Sammy
Era sete da noite e Marcus ainda não tinha chegado em casa. Eu havia pegado algumas roupas minha na minha casa mais cedo, fui ao mercado e depois voltei pro apartamento.
Eu era uma péssima cozinheira, mas queria fazer algo importante para Marcus. Para contar que Lou sabia que podia ser irmã dele. Para contar que eu tinha engolido a minha opinião indesejada e feito algo bom por ele. Queria que ele ficasse feliz. Sean havia me dito que seu dia não foi tão bom assim. Teve um pequeno acontecimento na oficina que deixou Marcus com o humor mais escuro do que o do próprio Sean em seus piores episódios, segundo meu irmão.
Cat me ajudou no cardápio. Como era praticamente minha primeira vez na cozinha, ela mesma cozinhou. Claro, sempre me ensinando. Tentei aprender tudo o que
SamanthaA mão me manteve presa apenas por um segundo, logo depois se afastou e consegui me sentar. Eu estava arfando e meu coração estava acelerado. Passei as mãos geladas no cabelo molhado e respirei fundo muitas vezes. Busquei ao redor até achar o invasor.Era uma mulher ruiva, no máximo dezoito anos e estava sentada na pia, balançando as pernas como se nada de errado estivesse acontecendo ali. Seus cabelos estavam presos, ela vestia uma roupa preta e sorria pra mim.— Não precisa ficar assustada, Sammy. Foi só uma brincadeirinha.— Quem é você? — exigi saber.Levei minhas pernas para me cobrir e abracei meus joelhos, tentando não tremer de medo. Eu estava assustada, m
Camille KerrDylan entrou no escritório e parou quando me viu sentada em sua cadeira, com os cotovelos apoiados na mesa e os olhos vidrados nele. Eu pudi ver a surpresa com clareza e quase podia ouvir ele dizer mentalmenteque porra é essa.Dylan estava praticamente igual a última vez que o vi, quase três anos atrás. A diferença estava em seus cabelos, barba, na altura e na pequena cicatriz ao lado da boca, bem recente pelo jeito.— Se metendo em brigas, Black? — sorri de lado e joguei meu cabelo ruivo pra trás. Dylan não disse e nem fez nada. Bufei — Sente, Dylan. Temos coisas pra conversar.— Por exemplo? — ele perguntou adentrando mais no escritório.— So
Sammy10 de setembro.Acordei sorrindo e me sentei na cama, suspirando alegre. Eu tinha oficialmente dezoito anos.Eu sou adulta!Eu amava os meus aniversários. Era o dia em que eu mais comia doces e falava coisas que ninguém queria ouvir, mas ninguém dizia nada sobre isso porque era o meu dia!Me levantei e fui direto tomar um banho. Eu tinha escola, mas ia tentar convencer meu pai a me deixar ficar em casa. E como sempre, iria falhar. Tomei banho rapidamente e me vesti. Desci as escadas e encontrei minha família na cozinha, todos prontos para tomar café da manhã.Sean sorriu quando me viu e veio me abraçar bem
"E aí você surgiu, e me fez sentir a felicidade que eu nunca senti na vida, que ninguém havia me proporcionado. Você tinha medo de não ser a pessoa certa para isso, e olha só, não poderia existir pessoa melhor para trazer a minha felicidade de volta. São tantos motivos que eu tenho pra te amar, que não caberia so em uma vida para te mostrar. Eu só queria que soubesse que em qualquer lugar que eu esteja, você sempre vai estar, dentro do meu coração."-Maria Clara Nogueira.___SammyMarcus estava mesmo esperando por uma reação minha, mas tudo o que eu conseguia fazer era encarar aquela casa de queixo caído. Não era nem uma casa, era uma mansão. Linda, grande e cara.Respirei fundo e fechei a porta do carro.- Era
SammyEu tive uma bela festa surpresa de aniversário. Marcus foi o caminho todo até minha casa em silêncio, me dando um belo banho de gelo. Quando abrimos a porta e entramos em casa eu vi todos os meus amigos e minha família reunidos na sala nos esperando. Todos cantando parabéns pra mim em uma só voz. A casa estava toda decorada, com balões e faixas dizendoFeliz aniversário, Sammy.Chorei e ri bastante. Eu já esperava aquilo, mas não depois da discussão que tive com Marcus. Estava com a cabeça cheia, mas eles me fizeram sorrir como nunca antes. E Marcus me pediu desculpas outra vez. Dançamos abraçados na sala com nossos amigos e familiares ao nosso redor. Depois dancei com Branna, as meninas e os meninos. E com o meu pai que não parava de chorar. Às vezes papai ficava muito emotivo. Eu sabia o porquê.
Manassas, VirgíniaSammyEu estava pirando um pouco. Não conseguia me controlar. Ter Marcus na mesma cidade que minha mãe era uma loucura. Minha mãe odiaria Marcus com todas as suas forças. Ela era assim. Eu sabia que minha mãe não era o diabo e ela não era má. Ela tinha pensamentos antiquados, maldosos, preconceituosos e tudo mais, mas não era o diabo. Ela ainda era a minha mãe, como Marcus bem disse. Ela era a minha família e não se desiste da família, por mais ruim que ela seja. Eu podia dizer que aprendi aquilo com os Black. Eles podiam não saber como demonstrar o amor, mas sabiam como ficar juntos nas piores horas. E isso bastava para torná-los melhores.Chegamos em Manassas na sexta à noite. Nos hospedamos em uma pousada confortável. Tomamos um banho juntos, aproveitando um ao outro. Ter Marcus a
SammyMarcus me observou por um bom tempo. Ele estava em pé ao meu lado, enquanto eu estava debaixo das cobertas, o rosto vermelho de tanto chorar.— Eu me detesto. — sussurrei.— Não, Samantha.— Sim, Marcus. Eu não deveria chorar por causa dela. Minha mãe me odeia. E tudo bem porque... ah, droga.Marcus se sentou ao meu lado e me puxou para seus braços confortáveis.— Sua mãe só precisa pensar. Ela vai reconsiderar.— Não, não vai.— Mães são complicadas, babe. Não sei muito sobre elas, mas sei que não tem nada nesse mu
MarcusMe sentei na cadeira da sala de espera e coloquei as mãos na cabeça. O cheiro de hospital me fazia querer vomitar. Respirei fundo algumas vezes e peguei o celular de Samantha em meu casaco. Procurei o número nos contatos e liguei.—Aubrey. — Lauren Preston disse depois de dois toques.Aubrey.Esse era o nome do meio de Samantha. Tão lindo quanto o primeiro. Senti meu coração se aquecer ao ouvi-lo.— Não. — limpei minha garganta — Não é a Samantha. Meu nome é Marcus. Eu sou o namorado dela.Não ouvi nenhum som por um tempo.—Eu vou