NIARA.O que ele pensa que está dizendo. Como ele pode dizer que somos iguais, depois de tudo que meu povo passou e continua passando. Aquele decreto que diz que nós não somos cem por cento humanos, por isso não podemos gozar de direitos. Que devemos ser vendidos como escravos. Que não somos nada além de objetos. Eles se aproveitam da nossa conexão com plantas e animais, eles usam a nossa destreza e habilidade em artes, como música, poesia, dança e até na guerra, para ganhar vantagem, ganhar mais poderes. Eles nos vêem como nada.-- Você não sabe o que está dizendo. -- digo com o coração profundamente amargurado.-- A alguns anos, o ser humano se odiava mais por isso, porque acreditava em raça humana. Brancos, pretos, mestiços, pardos, albinos, entre muitas outras, aliás, a muitos anos não, até hoje, as pessoas se odeiam pelo tom de pele, cabelo, altura, massa, aspectos físicos causados pela variabilidade genética dentro da raça humana, em vez de raças distintas. A diversidade humana
Minha cabeça acaba de colapsar. Como assim, o príncipe-vontade do império do fogo, é do país da areia. Será que tem alguma relação com a família real? Não me recordo de alguma vez ter visto. Eu sei que o imperador da areia tem quatro filhos, eles já foram apresentados ao público, desde a sua infância. Um dos quais, foi responsável por afastar Mika de mim.Todos os filhos do imperador da areia, são casados, com moças nobres, algumas inclusive do clero. Seus casamentos foram um mais luxuoso que o outro.Os primeiros a entrar foram os imperadores do fogo.-- Oriel.—a imperatriz foi a primeira a cumprimentar o príncipe intimamente e lhe dar um abraço.—Você está bem?-- Estou sim.—a imperatriz olhou para ele de forma fraterna, e mesmo sendo baixinha, bagunçou os cabelos dele, como se ele fosse uma criança.—Imperador Renom.-- Oriel.—eles se saudaram com um simples aperto de mão. O imperador olhou na minha direção, e depois para Oriel, trocaram olhares significativos, e por fim o imperador
Os servos serviram o banquete, colocando as melhores safras de vinho. As melhores carnes de legumes. Uma mistura de pratos, do país do fogo, conhecido pelo clima quente, e o país da areia, clima temperado.-- A vida não é só trabalho, Renom. É curtir com a família. Devia dar um desconto, para ele vir curtir com sua família, em sua terra natal.—Shakur.-- Ele já tem uma família.--a imperatriz Antonieta disse se intrometendo. Sendo completamente rude e deixando claro, que não abriria mão de Oriel.-- Falo de família biológica, imperatriz.—Shakur disse sem se deixar intimidar.- Família é quem cuida, não quem gera. E se estivesse preocupado em se aproximar dele, teria vindo atrás dele antes, não acha, quando ele ainda era só uma criança indefesa.- Nada que eu não tenha tentado.—Shakur disse estalando a língua. Ficando desconfortável, por Tonya mencionar o abandono tão descaradamente.-- Que tentasse mais. -- Tonia disse como se fosse obvio.—que fosse até os confins da terra para o achar
NIARA.Me lembrando da conversa que tive com ele em meu quarto, eu pensei que não passasse de uma filosofia vã. Mas, depois de presenciar esse momento de tensão, sei que ele fala com conhecimento da matéria. Ele também já foi rejeitado, ele não nasceu no berço de ouro, e até onde percebi foi abandonado pela sua própria família. E ficou claro que se não fosse pelo status que ele conquistou, a família dele não estaria assim tão preocupada em lhe colocar de seu lado.Levantei-me da mesa, e caminhei em direção ao piano, que foi tirado da sala de música para a sala de refeições. Penso que ele já havia calculado que algo do gênero aconteceria.Por isso ordenou que o piano descesse.A imperatriz Antonieta não parece gostar muito da família real, e se for assim. E se houver uma chance, de ter, o império de feni lutando pelo meu povo.Sento-me no banquinho.Mas, para isso acontecer, primeiro, eu teria de fazer Oriel lutar por mim. Mas, ele parece inalcançável. E até quando tudo aponta que ele
ORIEL GHEDIParados e observando as carruagens se afastando. Viro minha atenção a Niara que está muito bela em suas vestes, como se fosse uma mulher da alta sociedade. E com os saltos que veste quase, estamos na mesma altura.-- Foi tenso. -- ela comenta.- Foi mesmo.Ela inclina seu corpo e remove seus saltos.-- Se importa?—Fala balançando os saltos nas mãos.-- Não, de todo.—tiro meu paletó e seguro colocando atrás das costas. Ela passa na minha frente. Seu corpo é esbelto, de cintura fina e o busto cheio. Sua bunda acompanha o movimento de ancas. E por onde ela passa a grama acende.É hipnotizante.-- Suba para o meu quarto, te encontro lá. -- ela me olha por cima dos ombros. E depois assente. As portas são abertas para que ela possa entrar.Os empregados, estão ocupados, organizando tudo que foi usado.-- Quer que devolvamos o piano, Ras. -- Suzana.-- Não, deixe-o aí. Mande alguém levar uma taça de vinho e dois copos para o meu quarto.-- Certo.Subo e antes de ir ao meu quarto
NIARAMe desculpe, Shena, por criticar, seu gosto por sexo. Isso é bom, não um pouco bom, mas muito bom mesmo. Depois da primeira rodada, Oriel me convidou a me banhar com ele. Ele me lavou. Me tratou como uma princesa. Como se eu fosse a mulher dele. Depois me levou para cama, e transamos de novo. Mas dessa vez foi diferente, foi mais agressivo, mais forte. Colocou-me de quadro e amarrou minhas mãos atrás das minhas costas. Suas estocadas são intensas, senti ele entrando e saindo do meu útero.Na terceira rodada amarrou minhas mãos sobre a cabeceira da cama. Vendou os meus olhos, senti frio, à medida que ele colocava cubos de gelo em meu corpo, os enxugava com a língua. Colocou minhas pernas ao lado da minha cabeça, e investiu.Meus pés estão trêmulos, sofro espasmos, e um líquido sai de dentro de mim. Ao mesmo tempo que me sinto aliviada me sinto fraca, não consigo pensar em mais nada a não ser no que ele está fazendo comigo.(...)Desperto sentindo dor em todo o meu corpo. Reparo q
Abaixo das escadas, o vejo conversando com uma mulher jovem. A conversa parece ser muito interessante porque eles não notam minha presença, a mulher sorri para tudo que ele diz. Um aperto no peito. E a sensação desconfortável de os ver juntos.-- Niara.—seus olhos caem em mim. Não faço questão de sorrir falsamente apenas descer as escadas.-- Príncipe, não sabia que havia casado. -- a mulher diz completamente. -- não faz nem muito tempo que viajei.- Eu ainda não me casei.—assim que termino de descer as escadas. Ele coloca a mão em volta da minha cintura me fazendo ficar na minha frente.—Ela, é a minha cortesã.-- Oh. Entendi.-os olhos da mulher me analisam milimetricamente. Para sorte dela, estou na minha forma humana.—Sou Suely Monteiro, muito prazer, senhorita Niara.-- Saudações, senhorita Suely Monteiro.-- A família dela é nativa de Jasher, são grandes comerciantes, e ajudam bastante o povo.—completo Oriel.-- Fazemos o possível para ajudar o nosso, Ras, a cuidar de nós.No mesm
O grande dia chegou, e estou dentro de uma carruagem a caminho do palácio do imperador Shakur. As lojas estão fechadas, e acredito que todo mundo foi reunido, no jardim real. À distância, vejo a antiga casa de Kisaeng, onde eu trabalhava. Espero poder ver as meninas.-- Você poderá ver suas amigas, assim que sobrar tempo.Oriel está sentado à minha frente. Vestindo terno preto, sobretudo verde com detalhes nos ombros salientes a dourado, nas mangas e na ponta do sobretudo que passa a cintura e está acima dos joelhos, também a dourado. Suas botas são pretas e sua gravata é verde, com uma pedra verde no colarinho. Seu terno combina perfeitamente, com o meu vestido gowen volumoso, verde, com decote em formato de V, alça grossa, e detalhes em formato de W que tampam discretamente o peito. Gargantilha com um perlo verde, versão feminina daquela que Oriel tem. E sapatos peep toe, preto.A nossa carruagem se junta num amontoado de carruagens estacionadas no lugar privilegiado, e cada um com