Durante a noite, Niara não parava de tossir, e muito sangue saia de sua boca.

-- Vou ficar bem, pelo amanhecer. -- disse ela.

Segurei em sua mão, e está pesada como pedra.

-- Não consigo acreditar no que me dizes. O que você tem? Eu sei que você sabe, e por isso só tem evitado ver o médico.

Ela ficou alguns instantes apenas me olhando. Entrelacei nossos dedos. Seu corpo está ficando frio.

-- Vou chamar um médico. -- falei me levantando da cama. Não aguentando mais lhe ver nessa situação. Ela ainda me forçou a ficar.

-- Não vai adiantar em nada. Eu só quero estar do meu lado, nesses últimos momentos, eu quero que você me prometa que mesmo se eu morrer, você vai libertar o meu povo. Eu não quero que o meu sonho morra comigo.

-- Então, viva para vivenciá-lo.—Soltei sua mão. Não me despedi, pois mal entrei no quarto senti o cheiro de sangue.

Abri a porta do quarto, e fui caminhando pelos corredores, até chegar na porta de Tony. Bati a porta três vezes, até ouvir Renom murmurar. Levou algu