Sammy
10 de setembro.
Acordei sorrindo e me sentei na cama, suspirando alegre. Eu tinha oficialmente dezoito anos.
Eu sou adulta!
Eu amava os meus aniversários. Era o dia em que eu mais comia doces e falava coisas que ninguém queria ouvir, mas ninguém dizia nada sobre isso porque era o meu dia!
Me levantei e fui direto tomar um banho. Eu tinha escola, mas ia tentar convencer meu pai a me deixar ficar em casa. E como sempre, iria falhar. Tomei banho rapidamente e me vesti. Desci as escadas e encontrei minha família na cozinha, todos prontos para tomar café da manhã.
Sean sorriu quando me viu e veio me abraçar bem
"E aí você surgiu, e me fez sentir a felicidade que eu nunca senti na vida, que ninguém havia me proporcionado. Você tinha medo de não ser a pessoa certa para isso, e olha só, não poderia existir pessoa melhor para trazer a minha felicidade de volta. São tantos motivos que eu tenho pra te amar, que não caberia so em uma vida para te mostrar. Eu só queria que soubesse que em qualquer lugar que eu esteja, você sempre vai estar, dentro do meu coração."-Maria Clara Nogueira.___SammyMarcus estava mesmo esperando por uma reação minha, mas tudo o que eu conseguia fazer era encarar aquela casa de queixo caído. Não era nem uma casa, era uma mansão. Linda, grande e cara.Respirei fundo e fechei a porta do carro.- Era
SammyEu tive uma bela festa surpresa de aniversário. Marcus foi o caminho todo até minha casa em silêncio, me dando um belo banho de gelo. Quando abrimos a porta e entramos em casa eu vi todos os meus amigos e minha família reunidos na sala nos esperando. Todos cantando parabéns pra mim em uma só voz. A casa estava toda decorada, com balões e faixas dizendoFeliz aniversário, Sammy.Chorei e ri bastante. Eu já esperava aquilo, mas não depois da discussão que tive com Marcus. Estava com a cabeça cheia, mas eles me fizeram sorrir como nunca antes. E Marcus me pediu desculpas outra vez. Dançamos abraçados na sala com nossos amigos e familiares ao nosso redor. Depois dancei com Branna, as meninas e os meninos. E com o meu pai que não parava de chorar. Às vezes papai ficava muito emotivo. Eu sabia o porquê.
Manassas, VirgíniaSammyEu estava pirando um pouco. Não conseguia me controlar. Ter Marcus na mesma cidade que minha mãe era uma loucura. Minha mãe odiaria Marcus com todas as suas forças. Ela era assim. Eu sabia que minha mãe não era o diabo e ela não era má. Ela tinha pensamentos antiquados, maldosos, preconceituosos e tudo mais, mas não era o diabo. Ela ainda era a minha mãe, como Marcus bem disse. Ela era a minha família e não se desiste da família, por mais ruim que ela seja. Eu podia dizer que aprendi aquilo com os Black. Eles podiam não saber como demonstrar o amor, mas sabiam como ficar juntos nas piores horas. E isso bastava para torná-los melhores.Chegamos em Manassas na sexta à noite. Nos hospedamos em uma pousada confortável. Tomamos um banho juntos, aproveitando um ao outro. Ter Marcus a
SammyMarcus me observou por um bom tempo. Ele estava em pé ao meu lado, enquanto eu estava debaixo das cobertas, o rosto vermelho de tanto chorar.— Eu me detesto. — sussurrei.— Não, Samantha.— Sim, Marcus. Eu não deveria chorar por causa dela. Minha mãe me odeia. E tudo bem porque... ah, droga.Marcus se sentou ao meu lado e me puxou para seus braços confortáveis.— Sua mãe só precisa pensar. Ela vai reconsiderar.— Não, não vai.— Mães são complicadas, babe. Não sei muito sobre elas, mas sei que não tem nada nesse mu
MarcusMe sentei na cadeira da sala de espera e coloquei as mãos na cabeça. O cheiro de hospital me fazia querer vomitar. Respirei fundo algumas vezes e peguei o celular de Samantha em meu casaco. Procurei o número nos contatos e liguei.—Aubrey. — Lauren Preston disse depois de dois toques.Aubrey.Esse era o nome do meio de Samantha. Tão lindo quanto o primeiro. Senti meu coração se aquecer ao ouvi-lo.— Não. — limpei minha garganta — Não é a Samantha. Meu nome é Marcus. Eu sou o namorado dela.Não ouvi nenhum som por um tempo.—Eu vou
MarcusPisquei e passei as mãos nos olhos, sem acreditar no que eu estava vendo. Era Branna. Mas eu sabia que não era a Branna de John. Ela estava em Chicago, grávida de gêmeos. Aquela garota atrás de Saoirse, que tinha o rosto de Branna, era sua irmã gêmea Belisa.— Saoirse, eu tenho que limpar os banheiros, também? Porque, maninha, aquilo ali está pior que o quarto do Dame.Saoirse sorriu: — Não. Ah, vamos lá nos fundos. Tirar uma pausa. — ela se virou para me olhar e franziu a testa, preocupada — Está tudo bem?Pisquei tentando voltar ao normal. Me levantei do banco ainda encarando o rosto de Branna.— Eu... eu tenho que ir.
ElenaParei meu carro no estacionamento cheio de motos e soltei o ar. Dentro daquele bar barulhento estava a minha irmã. Me olhei no espelho do carro. Eu estava acabada. Foram duas noites sem dormir, apenas estudando leis e mais leis. Soltei meu cabelo e peguei um gloss na minha bolsa. Passei e quando terminei, balancei a cabeça desgostosa com minha aparência. Segurei o volante com força. Quando John me ligou dizendo que Marcus encontrou Belisa na parte leste de Manassas, senti meu peito inchar de medo, ansiedade e felicidade. Ela estava ali o tempo todo. Bem perto de nós. E nunca a vimos.— Merecemos tal castigo? — perguntei para mim mesma e me lembrei de todas as coisas que já fiz por John em Chicago. Suspirei — Sim, merecemos.Saí do carro abraçando meu corpo. Era uma
Samantha— Ele está muito bem. — a enfermeira me disse gentil.Sorri agradecendo. Oliver estava em meus braços, segurando firme meu dedão, os olhinhos fechados e a boquinha minúscula abria e fechava calmamente, como se estivesse mastigando algo. Ele era tão lindo e pequeno. A coisa mais preciosa que já tive o prazer de ver.Infelizmente, eu ficaria pouco com ele. A enfermeira me explicou tudo direitinho, que por ele ter nascido prematuro estava em observação e tendo cuidados específicos, mas confesso que não entendi bem. Elisa, minha médica em Chicago, achava que tinha uma pequena possibilidade de Oliver nascer prematuro, mas pelo fato de eu ser uma adolescente. Era até comum os bebês de mães adolescentes nascerem antes do tempo. Eu estava me acostumando com a ideia. Mas