"Sabe o sacrifício que foi ficar com você?" Após perder sua noiva em um acidente de carro, o milionário Carlos promete vingar sua morte e trazer justiça em nome de sua falecida noiva. O que Carlos não esperava é que em meio a este jogo de vingança surgisse outro sentimento e seu plano se transformasse em uma vingança quase perfeita. Marcas do passado é sobre duas pessoas que tiveram suas vidas destruídas por causa de um acidente, mas o que eles não sabiam era que o destinos os reservava bem mais do que isso.
Leer másNaquela mesma manhã encontrou Marcos irritado.— Sabe que horas são? — disse irritado.— Bom dia para você também! — estava de bom humor.— Pela cara já sei o que estava fazendo, mas tem que saber que existe tempo para tudo nessa vida e agora é hora de trabalhar.— Tá, eu sei! — entrou em sua sala pegou seu notebook e foi para sala de reunião que havia sido atrasada por causa dele.— Cris, precisarei me ausentar por algumas horas, então se houver algo de emergência liga no meu celular. — disse para sua secretária antes de sair.Ana, decidida e resoluta, foi ao seu apartamento e recolheu todas as coisas dele que ainda estavam lá. Ela as empacotou cuidadosamente em várias caixas, como se estivesse embalando uma parte de sua vida que estava prestes a deixar para trás.Ela mudou a senha do apartamento, deixando as caixas na portaria, com instruções firmes para que ele não fosse autorizado a subir caso tentasse.Ela estava determinada a encerrar o que eles haviam rotulado de "relacionamento
Seus olhos percorriam Carlos, que dormia serenamente ao seu lado, enquanto sua mente fervilhava de pensamentos. Desde o início, ela estava ciente da complexidade dessa relação, entendendo que o futuro era incerto. Mesmo assim, escolheu se entregar completamente àquele instante, às sensações intensas e aos sentimentos únicos que apenas ele conseguia despertar.Ela compreendia que, apesar de ele demonstrar sentimentos por ela, o amor pela sua falecida noiva persistia, mantendo-o ligado ao passado. Sem ousar usurpar o espaço que um dia fora dela, ela ansiava, ao menos, por ocupar um lugar único no coração e na vida dele. Silenciosamente, levantou-se, tomou banho, vestiu-se e partiu mais cedo do que o habitual, deixando-o descansar sem despertar.Ao despertar com o som do despertador, ele percebeu sua ausência ao se mover. Ao checar o celular, não encontrou mensagens, chamadas ou sequer um recado ao lado do abajur deixado por ela. O silêncio falante da manhã deixou um vazio que ecoava em
Ana não esperava conhecer o seu sogro tão cedo, ainda mais naquele momento. Caminhando em direção a porta, Carlos deu passagem para que seu pai entrasse.— Pai! — sorriu sem graça, tentando disfarçar o que estava acontecendo.— Quanto tempo, meu filho! — O abraçou — Sua secretária disse que estava em reunião — Olhou para Ana que desviou o seu olhar ao vê-lo olhar em sua direção — Espero não estar atrapalhando… — disse percebendo o comportamento estranho dos dois.— Não, já terminamos… inclusive, ela já está de saída.— Sim, estou! — respondeu sem saber como deveria se comportar diante daquilo.— Agradeço pela proposta senhorita, assim que o contrato estiver redigido minha secretária entrará em contato com a sua.Carlos, ansioso para que aquilo terminasse, que sem ao menos perceber praticamente a expulsou do escritório sem sequer apresentá-la.— Acho que já tenho a minha resposta… — sussurrou em frente a porta.— Desculpa por antes! — disse a secretária a tirando dos seus pensamentos.
Por mais que tenham feito as pazes, o prazo que ela o havia dado estava findando, e se ele não quisesse dar um passo a mais naquela relação que nem mesmo ela sabia definir, colocaria um ponto final naquele breve e intensa história que eles estavam vivendo.— Bom dia — se aproximou e a abraçou por trás enquanto sentia o cheiro do seu cabelo recém secado.— Bom dia! Com um pequeno sorriso o olhou pelo reflexo do espelho enquanto tentava pôr o outro brinco.— Quer ajuda?— Sim! — ficando frente a frente com ele o entregou o brinco — Aqui! — Deixa eu ver — afastou o cabelo dela para trás da orelha — Não é tão difícil assim! — sussurrou.— Nunca colocou um brinco antes, não é? Perguntou ao vê-lo olhar sua orelha como se estivesse criando todo um plano para conseguir realizar tal tarefa — Deixa que eu coloco — tentou pegar o brinco, mas ele afastou sua mão da dela.— Fica quieta que eu vou conseguir — disse concentrado.Ao vê-lo assim tão concentrado em uma tarefa tão simples fez com que el
Na manhã seguinte Marcos o encontrou descontando todas as suas frustrações em quem passava perto dele.— Chupou limão, foi?— Não enche! — respondeu ríspido.— Discutiu com Ana, foi?— Vamos para a minha sala.— Vai, desembucha! — disse Marcos se sentando na poltrona.— Já sabe que Ana está indo a vários encontros marcados pelo seu, não é?— Sim, sei!— Adivinha quem foi o homem com quem ela teve que se encontrar ontem?— Não sei, não estava lá.— Miguel!— Esse cara tá em todo lugar, é?— Pois…— Espera… o pai dela pensou que Miguel fosse um bom partido para a filha dele, mas não pensou em você?— Não tinha parado para pensar nisso… por que ele não me escolheu? Não acha que eu não sou um bom partido para a filha dele? — Não era sobre isso que iria falar…— Tive uma briga feia com ela e ela me deu algumas condições.— Quais?— Ela quer que eu assuma o nosso relacionamento para o pai dela ou paramos com tudo.— Uma hora isso iria acontecer, ainda mais no caso dela que está tentando agr
Pelo menos uma vez na semana Ana ia em encontros que seu pai organizava na esperança de que ela encontrasse alguém que lhe interessasse e a fizesse pensar em um futuro casamento.Sua saúde já não era mais a mesma e carregava dentro de si muitos arrependimentos dos quais ele sabia que só poderia sercessados se ele pudesse voltar ao tempo, mas como ele sabia que isso não seria possível não queria deixar a sua filha sozinha novamente.— John, querido! — Marta entrou no escritório que havia em sua casa encontrando John pensativo — No que está pensando?— Nada querida! Aqueles eram um dos poucos dias em que Marta estava ativa e quase gozando plenamente das suas faculdades mentais.— As meninas ainda não voltaram, acho que elas estão demorando.— Devem a estar se divertindo com suas amigas!—seguia apenas o curso daquela conversa.— Espero! — Disse demonstrando preocupação.No escritório Carlos despejava sobre Marcos o seu descontentamento dos encontros que Ana estava tendo.— Cara, não sei
No dia seguinte todos da empresa olhavam para Carlos e Marcos como se eles fossem a grande atração do dia.— Se um dia eu te chamar para sair eu deixo de ser gente!- sussurrou Marcos sentindo vários olhares sobre ele.— E se eu aceitar eu é que não sou gente!- sussurrou de volta.— Estava pensando em como Miguel deve Estar — abriu a porta da sala de Carlos— Se não quebrou o nariz andou perto — concluiu.— Maluco… doido varrido! Aquele dali quando nasceu deve ter caído do berço — sentou no sofá da sua sala.— Estão falando de mim? — Miguel invadiu a sala de Carlos.— Além de maluco é sem educação… quem disse que pode invadir a sala de outra pessoa assim?— Não vi ninguém lá fora e pensei… porquê não?— sentou ao lado de Carlos.— Cara, você tá acabado — disse Marcos ao vê-lo com seu nariz roxo e um pouco inchado.— Você também… tem alguma bebida que tenha álcool? — Aqui é uma empresa, não um bar… tem certeza que não fraturou o nariz? — perguntou enquanto se levantava.Carlos foi até a
— Espero que tenha bons advogados… vai precisar — disse Miguel tirando o relógio do pulso e o colocando sobre o balcão — Espero que seus advogados sejam bons porque os meus são ótimos e eu não me importo de pagar qualquer preço que seja contanto que eu arrebente a sua cara hoje — sorriu o provocando.Ao ouvir aquilo a ira do homem se acendeu mais ainda o fazendo se aproximar de Miguel tentando o acertar novamente, mas acabou sendo surpreendido ao ter sua cabeça acertada por uma garrafa.— Maluco dos infernos! — pensou Carlos ao ver Miguel acertar o homem com a garrafa.Carlos não podia negar que embora não suportasse Miguel o seu jeito louco de resolver as coisas o divertia bastante, e talvez seja por isso que até o momento não tinha parado de falar com ele.Assim que o outro homem viu Miguel acertar seu amigo com a garrafa foi para cima dele, mas Carlos o parou lhe dando um soco.— Essa doeu — disse sacudindo a sua mão. Foi questão de segundos para ele também ser atingido por um soc
Desde que Carlos atendeu a ligação que era para Ana, Miguel não parava de pensar que havia finalmente encontrado algo que tirasse Carlos do sério e estava disposto a pagar o preço para ver isso.Não que Ana não fizesse seu tipo, mas não estava acostumada com mulheres como ela "certinhas" demais. Que ele precisasse de tempo para levar para cama, mas não podia perder a oportunidade de ver Carlos perder a linha como da última vez.Apesar de se conhecerem há bastante tempo e sempre terem suas desavenças, Carlos nunca tinha ido para cima dele daquela forma e Miguel não iria perder a oportunidade de revidar aquilo por nada.— Posso saber o que está pensando?Perguntou a mulher enquanto desabotoava sua camisa.— Em algo muito interessante — passava seu indicador em sua sobrancelha esquerda.— Mais interessante do que estamos fazendo agora? — a mulher beijou seu peitoral.— Quer mesmo saber a resposta, Samantha? — puxou o cabelo dela para trás— Não! — sentou sobre ele e apoiou suas pernas so