Manassas, Virgínia
SammyEu estava pirando um pouco. Não conseguia me controlar. Ter Marcus na mesma cidade que minha mãe era uma loucura. Minha mãe odiaria Marcus com todas as suas forças. Ela era assim. Eu sabia que minha mãe não era o diabo e ela não era má. Ela tinha pensamentos antiquados, maldosos, preconceituosos e tudo mais, mas não era o diabo. Ela ainda era a minha mãe, como Marcus bem disse. Ela era a minha família e não se desiste da família, por mais ruim que ela seja. Eu podia dizer que aprendi aquilo com os Black. Eles podiam não saber como demonstrar o amor, mas sabiam como ficar juntos nas piores horas. E isso bastava para torná-los melhores.
Chegamos em Manassas na sexta à noite. Nos hospedamos em uma pousada confortável. Tomamos um banho juntos, aproveitando um ao outro. Ter Marcus a
SammyMarcus me observou por um bom tempo. Ele estava em pé ao meu lado, enquanto eu estava debaixo das cobertas, o rosto vermelho de tanto chorar.— Eu me detesto. — sussurrei.— Não, Samantha.— Sim, Marcus. Eu não deveria chorar por causa dela. Minha mãe me odeia. E tudo bem porque... ah, droga.Marcus se sentou ao meu lado e me puxou para seus braços confortáveis.— Sua mãe só precisa pensar. Ela vai reconsiderar.— Não, não vai.— Mães são complicadas, babe. Não sei muito sobre elas, mas sei que não tem nada nesse mu
MarcusMe sentei na cadeira da sala de espera e coloquei as mãos na cabeça. O cheiro de hospital me fazia querer vomitar. Respirei fundo algumas vezes e peguei o celular de Samantha em meu casaco. Procurei o número nos contatos e liguei.—Aubrey. — Lauren Preston disse depois de dois toques.Aubrey.Esse era o nome do meio de Samantha. Tão lindo quanto o primeiro. Senti meu coração se aquecer ao ouvi-lo.— Não. — limpei minha garganta — Não é a Samantha. Meu nome é Marcus. Eu sou o namorado dela.Não ouvi nenhum som por um tempo.—Eu vou
MarcusPisquei e passei as mãos nos olhos, sem acreditar no que eu estava vendo. Era Branna. Mas eu sabia que não era a Branna de John. Ela estava em Chicago, grávida de gêmeos. Aquela garota atrás de Saoirse, que tinha o rosto de Branna, era sua irmã gêmea Belisa.— Saoirse, eu tenho que limpar os banheiros, também? Porque, maninha, aquilo ali está pior que o quarto do Dame.Saoirse sorriu: — Não. Ah, vamos lá nos fundos. Tirar uma pausa. — ela se virou para me olhar e franziu a testa, preocupada — Está tudo bem?Pisquei tentando voltar ao normal. Me levantei do banco ainda encarando o rosto de Branna.— Eu... eu tenho que ir.
ElenaParei meu carro no estacionamento cheio de motos e soltei o ar. Dentro daquele bar barulhento estava a minha irmã. Me olhei no espelho do carro. Eu estava acabada. Foram duas noites sem dormir, apenas estudando leis e mais leis. Soltei meu cabelo e peguei um gloss na minha bolsa. Passei e quando terminei, balancei a cabeça desgostosa com minha aparência. Segurei o volante com força. Quando John me ligou dizendo que Marcus encontrou Belisa na parte leste de Manassas, senti meu peito inchar de medo, ansiedade e felicidade. Ela estava ali o tempo todo. Bem perto de nós. E nunca a vimos.— Merecemos tal castigo? — perguntei para mim mesma e me lembrei de todas as coisas que já fiz por John em Chicago. Suspirei — Sim, merecemos.Saí do carro abraçando meu corpo. Era uma
Samantha— Ele está muito bem. — a enfermeira me disse gentil.Sorri agradecendo. Oliver estava em meus braços, segurando firme meu dedão, os olhinhos fechados e a boquinha minúscula abria e fechava calmamente, como se estivesse mastigando algo. Ele era tão lindo e pequeno. A coisa mais preciosa que já tive o prazer de ver.Infelizmente, eu ficaria pouco com ele. A enfermeira me explicou tudo direitinho, que por ele ter nascido prematuro estava em observação e tendo cuidados específicos, mas confesso que não entendi bem. Elisa, minha médica em Chicago, achava que tinha uma pequena possibilidade de Oliver nascer prematuro, mas pelo fato de eu ser uma adolescente. Era até comum os bebês de mães adolescentes nascerem antes do tempo. Eu estava me acostumando com a ideia. Mas
MarcusDylan, Evil e Cam se hospedaram na pousada comigo. Samantha e Oliver ainda ficariam um bom tempo no hospital, infelizmente. Lauren ofereceu sua casa para eles ficarem quando saíssem, mas eu não disse nada à Samantha. Ela faria uma guerra se soubesse que sua mãe os queria em sua casa. Samantha estava ainda mais irritada desde nossa conversa sobre o legado da minha família. Ela mal me olhava nos olhos, passava o dia todo falando de Oliver com as enfermeiras. Eu entendia seu comportamento, mas não anulava o fato de que doía ser ignorado pela mulher que eu amava.Jonathan, Jasmine e Damon também estavam na cidade. Foi uma surpresa vê-los. Mas depois de uma conversa com Jonathan entendi seu objetivo. Enquanto eu estive fora, um mensageiro foi à Chicago e deu um prazo de um mês para Louella cumprir a tradição de minha fa
Sammy— Podia ter sido muito pior, Srta. Preston. — disse a enfermeira quando eu acordei.Graças à minha corrida imprudente, segundo os médicos, eu acabei abrindo alguns pontos da minha cesária de emergência. Nada que os maravilhosos médicos não pudessem resolver. Mesmo cuidando de mim, eles insistiram em me dar broncas.— Bem, não foi.A enfermeira fez uma careta para mim e saiu do quarto, me deixando sozinha. Quando me perguntaram o porquê da minha "expedição", eu disse apenas que estava desejando ver meu bebê e que estava sofrendo muito estresse. Não era mentira, mas me senti mal por deixar de fora a parte do invasor. Eu queria dizer, chamar a polícia, mas eu sabia que não devia.
DylanMe sentei no sofá confortavelmente e assisti minha pequena prima Jasmine amarrar o homem na cadeira à minha frente. O homem estava tremendo e olhava Jasmine temeroso, enquanto ela sorria como um anjo.Jasmine terminou de amarrá-lo e passou os dedos pelo cabelo escuro do preso. O homem gemeu medroso e arrancou uma risada divertida dela.— Caipiras.— Jasmine. — eu disse e ela me olhou, se lembrando de nossa missão ali.Jasmine suspirou e concordou calma. Se agachou ao lado do preso e colocou sua pequena faca na coxa esquerda dele. O homem tremeu.— Seu nome foi repetido muitas vezes pelos seus amigos. — Jas disse — T