- Espero que esteja feliz Suzana. Aquele babaca, vai me obrigar a casar com alguém. -- eles ficaram apenas três dias e depois retornaram ao seu palácio, de fogo.
Suzana ri.
-- Você Não me deu escolha. Se você soubesse o quão a imperatriz fica possessa de raiva quando se trata de sua segurança, você não estaria me dizendo isso. E eu quero me casar e ter filhos, não quero ver minha cabeça rolar por deixar você morrer.
Suzana cuida de mim desde os meus catorze anos, e quando vim para cá, Tonya mandou que ela viesse também, para cuidar de mim. Ela para mim, é mais que uma empregada, é como uma irmã para mim, por isso não a repreende por tomar suas próprias decisões.
-- Ele quer me casar. -- ela ri mais ainda.
-- Se você se apaixonar antes, você ganha essa corrida.
-- Babaca.—digo terminado de me organizar.—A mansão estará sob sua responsabilidade, Jalil irá chefiar a segurança na nossa ausência. Tudo bem?
-- Entendido, Ras. -- ela assente.
Ras é uma linguagem nativa da região de Jasher que significa Líder.
-- Devia ser professora. -- ela me segue a medida que caminho para a sala, onde tomo meu café da manhã.
-- Se case, e eu terei mais tempo livre, e não serei obrigada, a te seguir para todo canto.
Como estou ansioso para sair, nem levo muito tempo, tomando meu café.
-- Espero que Simba não ouça isso.—seu rosto fica vermelho, e é minha vez de rir-se não teria outro homem querendo se livrar de mim.
-- Vai trabalhar, Ras.
Encontrei Simba do lado de fora, me agarrando com os cavalos castanhos que usamos. Vestimos trajes simples, e matos castanhos que cobrem nossas cabeças. Para a minha sorte, não sou conhecido na áreia, como príncipe-vontade de Jasher ainda não me desloquei, até lá, por questões óbvias. Levamos em torno de duas horas para atravessar a fronteira.
Chegando a um dos distritos do país da areia, fomos recebidos, pela atmosfera completamente diferente, do país do fogo, ou da província de Jasher. Tem uma taxa alta de população, e as pessoas andam muito apressadas, semblantes estressadas, e gritando de um lado para o outro, é um lugar barulhento, não sou de barulho.
-- O que faremos primeiro, Ras. -- Simba.
- Reconhecimento territorial, vamos tentar explorar o máximo possível, ver como eles fazem as coisas por aqui.
Estar aqui, me trás de um certo modo, más lembranças, eu e minha mãe, vivíamos nos escondendo e fugindo, esse país não me trouxe nada de bom.
Cavalgamos por um bom tempo, sem descansar, quando a noite chegou, paramos, numa, Kisaeng, onde podemos comer, e descontrair, eu gosto de arte, e especialmente música, isso por influência de Tonya, por isso frequentemente vou para Kisaeng.
Assim que chegamos o porteiro nos encara de cima para baixo, avaliando nossa capacidade de pagar, uma estadia, na Kisaeng.
-- Onde fica a recepção.—Simba pergunta rude, e se coloca na frente do porteiro. Uma ameaça silenciosa.
-- Logo a direita. -- o porteiro abre passagem.
Simba abre espaço para que eu passe primeiro. O lugar não é grande coisa, já frequentei casas de Kisaeng, melhores. O lugar é rústico, feito de ótimas madeiras, e pouco adorno a ouro.
-- Dois quartos. -- Simba diz a recepcionista.
- Quanto tempo vão ficar?
-- Uma semana.
-- Uma semana, três refeições por dia, entretenimento durante a noite. O preço, cem moedas de prata, e três de ouro.
-- Esse lugar né, vale tudo, isso, isso é um roubo. Sem essa garota.—Simba diz ultrajado.
-- Se não tem dinheiro para pagar pelos nossos serviços, convido que se retire. -- a garota diz friamente.
-- De-lhe o dinheiro, Simba.—ele ainda fuzila a mulher antes de tirar o valor e a entregar, e ela nos entregar as chaves dos quartos. A mulher explicou onde fica a sala de refeições, os quartos, e os banheiros.
-- Vamos comer primeiro.—digo enquanto observo o edifício.
Caminhamos para a sala de refeições. Com o buffet já colocado, nós servimos, escolhemos uma mesa e nos sentamos. O lugar não está muito cheio, e a poucas mesas, pelos trajes, a maior parte são comerciantes em viagem, pessoas que tem algum dinheiro para se instalar nesse lugar.
Enquanto nos sentávamos, uma mulher terminava de apresentar uma prosa.
-- É uma elfa.—Simba leio-me os pensamentos.—Essa espécie é abundante aqui, mas ultimamente, é difícil ver um.
No palco, permanecem outras elfas que tocam diversos instrumentos. A maior parte da população da área, tem a pele da cor do mel, variando em seus tons, e não é diferente das elfas que vejo,a diferença está na sua beleza, a tonalidade de seus cabelos, que brilham em cores únicas, e as marcas que marcam seus rostos, como se fossem códigos.
-- Porque?—Simba, é do país do fogo, pele bronzeada, cabelos vermelhos e curtos, ele serviu junto comigo na guerra. E por ordem do imperador fui designado, para me auxiliar.
-- Um decreto imperial, que tira a liberdade de qualquer espécie que não possa ser considerado cem por cento humana. Já faz cinco anos que está em vigor.
-- Dramático. –tiro o mapa de meu bolso e coloco sobre a mesa. Por questões de segurança ficamos num distrito médio, e não tiramos os nossos mantos, não posso correr riscos, que chegue aos ouvidos de alguém indesejado que estou aqui. -- Amanhã devemos passar por esses pontos.
-- Até onde eu sei, esses lugares, Ras, são desérticos, não existe praticamente nada além de mata.
-- É exatamente por isso Simba, não podemos ignorar os pormenores, se a resposta para esse lugar for guerra.
Voltei para casa, para a cidade meio apagadaVoltei para casa para encarar o que nos encaramosEste lugar precisa de mim aqui para começarEste lugar é a batida do meu coraçãoPerco atenção no que estava falando, e encaro a mulher que está no palco, seus cabelos crespos são brancos, sua sobrancelha da mesma cor, seu olhar dourado como o ouro, um metro e sessenta, em um vestido decente. Sua voz tira atenção de qualquer pessoa, todos param seus afazeres só para a ouvir cantar.Oh meu coraçãoOh meu coraçãoOh meu coraçãoOh meu coraçãoSuas orelhas são pontiagudas, seu olhar distante, canta de olhos fechados, dando voltas ao palco.A tempestade não me matouO governo mudouOuça o chamado de respostaOuça com um novo arranjoOuça as árvores, os fantasmas e os edifícios cantandoCom a sabedoria para conciliar essas coisasÉ doce, é triste e é verdadeComo nao parece amargo para vocêOh meu coraçãoOh meu coraçãoOh meu coraçãoOh meu coraçãoSou um grande apreciador de música, e também de
Seu tom de voz é calmo e não abre espaço para discussões. Ele não está pedindo, apesar de seu tom calmo, ele não demonstra raiva, e muito menos irritação. Mas, há algo nele que grita perigo, então eu simplesmente fiz imediatamente o que ele mandou.Não esperava que o mesmo homem que cheguei minutos atrás, fosse estar na minha frente neste momento. Pouco consigo ver de seu rosto devido o capuz que ele usa. Apenas consigo ver o tom de sua pele, seus olhos, lábios, e algumas mechas castanhas que escapam do capuz.-- Se não querem me fazer mal, então saiam deste lugar. É minha casa, e não quero aqui.-- Tudo bem. Simba, vamos voltar. -- ele me deu as costas e saiu.Simba, me lançou um olhar ameaçador antes de se retirar. Respirei aliviada, mas não pude deixar de me sentir intimidada pela calmaria daquele homem. Não pensei que ele fosse aceitar sair sem mais nem menos, sem querer nada em troca, ou alguma explicação.Droga, está tudo queimado graças ao imecil do Simba.Sempre que tenho temp
ORIEL GHEDIAo fim de uma semana, nós já tínhamos terminado a nossa pequena expedição. Mas, antes de sair da casa de Kisaeng, pedi para me encontrar com a proprietária.Uma sala particular, foi-nos preparado, aguardei algum tempo até uma senhora, de idade avançada, cabelos rosados, e olhos que parecem pérolas, e mesmo sem aparecem as orelhas pontiagudas, pela aura dela, percebe-se que é uma elfa. Para não ser desrespeitoso, tirou o capuz, permitindo que ela visse o meu rosto por completo.-- Saudações.—a mulher me encara milimetricamente—eu sou a China, a proprietária. Por favor, acomode-se.—um aperto de mãos, ela se senta na cadeira feita de couro braço, de frente para mim.—em que posso lhe ajudar?-- Quanto custam suas cortesãs?—Uma das coisas que eu gostei deste lugar, é a sua descrição, eles não pedem informações pessoais de seus clientes. O que me faz pensar que este é um ótimo lugar para pessoas ricas que querem se divertir, ou resolver algum assunto, estarei, sem correr riscos
Simba me olha, irritadiço, e o meu comprador, não sei decifrar o seu olhar. A proprietária, tirou a marca que lhe fazia minha dona.-- Que tipo de marca vai querer?—ele é alto, deve ter dois metros, ele consegue ser mais alto que Simba que aparenta ser mais velho. Sua pele é morena, seus cabelos castanhos, e seus olhos na cor do mel, seus cabelos chegam até o ombro, e está cortado em formato de escadas. Até parece a juba de um leão. Por outro, Simba tem cabelos curtos vermelhos, e pele bronzeada. Ambos são fortes, mas Simba, é mais musculoso.-- Nenhum. Sem marcas.Tanto eu como a proprietária ficamos surpresas, de certa ele é estrageiro, nenhuma pessoa da área, compraria um elfo sem marcar depois.- Se não marcar, corre o risco, de que presuma que não tem dono, e a leve.—Chinara explica.Ele olha para nós, de forma séria, e não me parece satisfeito com a explicação de Chinara. Ela colocou as mãos, em volta do pescoço, e depois, tirou um colar de prata, com pingente de lobo.-- Use is
Suzana, me apresentou a mansão toda, de seguida me mostrou o meu quarto, que fica do lado, do quarto do Ras. O quarto, é incrivelmente grande e belo.Então ela me convidou a ir para uma das lojas de roupas, escolheu várias roupas para mim, e acessórios de roupa.Levamos a tarde inteira comprando roupa, acessórios, saltos e maquiagem. Me senti esgotado. Quando voltamos ao palácio, ela chamou uma serva para me ajudar com o banho.O luxo é bom, mas não gosto de ser tratada como objeto, ou como animal. Eu devo, eu quero seguir os conselhos da minha antiga proprietária, mas, eu queimo de raiva pela forma como os humanos nos tratam.Depois que a serva terminou de me preparar, fui conduzida até a sala de refeições. Onde o príncipe, já me acordava. a mesa foi servida só para nós os dois. Puxei uma cadeira e me sentei de lado para ele.-- Gostou do seu quarto?—ele perguntou em meio a refeição.-- É legal.—a comida daqui, é muito gostosa, tem muita carne saborosa.—Eu não sei seu nome, não sei
ORIEL GHEDI-- Sabe, eu ainda estou tentando entender porque trouxe uma cortesã. -- Suzana disse de pés, cruzados em meu escritório.-- Ela canta.-- Eu percebi, ela canta muito bem. É uma habilidade dos elfos, está hipnotizado, de amor.—olhei para ela com a sobrancelha arqueada. -- duvido. Ela não me parece, ma, mas Simba não gosta dela. O que aconteceu.-- Invadimos o espaço dela, em Sem. Ela ficou irritada, e tentou proteger sua casa. Você sabe como o Simba é, quem tira a espada da bainha sem conversar, quer lutar.-- Hmmm. -- ela acena.Para de escrever e a encara.-- Sei, que vai fazer seu relatório semanal para mana, pode me fazer o favor de ocultar a parte de Niara, estar aqui. É uma surpresa.-- Uma surpresa para ela ou para o imperador que está tentando te casar.--riu irônica. -- Sabe, que isso dá no mesmo né? Vai lá apresentar uma garota, ai ele vai dizer, porque não se casam.- Pelo menos, essa garota, eu escolhi.-- É um ponto.Na minha opinião, as pessoas mais explosivas
Está bem que eu estou devagar, mas, eu não esperava encontrar ele fora das muralhas de areia. Isso é tão extraordinário.-- Como?—volto a indagar, e sem me aperceber fico na forma de elfa.-- O nosso povo vai continuar lutando, mesmo quando tudo indicar nossa extinção. Eu fugi para cá no tempo de guerra, e mais alguns elfos. Sempre que houver uma chance de fugir da morte, os elfos vão agarrar-se a isso com tudo. Não foi assim que chegou até aqui? Fugindo?Fiquei segundos, quieta, sem saber o que dizer. Com as mãos na cabeça e os cotovelos na coxa.-- E onde estão os outros elfos, que chegaram até aqui.—perguntei ansiosa, para saber onde fica o nosso novo esconderijo.-- Dispersos por aí. Vivendo suas vidas, criando seus negócios. Aqui não temos necessariamente que nos esconder. -- ele fez uma pausa—mas, me conte como chegou até aqui?-- Alguém me trouxe. -- disse num tom baixo.-- Oh. Essa pessoa deve te amar muito e...—ele continuou a falar um monte de coisas que não tinha cabeça pa
NIARA.O que ele pensa que está dizendo. Como ele pode dizer que somos iguais, depois de tudo que meu povo passou e continua passando. Aquele decreto que diz que nós não somos cem por cento humanos, por isso não podemos gozar de direitos. Que devemos ser vendidos como escravos. Que não somos nada além de objetos. Eles se aproveitam da nossa conexão com plantas e animais, eles usam a nossa destreza e habilidade em artes, como música, poesia, dança e até na guerra, para ganhar vantagem, ganhar mais poderes. Eles nos vêem como nada.-- Você não sabe o que está dizendo. -- digo com o coração profundamente amargurado.-- A alguns anos, o ser humano se odiava mais por isso, porque acreditava em raça humana. Brancos, pretos, mestiços, pardos, albinos, entre muitas outras, aliás, a muitos anos não, até hoje, as pessoas se odeiam pelo tom de pele, cabelo, altura, massa, aspectos físicos causados pela variabilidade genética dentro da raça humana, em vez de raças distintas. A diversidade humana