo ser feliz, neste dia específico, a véspera do Natal, tudo parece ser mágico.Parece estranho, onde moramos, especificamente é bastante perigoso, mas o portão não fica trancado, tem um enorme cadeado que o fecha, porém, esse cadeado durante o dia está sempre aberto. Todos entram e saem quando querem, um portão com mais de três metros de altura e um cadeado quase do tamanho da palma da minha mão, abertos para quem quiser passar. Não sei se já mencionei, mas telefone é artigo de luxo, minha mãe se inscreveu para ter uma linha já há
- Tira a cerveja do congelador!- Ah, pai! Logo agora...- Anda, não reclama!Tirei as cervejas colocando na parte de baixo da geladeira.- Posso abrir uma?- Não!- Vou colocar no congelar de volta!- Te faz de louca! Mais tarde você abre, ainda é muito cedo. Acabamos de almoçar.- Atá, até parece... Aonde a mãe foi?- Está ali na vizinha!- Vou ali também!- Negativo, preciso de alguém para me ajudar aqui!- Fazer o que?- Encher o chimarrão para mim!Só sacudi minha cabeça. Fiquei ali enchendo, mais o saco, do que o chimarrão propriamente dito. Entre um disco e outro trocado no toca-discos, eu ligava uns pagodinhos no rádio, dois em um, uma tecnologia ultrapassada para nossa geração que já escuta “cd”. Mas, eu quero muito uma bicicleta grande
Copyright © 2021 por Jê Agne Título original: Meu 1994 Revisão: Shainnee e MSL Jerusa Agne mais conhecida como Jê Agne, nascida e criada em um bairro pobre de Porto Alegre, em meio a tantas adversidades começou a escrever para tentar superar uma crise de síndrome do pânico, começou a pegar gosto pela escrita e surge a primeira obra publicada em 1º de novembro de 2018. Amante de séries, filmes e literatura, divide o seu tempo entre a família e o trabalho. Hoje Jê mora com sua família em uma pequena cidade de Santa Catarina, Taió, onde continua escrevendo. Jê diz que sua vida está no auge da juventude. Alegre, extrovertida, tem a música como companheira para escrever e se inspirar. Além de trazer em suas histórias um pouco de sua personalidade e vivência pessoal. Tudo que faz é com amor, pois acredita que nada que se faça sem amor é bem feito. Acadêmica no q
Copyright © 2021 por Jê AgneTítulo original: Meu 1994Revisão: Shainnee e MSLJerusa Agne mais conhecida como Jê Agne, nascida e criada em um bairro pobre de Porto Alegre, em meio a tantas adversidades começou a escrever para tentar superar uma crise de síndrome do pânico, começou a pegar gosto pela escrita e surge a primeira obra publicada em 1º de novembro de 2018. Amante de séries, filmes e literatura, divide o seu tempo entre a família e o trabalho. Hoje Jê mora com sua família em uma pequena cidade de Santa Catarina, Taió, onde continua escrevendo.Jê diz que sua vida está no auge da juventude. Alegre, extrovertida, tem a música como companheira para escrever e se inspirar. Além de trazer em suas histórias um pouco de sua personalidade e vivência pessoal.
Primeiro dia de aula no ensino médio, ansiedade tomava conta de mim, será que eu teria tantos problemas nesta escola como eu tinha na outra? Cheguei direto no local onde os nomes estavam escritos em folhas fixadas, na parede do saguão da escola, logo encontrei meu nome, turma 101 do turno da manhã. Estava ali, meu nome em meio a tantos outros, senti um braço por cima do meu ombro sendo levemente apoiado largando seu peso devagar e apontando com o dedo um nome na mesma lista em que meu nome se encontrava, Clayton da Silva. Fui virando com meus olhos acompanhando o braço, ele estava parado pouco atrás de mim, mais ao lado direito. Ele me deu sorriso o qual acabei correspondendo. Então ele apontou com a cabeça para a lita, logo entendi o que ele queria, peguei sua mão e apontei meu nome na lista, Keisla Albert.- Bonito nome! – Ele falou. – Você não é daqui, não é
Hoje eu teria aula efetivamente, pela primeira vez depois de uma semana de organização. Esse fim de semana, Dri e eu fomos em um baile, um tipo de festa típica da região onde moramos. Depois de um dia cheio de divertimento eu dormi muito tarde, estava quase dormindo na sala de aula.- O menina gênio! Vira aqui para trás.- O que foi, Clayton?- Você está bem?- Deixa ela! Parece que foi atropelada por um caminhão.- Não consegui dormir direito, Adyne!- Está aí uma coisa que você não precisa dizer. Está estampado na sua cara, igual a um outdoor na esquina da principal sinalizado com luzes vermelhas piscantes!- Nossa, que exagero, Clay! Ela não está tão ruim assim, só mais quieta que o normal!- O que já deu para perceber que ela está muito ruim, ela fala pelos cotovelos!- Quand
- Eles estão sem camisa! Não posso jogar com eles...- Oh, esperta! Olha ao seu redor, tem outra menina jogando futebol?- Ah, não! É verdade. – Dei um sorriso e me coloquei na linha da zaga.Entramos intervalo adentro jogando, eu acabei saindo logo em seguida, pois havia um número considerável de meninos querendo jogar. Juntei meus sapatos, minhas meias e fui até uma torneira que fica perto de um banco para poder lavar meus pés e esperá-los secar sem ter que caminhar muito para não sujá-los novamente.- Você pensou sobre o grupo cultural?Veio um dos meninos de outra turma falar comigo.- Ainda não havia pensado nisso, na verdade, eu já havia até esquecido disso! Mas eu acho que vocês podem criá-lo sem mim. Já estou achando que tenho coisas o suficiente para me preocupar.- Você pode só partic