Apesar do medo da reação dela ao vê-lo lá estava disposto a encarar só para ficar nem que fosse por alguns minutos ao seu lado.— Carlos! — ela o chamou com os olhos semiabertos, mas novamente os fechou.Ele se aproximou dela e pegou em sua mão.Carlos sentiu ela apertar a sua mão e seus olhos encheram de lágrimas, pois sabia tinha uma parcela de culpa por ela estar daquele jeito.Amanheceu e Ana deu de cara com Clara a observando.— Clara! — tentou se sentar.- O que faz aqui?- perguntou se ajustando sobre a maca.— Sua vaca!- deu um tapa em seu braço.— Não sabe como eu estava preocupada com você.- a abraçou. — Por que fez isso?— Para está aqui significa que tomei remédio de mais, não é?— A sua sorte é que seu namorado chegou bem na hora para abrir a porta cuja senha a senhorita não me disse.Ana não tinha falado sobre o que havia acontecido entre ela e Carlos para não deixar Clara preocupada.— Desculpa!— Irei precisar bem mais do que isso! Vou precisar de roupas porque não trouxe
Carlos esperou que ela descesse do palco para se encontrar com ela.— Não acha que exagerou?- disse enquanto ele a ajudava a descer alguns degraus que havia no palco.— Não fiz por você e sim pela caridade.- nem ele mesmo acreditava em suas palavras.— Sei!- fingiu acreditar.— Vamos!- continuou puxando-a pela mão.— Para onde?- perguntou separando suas mãos.— Eu ganhei um jantar, ou melhor, paguei bem caro por um.— Tem que ser agora?- esperava que fosse em outro dia pelo menos.— Eu quero que seja agora!- pegou em sua mão e a levou para o seu carro.Miguel que os observava de longe percebeu que estava rolando algo entre os dois e aquilo atiçou ainda mais a sua curiosidade com relação à Ana.Como já estava tarde e não tinha muitos restaurantes abertos, a levou para a pousada que ele a levou antes.— Não vai dizer nada?- perguntou ao vê-la com a cara emburrada.— E o que devo dizer?- cruzou seus braços.— Não sei! Só não fica calada com essa cara emburrada.- falava enquanto passava a
Em frente ao espelho do seu apartamento Ana olhava aquela marca em seu pescoço e por mais que tentasse recordar como aquilo aconteceu não conseguia.— Por causa daquele idiota terei que suscitar essa blusa.- disse pegando uma blusa preta de gola alta do seu guarda-roupa que nem sequer se lembrava em que ano havia comprado. — E para completar o desastre essa dor de cabeça que não passa.- a conta de ter tomado quase uma garrafa de vinho sozinha havia chegado e com juros. — O jeito que tem é usar esses óculos.- odiava usar óculos escuros, mas não estava suportando olhar para a claridade.Enquanto Ana ia ao trabalho parecendo estar voltando de um velório, Carlos passava pelos corredores da empresa como se tivesse ganho na loteria com um sorriso estampado em seu rosto e cumprimentando até o vento.— Pelo jeito a noite foi ótima.- disse ao encontrá-lo indo para sua sala.— Não tenho como discordar!- sorriu.— Tinha que ser… afinal foi um simples jantar que te custou apenas um milhão.- Marco
Assim que o dia amanheceu Ana se dirigiu até a cozinha e encheu uma bacia com água e jogou em Carlos o despertando de supetão.— Tem que parar de me acordar assim… molhou todo o sofá.- disse enquanto passava a mão em seu cabelo molhado e logo em seguida apontando para o sofá.— E você tem que parar de vir a minha casa ainda mais bêbado.- reclamou.— Tá, tá! Já vou para casa... não pode nem sequer dormir no seu sofá que já fica toda estressada.- fingiu reclamar.— Tá de brincadeira, né? Vai, vai embora antes que eu joguei outra coisa em você.-— Tá para nascer mulher mais estressada do que essa!- disse fazendo drama enquanto ia até à porta.— Vai e não volte mais!- disse séria.— Eu vou, mas eu volto.- saiu e fechou a porta rapidamente ao vê-la indo em sua direção.— A pessoa já acorda de mau-humor, mas até que eu gosto! — sorriu.Meia hora depois Ana chega à empresa e encontra um homem alto, cabelos ondulados, de pele parda e muito, muito bonito.— Bom dia, senhorita Ana!- estendeu a m
Naquela manhã, ao virasse para vê-lo notou que o mesmo já não estava, porém, havia deixado um bilhete.Bilhete:Bom dia!Espero que tenha tido uma ótima noite de sono porque a minha foi ótima. Aliás, todas as noites que passo ao seu lado são as melhores que já tive há bastante tempo.Sei que deve ter estranhado não ter me encontrado, mas estava com medo de ser acordado com uma bacia de água gelada como da última vez.Até a próxima, do homem que quer um mundo contigo.Apesar de toda raiva e vergonha que ele a fez sentir, não podia negar que ele não tenha se esforçado para a ter de volta e também não podia negar que aquilo não estava mexendo com ela. Mas o medo de ser rejeitada novamente ainda estava lá e não queria correr o risco de passar por aquilo de novo.Era final de semana e tudo o que ela queria era descansar seu corpo e sua mente.Deixar de lado toda a correria do seu trabalho, esquecer um pouco sobre tudo que estava acontecendo na sua família e principalmente um tempo para dec
Vê-lo retribuir aquele abraço com tanto carinho a fez pensar o quão idiota estava sendo por pensar em dá outra chance a alguém que a destratou como ele a destratou.— Não sei onde é que estava com a cabeça quando resolvi procurá-lo.- pensava enquanto saia daquele lugar.Ana sentia que apesar dos pesares havia encontrado alguém que estaria ao lado dela quando ela mais precisasse, um refúgio em meio a tantos problemas, um colo quando ela precisasse de um, um ombro que estaria ali quando ela precisasse chorar. Mas após presenciar aquela cena pensou que não tinha passado de umas das diversas que passou pela vida dele e o quão boba ela foi por acreditar que ela significasse alguma coisa para ele.Decepcionada retornou ao seu apartamento e enquanto pensava sobre o sofá como deveria agir de agora em diante lembrou do convite que havia recebido para almoçar com Miguel e resolveu aceitar almoçar com ele.— Alô, é o senhor Davis?- ligou para ele.— Sim, sou eu! Com quem estou falando?— Aqui é
Assim que terminou todo o seu trabalho decidiu procurá-la, mas sua secretária disse que ela havia saído para almoçar e até o momento não havia retornado e ao questionar com quem ela havia saído a secretária se negou a informar já que se tratava da vida pessoal da sua chefe.Foi até o apartamento dela, mas ela não estava então decidiu esperar.Já era noite quando ela despertou sem entender muita coisa do que havia acontecido.— Por que estou aqui?- perguntou olhando o acesso em sua mão.— Não se lembra? A trouxe aqui após descobrir que é alérgica a camarão.— Ah, o camarão... Mas era tão bom! — estava nítido o seu descontentamento por não poder comer camarão novamente.— Pelo menos está viva!— Ah, quanto a isso... não é a primeira vez que tenho uma experiência de quase morte! Viu minha bolsa? — mudou de assunto.Por conta dos medicamentos a esperava vê-la sonolenta e não tão agitada como ela estava.— Aqui!- passou a bolsa para ela.— Cadê, cadê… achei... já é essa hora? — disse ao ol
Ana despertou com Carlos dormindo com sua cabeça sobre a maca do hospital enquanto segurava sua mão.Não entendia aquele tipo de comportamento já que ele demonstrava ser inconstante com o que sentia. Em um momento estava abraçada a outra e em outro momento estava lá dormindo ao seu lado em um quarto de hospital.Tentou tirar a mão dele da dela sem que ele percebesse, mas assim que ela tocou nele o despertou.— Ana, tá melhor?- perguntou preocupado.Era nítida a diferença do Carlos de antes com o de agora. O de antes estava possesso e fora de controle enquanto o de agora só demonstrava preocupação.— Estou!- não queria falar com ele.— O médico me disse que esteve aqui antes, mas acabou fugindo… por que não me disse antes?- Apesar de estar chateado com aquilo preferiu manter sua voz calma para não a agitar novamente.— Carlos, não estou a fim de ouvi-lo... então, por favor, vai embora.- virou seu rosto.— Ainda tá chateada pelo que viu em frente ao meu apartamento?- por não receber um